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as pressas, cheguei bem a tempo de me juntar a fila em volta do ônibus

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as pressas, cheguei bem a tempo de me juntar a fila em volta do ônibus. Aparentemente, a escola nos hospedaria em uma espécie de colônia de férias. Conforme os alunos embarcavam, a fila se tornava curta, logo, entreguei a minha mala para o Professor de Ciências que a pós no bagageiro da lateral. Ao subir, avistei Phoebe e Amy nos último assentos. Caminhei até elas, que guardavam o meu assento com uma almofada em formato de coração.

─ eu não tô muito animada pra esse passeio, mas vocês parecem que nem empolgação tem. ─ falei, me acomodando com a almofada apoiando minha cabeça.

─ tomei remédio e tô ficando muito sonolenta, acho que vou dormir a viagem inteira. ─ comentou Phoebe, sentada ao lado da janela deitada ao ombro de Amy e enrolada em um cobertor.

─ eu trouxe biscoitos pra gente e tem chocolate na mochilinha da Pheebs. ─ Amy enquanto acariciava a cabeça da ruiva.

─ que ótimo, a única coisa que tenho comigo é essa garrafa de dois litros de água. ─ ergui o que segurava e Amy mordiscou seus lábios, segurando um riso frouxo. ─ para, eu comprei em uma venda de garagem.

─ que horror, parece uma caixa d'água.

─ é, mas quando você sentir sede vai querer beber nela. ─ falei, Amy deu de ombros.

─ qualquer coisa a gente brinca de adivinhe ou a gente aproveita que ela ta dormindo e maqueia ela

─ eu tô sonolenta, e ouvi tudo ta? ─ Phoebe avisou, levantando parte de seu torço para amarrar seus fios ruivos de cabelo.

Amy também ficou sonolenta, viagens de carro deixavam as duas desse jeito e acontece que eu nunca me acostumei a viajar sem a minha mãe. A turma toda quieta, com certas pessoas conversando em um tom baixíssimo. Todos pareciam poupar suas energias para o tal acampamento, eu apreciei o tempo de calmaria com o sketchbook e a bolsa de lápis.
Estava aprendendo a desenhar corpo masculino, com um progresso que compensa todas as vídeo aulas, referências do pinterest e tentivas falhas. Usei o esfuminho para conseguir sombrear certas partes, porquê queria usar tinta.

─ você desenha muito bem. ─ disse a voz masculina dos assentos no outro lado.

Minha atenção se voltou para o par de olhos verdes, pareciam ser esmeraldas pela incrível tonalidade da íris contra o sol. Então, quando me concentrei, vi ele sorrir para mim.

─ obrigada. ─ sorri de canto.

─ sério, você desenha muito melhor do que eu. Começou a desenhar faz muito tempo? ─ se ajustou no assento para ficar mais próximo.

─ não, comecei a aprender as técnicas ano passado e vim melhorando.

─ incrível, posso ver? ─ apontou para o sketchbook que eu segurava, por tanto lhe entreguei o mesmo.

O observei segurando, passando página por página cuidadosamente. E então, ele chegou em um desenho que eu não imaginava o que poderia ser, mas ele ficou admirado. Sorriu e me entregou de volta o sketchbook.

─ essa menina é muito bonita, você fez olhando? ─ se referiu ao desenho da Jenna.

─ não, eu tirei da minha cabeça. Como qualquer outro desenho que tem aí. ─ por um motivo bobo, tentei forçar um pequeno sorriso.

Parecia que eu não podia me lembrar dela, ao mesmo tempo eu queria ela. É como água no óleo, você não consegue misturar porquê um não é compatível com o outro. Com toda a minha conduta, sem medir esforços, eu realmente acreditava que estava a esquecendo, apesar de vê-la em coisas tão fúteis como airpods pretos.

─ então, qual o seu nome? ─ perguntei, enfim me recuperando dos pensamentos.

─ sério? ─ ele questionou. ─ você não lembra de mim?

─ infelizmente... ─ balancei a cabeça em negação.

─ estudamos desde o sexto ano, só que a gente nunca se falou. Até agora. ─ forço as memórias e falho pois não consigo me lembrar dele.

─ desculpa, eu não lembro mesmo.

─ eu sou o Cameron. ─ ergue sua mão para mim.

─ sou a Alisson, ─ o cumprimentei. ─ isso você já deve saber. O prazer é todo meu.

Sete horas de viagem, Cameron conversava comigo sobre assunto indeterminados, eu mal podia imaginar que tinhamos tantas coisas em comum. O apresentei para as minhas amigas e descobri que eles se conheciam, eu era a única que não lembrava dele.

O veículo parou de se movimentar, ao olhar da janela se via o vasto verde das árvores e das plantas, antes de descermos o Professor de Ciências se colocou de pé na frente de todos nós, ao lado da professora de Gramática

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O veículo parou de se movimentar, ao olhar da janela se via o vasto verde das árvores e das plantas, antes de descermos o Professor de Ciências se colocou de pé na frente de todos nós, ao lado da professora de Gramática.

─ turma, eu vou ter que passar um papel pra vocês, com todas as regras do lugar. Mas eu quero contar o mais importante. ─ anunciou, segurando os panfletos que a professora teria lhe entregado. ─ outra escola também vai ficar com a nossa, então dividiram um lugar pra vocês e outro pra esses alunos. Peço que por favor, assinem o nome de vocês na prancheta, de um por um, façam uma fila pra descer.

Quando fui descendo, Phoebe e Amy estava com nossas malas a minha espera. Provavelmente, eu já não estava suportando ter que ficar uma semana ou mais com os insuportaveis da minha turma e saber que tem outra escola aqui, tenho certeza de que vai ter todo aquele melodrama de filmes. Nas atividades, uma escola contra outra.
Foi nessa de querer fazer algo fora da rotina que me arrependi de ter vindo pra cá.

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autora: esse capítulo tá uma bomba, vou tentar escrever outro o mais rápido possível.

MEELTING - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora