€-- Sentia uma dor enorme nas costas. É claro. Minha mãe era pesada e eu tinha dez anos.
€-- Não preciso de ajuda. Não somos iguais!
€-- Mas isso não duraria muito mais tempo. Logo ela se libertaria de mim. Logo logo, sua vida voltaria a ser como...
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- Não.... não...
Acordei num pulo, ficando sentado imediatamente.
Minha respiração estava desregulada, podia sentir o suor descendo de minha testa. Fechei os olhos, procurando me acalmar.
Era só mais um pesadelo.
Só um pesadelo.
Um pesadelo de merda.
Andei até o quarto de minha mãe, ela dormia calmamente.
Ela estava bem.
Voltei para meu quarto. O relógio apontava que era quatro e meia da manhã.
Não voltaria a dormir, disso eu tinha certeza.
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- Já estou te esperando - a voz de Victor saiu no telefone. - Desça logo.
- Já estou indo.
Guardei o celular no bolso. Com a mochila pendurada em meu ombro, fui em direção a porta.
Hoje eu e Victor passaríamos o dia junto.
Antes de encontrar ele, fui até minha mãe. Que pintava do lado de fora. Ela estava de costas para mim, sentada no seu banco giratório. Seus cabelos lisos presos em um coque despojado. Estava suja de tinta.
- Vai sair com quem? - Ela disse sem se mexer.
Pisquei.
- Como sabia que eu estava aqui?
- Filhote, uma mãe consegue sentir o filho de longe - ela girou o banco para mim. - É com aquela Sofia?
Ri baixo.
- Eu não saio com Mia a muito tempo.
- Ainda bem. Você não tem bom gosto para mulheres, filhote.
- O que eu posso fazer? - Levantei as mãos - para mim ela era só mais uma loira silenciosa.
- Que babaca - ela soprou rindo.
- Não tão quanto ela.
Me aproximei, dando o beijo no topo de sua cabeça.