thirteen

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─ preciso te falar uma coisa, ─ me desprendi dos braços dele, segurei seus ombros

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─ preciso te falar uma coisa, ─ me desprendi dos braços dele, segurei seus ombros. ─ eu estou apaixonada. Incrivelmente apaixonada, escutando Taylor Swift e Lana del Rey todos os dias e pensando, na verdade, fantasiando uma vida ao lado dessa pessoa.

─ uau.

─ me desculpa falar tudo isso, assim, pondo pra fora de uma vez, só que.

─ tudo bem, eu meio que também gosto de você, Alisson. ─ soltei minhas mãos de seus ombros e me afastei um pouco.

─ esse é o problema, Cameron. ─ prossegui, colocando as mechas do meu cabelo atrás da orelha e cruzando os braços. ─ Eu estive em negação esse tempo todo sobre o que eu sinto e sobre a minha sexualidade. Mas agora eu posso dizer que eu estou apaixonada pela Jenna.

─ é a menina que se veste como roqueira, da equipe azul? ─ balancei a cabeça confirmando sua pergunta.

─ eu amei conhecer você, a gente se aproximou muito, muito rápido. Mas não me leve a mal, eu quero a sua amizade e espero que você também queira a minha.

─ ok, eu compreendo você e sobre ser o seu amigo, está tudo bem pra mim.

─ ótimo porquê eu preciso fazer uma coisa. ─ dei as costas para ele e segui um caminho sem rumo.

Sai entre as pessoas, procurando Jenna em todo o canto. Eu não conhecia seus colegas, ninguém da sua escola além dela e percebi que Phoebe estava se enturmando com eles. Tomei proveito disso e fui avisada de que a morena que tanto procuro teria ido à central do acampamento, ela estava tensa e na companhia de uma amiga.

 Tomei proveito disso e fui avisada de que a morena que tanto procuro teria ido à central do acampamento, ela estava tensa e na companhia de uma amiga

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Adentrei o cômodo, após o andarilho extenso de um lugar para o outro. E eu a vi deitada no estofado com seus pés sobre ele, a música antiga novamente tocando ao fundo como uma sala de espera. Inspecionei com o olhar em volta e não havia sinal algum de que não estivesse sozinha. Me aproximei e logo a mesma viu a minha presença.

─ oi Alisson, parabéns, foi uma boa competição. ─ ela disse forçando a sorrir, logo percebo isso pelo brilho ausente de seu olhar.

─ oi Jenna, foi mesmo ─ me aproximei. ─ só que eu não vim por isso.

─ bem, a moça da recepção saiu com a minha colega. Mas ela volta logo. ─ ergueu sua cabeça para mim que estava de pé em sua frente.

─ também não foi por isso. Posso te fazer uma pergunta? ─ ela assente. ─ como é com o seu quase-namorado?

─ eu não sei. Eu não falo com ele desde o que aconteceu no museu, parece que eu percebi tarde demais que fui uma idiota. Uma burra.

─ como assim? ─ perguntei, me ajoelhando de frente a ela no piso de madeira do chão.

─ parece que eu perdi você. Desculpa falar isso, com você namorando aquele menino, só que é verdade. Eu tenho pensado em você todos os dias desde o centro. ─ permaneço na mesma posição, paralisada e sem saber o que dizer. Jenna olha pela janela e respira fundo. ─ bem, eu acho que eu te amo. Tudo me liga a você e eu escuto aquelas músicas que a gente ouviu no seu quarto pra sentir você por perto.

─ meu Deus... se você soubesse o quanto que eu queria ter ouvido isso. ─ ela franziu a testa, esfregou suas mãos no rosto e finalmente, nossos olhares se encontraram.

─ pois é, você seguiu com a sua vida e está certa, já que eu estraguei as coisas.

─ eu não segui, Jenna, acho que amo cada sarda que tem no seu rosto. ─ prossegui, levantando-me do chão com o joelho amassado e dolorido. ─ Uma vez, eu parei em frente à uma floricultura com a minha mãe e eu vi lírios cor-de-rosa e pensei se deveria comprá-los e te mandar.

─ como eu estraguei tudo? ─ questionou, abrindo espaço ao seu lado para que eu me acomodasse.

─ como podemos ter estragado tudo? ─ continuei ao me sentar. ─ Eu deveria ter ido atrás de você e insistido.

─ não Alisson, eu deveria ter beijado você naquele museu. Deveria te mandar as cartas horrorosas que fiz pra você.

─ você fez cartas pra mim? ─ ela olhou para mim de novo, dessa vez suas bochechas estavam rosadas e um seus lábios curvados. Eu adorava aquela visão de seu rosto corado.

─ muitas. E se quiser eu te entrego todas elas quando a gente sair daqui. Eu também li o seu livro favorito.

─ e por quê você não me procurou? ─ perguntei me virando de lado, ficamos de frente uma para a outra enquanto sentadas. ─ Não criou uma situação pra falar comigo, ou por acaso apareceu na porta da minha casa.

─ medo, como o que eu tô sentindo agora de perder você mais uma vez.

─ você realmente disse a verdade sobre tudo o que me contou agora?

─ não tem como isso ter sido um blefe, ─ ela apanha minha mão para si. ─ eu estou apaixonada por você, eu durmo pensando em você e acordo pensando também.

─ você não sabe quantas vezes eu me perguntei “será se ela sonha comigo?” ─ deixei escapar um riso, entrelacei nossos dedos e meu olhar não se desgrudou daquele paraíso castanho que habitava a íris de Jenna. ─ acha que a gente pode recomeçar?

─ eu tenho certeza que a gente pode, se você quiser agora mesmo. Esquecemos tudo de ruim, esse tempo afastadas. Me desculpa por tudo o que eu fiz?

─ se eu puder ficar com você. ─ ela acena em afirmativo com a cabeça, com um sorriso largo que não se conteve assim como suas lágrimas. Naquele momento eu entendi que Jenna falava a verdade, que era sensível quando falava de seus sentimentos. ─ estamos por conta própria.

─ estamos por conta própria. ─ repetiu, deslizei meus dedos pela superfície de seu rosto limpando suas lágrimas e seu sorriso continuava ali.

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autora: Feliz Natal! Espero que vocês tenham gostado desse capítulo desajustado.
Obrigada por tudo, hoje fazem duas semanas que eu tô escrevendo e sinceramente, foi uma das melhores experiências que eu tive e eu tô pertinho de concluir a história. :(

MEELTING - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora