eleven

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Entregaram um saco de batatas velho e com o cheiro nada agradável para mim, Cameron estava com um parecido, do outro lado de uma faixa

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Entregaram um saco de batatas velho e com o cheiro nada agradável para mim, Cameron estava com um parecido, do outro lado de uma faixa. A atividade da vez era corrida de saco e isso é horrível. Se o meu parceiro não tivesse insistido nessa baboseira, eu poderia estar com as minhas amigas assistindo. E não pagaria essa situação vergonhosa na frente de Jenna, porém, Cameron demonstrou alegria por conseguir participar e eu não queria estragar isso. Tentei dar o meu melhor.

O meu esforço não valeu à pena. Estou de cara no chão, presa no maldito saco. Perdendo a corrida logo no final, a linha próxima demais. O que fez a situação não piorar, foi ter Jenna bem mais a frente, com uma expressão preocupada em seu rosto. Seu time comemorava e ela estava ilesa, sua amiga a sacudiu, Jenna sequer deu importância e seguiu caminho até mim.
Cameron me ajudava a sentar naquela grama natural, nada macia e super espetada. Phoebe e Amy estavam conosco, ambas sentaram ao meu lado enquanto esfregava a mão no joelho avermelhado.

─ você ta bem, Aly? ─ perguntou a menina de cabelos castanhos, se colocando de joelhos em minha frente, sua mão tocando o meu rosto.

─ e-eu tô, tô sim, obrigada. ─ falei, deixando de lado o ardor que sentia no joelho.

─ que susto, deixa eu ver seu joelho. ─ sua mãos seguraram a minha perna, ela soltou um sopro suave de seus lábios contra a vermelhidão do meu joelho. Aquilo não adiantava, mas ver Jenna naquela situação fazia o meu coração se aquecer.

─ tudo bem, Jenna. Foi só um arranhão, vai comemorar com a sua equipe. ─ olhei em volta, a equipe oposta comemorando ainda e as minhas amigas se juntando com nossos colegas.

─ você é mais importante do que uma gincana de acampamento. Se quiser eu te ajudo a levantar. ─ faço que sim com a cabeça.

Jenna segurou a minha mão, a mesma entrelaçou os nossos dedos. Eu estava de pé e desfiz o ato de ajuda. Ainda de frente para ela, uma brisa bateu em minha face, fazendo meus cabelos caírem no meu rosto e eu senti a ponta de seus dedos mornos ao retirar a mecha, pondo-a atrás da minha orelha. Seu dedão acariciando o meu rosto.

Por pouco não notei Phoebe, distante bem lá trás, que ao perceber o meu olhar fez um gesto de coração com as mãos. Seus lábios se moveram e eu entendi dizer um “que lindo”, mas acontece que em uma questão mínima de segundos, Jenna parou. Eu não conseguia me manifestar, estava ocupada tendo surtos internos enquanto olhava para ela.

─ a Olivia ta chamando você. ─ uma voz masculina surge, qual pertencia à um garoto alto e com fios de cabelo dourados.

Por fim, eu consigo recuperar os meus sentindos, me recordo do que aconteceu no museu e associo uma coisa à outra. Ele pode ser o quase-namorado. Pode ser que não, mas quando o vejo, o seu comportamento ao lado de Jenna. Fico meio que inconsciente por não saber o que fazer.

─ com licença, eu tenho que ir até as meninas. ─ digo, saindo entre os dois.

E então, eu perco a visão de tudo. Apenas sigo o que parecia ser Amy e Phoebe, com sorte, meu instinto estava certo de me trazer até aqui.
Eu abraço Amy e a loira me envolve em seus braços, fecho os olhos com força e levanto as pálpebras, forçando o branco sair da minha vista.

─ vamos tomar água? ─ perguntou Amy acariciando meus cabelos. ─ você precisa.

─ aqui. ─ Phoebe me entrega a garrafa, minha visão focou na tampa azul que girei com a mão. Beberiquei o conteúdo de pressa. ─ pode contar o que aconteceu, quem é aquele menino é uma delas.

─ não sei, acho que ele é o quase-namorado.

─ eita. ─ respondeu Amy, ela parecia olhar na direção deles e então, eu a apertei firme pois sei que minha curiosidade me faria ver o que não quero.

─ o quê? ─ pergunto.

─ Alisson, ele segurou a mão dela, eles estão caminhando até o pessoal da escola. ─ Phoebe avisou, Amy solta um de seus braços e eu ouço o estalo que sua mão faz ao colidir com o braço da ruiva. ─ aí! Você tá louca?

─ Você e essa sua boca grande. Por causa disso eu vou inscrever a gente em uma prova, amanhã.

Amy fez o que disse, assinou um papel com a professora de Gramática para participar de uma prova de escalada. Nem ela sabia o que deveria ser feito ou como exercer, mas queria castigar Phoebe. Tentei impedir e a loira fez aquela expressão facial que significa que ir contra ela seria pior para todo mundo.

 Tentei impedir e a loira fez aquela expressão facial que significa que ir contra ela seria pior para todo mundo

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A turma se reuniu novamente em volta da fogueira, o assunto da vez era sobre se preparar antes de competir. Disseram que eu fui bem, até cair de cara no chão. Ainda sinto uma leve ardência nas minhas mãos, quando cai naquela grama seca que mais pareciam ser pregos de tanto espetar. Cameron se acomodou ao meu lado, ele me entregou um copo descartável com água para aliviar o ardor. Ele era prestativo e deixar a mão mergulhada na água, como aconselhou, ajudou.

─ você pode vir aqui comigo um instante? ─ o par de olhos claros me pergunta, vejo a chama da fogueira reluzir em sua íris.

Andamos pelo local de onde ficam nossas barracas, com um espaço escuro, Cameron segurou a minha mão para me conduzir. O lugar se iluminou por luzes verdes e reluzentes, os vaga-lumes se espalharam por todo a escuridão daquele vazio. Cameron tinha um sorriso de criança. Por um segundo observando aquele brilho passear, parece que em mim floresceu esperança. Ao voltarmos, pedi para ver o horário em seu pulso, as horas estavam iguais.

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autora: vocês querem uma reviravolta?
Porque vem ai.

MEELTING - Jenna OrtegaOnde histórias criam vida. Descubra agora