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Hoje eu acordei antes do despertador. Estava sentada na beirada da cama, fitando o chão. Esperando.
Cocei os olhos com força e bocejei. Quando o despertador começou a trocar, levantei e o desliguei.
Fui até o banheiro, tomar um banho e me arrumar para a escola.
Quando deu o horário, peguei a mochila e desci do prédio.
Não coloquei o pé para fora do condomínio. Não dava.
As lembranças de ontem ainda eram muito recentes. Não conseguia parar de pensar que se eu sair alguém vai me encurralar de novo.
Respirei fundo dando um passo para frente.
Mas eu não tinha visto que um senhor estava correndo na minha direção, só percebi quando eles esbarrou em mim. Me assustei, dando um pula para trás.
- Meu Deus, desculpe - ele disse - Você se machucou?
Pisquei tentando conter as lágrimas. Balancei a cabeça e voltei correndo para dentro do condomínio.
Qual era meu problema?
Encostei a mão na parede de um prédio, respirando pesadamente.
Cada pessoa que passava me deixava assustada. Chegava a ser absurdo o quanto minha mão tremia.
Hoje eu não iria para o colégio.
- Problemas em ir para a escola? É para o outro lado.
Me assustei, de novo.
Levi estava perto da calçada me olhando. Ele estava com sua moto. Tirou a capacete e pendurou no guidom.
- Esqueceu o caminho, ein ? - Riu brincalhão - Não sabia que era parente da Dori.
Bufei.
- Claro que sei o caminho. Eu só... - fiz uma pausa, tentando procurar palavras para explicar o que está acontecendo. Estava me sentindo uma idiota.
- Não é nada.
- Quer que eu te leve?
- Não - respondi - Pode ir sozinho.
- Te vejo lá então?
- Claro - cocei a garganta - Eu te encontro lá.
Levi arqueou uma sombrancelha, não demorou muito para entender o que estava acontecendo.
Ela ergueu seu braço em direção o portão do condomínio.
- Depois de você.
Desgraçado.
- Eu, não vou a aula hoje - admiti.
- Por que?
- Porque não.
- O motivo seria o mesmo de você ter se assustado com o velhinho inofensivo do prédio 5 fazendo sua caminhada matinal?
Enfiei as mãos no bolso. Levi me olhava com o queixo erguido, estava com o rosto indiferente. Eu preferia quando ele sorria.
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We Are Diferents
Fanfiction€-- Sentia uma dor enorme nas costas. É claro. Minha mãe era pesada e eu tinha dez anos. €-- Não preciso de ajuda. Não somos iguais! €-- Mas isso não duraria muito mais tempo. Logo ela se libertaria de mim. Logo logo, sua vida voltaria a ser como...
