€-- Sentia uma dor enorme nas costas. É claro. Minha mãe era pesada e eu tinha dez anos.
€-- Não preciso de ajuda. Não somos iguais!
€-- Mas isso não duraria muito mais tempo. Logo ela se libertaria de mim. Logo logo, sua vida voltaria a ser como...
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Ainda estava escuro. Mesmo com agasalho sentia frio.Eu poderia muito bem simplesmente voltar para a cama e dormir, mas a insônia não deixava.
Já tinha estendido minha cama, a janela do meu quarto já estava aberta. Já tinha olhado como minha mãe estava.
Olhei para o relógio na escrivaninha, 5 da manhã. Logo eu teria que ir para o colégio.
Fazendo o mínino de barulho, andei até a sala e abri as cortinas da janela. Olhando para o prédio da frente, para uma janela em específico.
A janela da chutadora de lixeiras já estava aberta. Ela estava na sala, mechendo no notebook. Geralmente ela já estava acordada nesse horário. Sempre, na verdade.
- O que está olhando filho?
Olhei para trás assustado. Minha mãe estava em pé, abraçando o próprio corpo. Usava seu pijama azul marinho fino.
- Nada mãe - sorri. - Por que está acordada tão cedo?
- Só para ir no banheiro - sorriu sem mostrar os dentes. - Já estou voltando para cama.
- Ta bom, tomou seus remédios?
Minha mãe arregalou um pouco os olhos. Depois riu sem graça.
- Eu esqueci.
- Mãe - disse preocupado. - Você sabe o que acontece se você não tomar eles.
- Desculpa.
Com os dedos, joguei meu cabelo para trás.
- E você está se sentindo bem?
- Estou sim, não se preocupe.
Suspirei aliviado, abraçando-a.
- Dorme um pouco - disse calmo. - Quando você acordar eu te dou os remédios.
Soltei ela. Minha mãe sorria de ponta a ponta.
Era bom ver ela saudável.
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