a foto em questão, foi uma colagem que encontrei no Twitter, uma foto em branco tendo o nome "i love milfs" e dentro do coração vermelho havia uma foto da Sandra Bullock beijando a Scarlett Johansson em uma premiação.
─ meu deus! ─ Jenna exclamou, e eu não soube diferenciar se o tom da sua voz soava indignação ou entusiasmo.
─ pois é, desculpa por conhecer esse meu lado tão rápido. ─ eu a olhei e fui ignorada pela mesma que segurava o celular.
─ eu te entendo, olha. ─ ela me entrega o aparelho, uma atriz de meia idade está na sua tela de bloqueio, qual eu não me recordo de quem seja. ─ essa é a Gwendoline Christie.
─ que linda ela, seu namorado deve ser ciumento. ─ prossigo a conversa e me arrependo de ter dito isso.
─ namorado? ─ ela riu ─ eu não tenho namorado.
─ sério? ─ jenna faz que sim com a cabeça e parece ter ficado sem jeito, me sinto mal. ─ desculpa, pensei que você e aquele seu amigo tinham um relacionamento. Você só fala sobre ele.
─ eu sou bissexual, ─ declarou ─ mas eu realmente estou dando um tempo dos meninos.
─ eu dei um tempo e nunca mais parei. Nem sei se sou bissexual ou se sou lésbica.
Nos entreolhamos, com um silêncio ensurdecedor no ambiente. Esse acontecimento todo não estava nos meus planos, é como se a série da minha vida estivesse acabando com um roteiro caótico e esbabacado. Jenna busca pelo mouse em cima da mesa diante de nós, abre a plataforma de vídeo e pesquisa por uma vídeo-aula sobre Revolução Francesa. Eu consigo sair do transe, abro o caderno e posiciono um lápis para anotar o que for importante.
─ vamos estudar, foi pra isso que me chamou. ─ a morena disse com seu tom de voz manso.
Eu queria vira-la para mim, dizer que na verdade eu a chamei porquê queria ter a graça de ter a sua presença pois eu tenho passado a maior parte do tempo sonhando em estar do lado dela, e ao menos consigo dizer isso porquê parece cedo demais para se manifestar dessa maneira. Ela me vê centrada no meu auto controle, mesmo que eu esteja prestes a criar uma playlist no Spotify com o seu nome.
─ me desculpa, ─ pedi à Jenna, que tem ficado tão reclusa. ─ não queria ser tão invasiva.
Tínhamos terminado, assistimos cinco vídeo-aulas sobre Revolução Francesa e fizemos anotações para lembrar o mais importante. O computador processava antes de desligar, eu recolhia as canetas que encontravam-se espalhadas pela mesa, inserindo-as de volta no porta-lápis. A morena ajeitava seu próprio material para guardar.
─ tudo bem, eu te entendo. ─ ao levantar, finalmente, lança um olhar contra mim. ─ e sobre você está em dúvida, é normal. Logo você vai encontrar uma resposta.
─ obrigada. ─ baixei a cabeça, comecei a fitar o chão pois eu realmente não sabia se conseguiria dizer.
─ pelo quê?
─ por ter vindo, você aqui é muito importante que nem sei explicar. Eu só queria ver você.
─ eu também queria muito ver você.
─ que mentira. ─ falei sem graça e por um impulso minha cabeça se ergueu para ela de novo.
─ você acha mesmo que eu iria vir do outro lado da cidade por quê não queria te ver? ─ ela disse, seus lábios levantaram-se com um sorriso de ponta a ponta. ─ acho que quero muito ser sua amiga, não só pelas mensagens, mas você demonstra ser um boa pessoa.
─ eu também quero muito ser sua amiga. ─ retribui o sorriso, ver aquela expressão no rosto de Jenna era angelical. Como uma visão do paraíso.
Porém temo à confessar, suas palavras me causaram decepção. E eu já deveria saber, afinal, quando você está se apaixonando por uma amiga, não há nada que estanque este sangue, que pare essa dor, você pode até tentar suturar a ferida mas o ponto se solta e o que acontece, é que você já sabe como isso vai acabar. Mas mesmo assim, você quer vivenciar e não quer perder uma amiga. Se eu pudesse, agora mesmo contaria a Jenna que não queria a sua amizade, mas sim uma coisa à mais, só que ao me lembrar da aparência que tenho, acho que reprimir o sentimento seja a melhor solução.
Às nove da noite, Jenna e eu nos acomodamos na mesa de jantar da cozinha. Minha família teria comprado pizza e fomos as únicas que não haveriam jantado. Até então, tivemos que comprar refrigerante no mercadinho local e estamos aqui, conversando coisas fúteis. Adoro saber do que as pessoas gostam, ouvi-las falar sobre o que amam com uma intensidade me deixa reconfortante. Jenna não parava de falar sobre como assistir filmes de terror a deixavam feliz, ela me mostrou o seu letterbox.
─ 1.275 filmes? Eu não conseguiria assistir nem a metade disso. ─ falei indignada, me forçando comer a borda da pizza.
─ se eu te contar que a maioria eu só assisti uma vez na vida, nem lembro do que se passava e só avaliei mesmo assim.
─ que desonesta. ─ jenna riu, ela tentou me olha com seriedade mas as duas não resistiram. Caímos na risada.
Não demorou tanto, mas Jenna teve que ir embora. Era tarde da noite quando a coloquei no táxi e permaneci na calçada observando o carro sumir pela rua. Entrei, subi para o quarto. Passando dez minutos desde que Jenna de foi, perguntei por mensagem se teria chegado sã e salva em casa e mais uma vez, agradeci por ter vindo. Acabei dormindo sem sem querer, tive consciência disso ao acordar pelo claro do dia amanhecendo.
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autora: acho que a Alisson ta muito parecida comigo :(
acabei encontrando uma história da Jenna com o mesmo título que essa, talvez eu tenha que mudar o nome da fanfic mas o enredo vai continuar o mesmo. Obrigada por lerem, isso de escrever tá me tirando do tédio.
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MEELTING - Jenna Ortega
FanfictionAlisson Bukley é uma aspirante a artista que encontrou, na ida ao centro da cidade, a motivação de todos os tipos de declarações de amor que já havia feito. Condenada a paixão que sentia por Jenna Ortega, que fez com que ambas se tornassem amigas ou...