Como eu vim parar aqui?

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Mais um dia quente de verão, onde na sombra fazia 30ºC. S/N achava que estava derretendo, por que não deixou para ir na farmácia mais tarde, quando já estivesse mais fresco. Estava com tanto calor, que não fazia ideia do que fazer para passar. Andava pela floresta pensando em como seria muito bom, se o hotel onde estava hospedada tivesse uma piscina.

Estava na Grécia à passeio, mais especificamente tirando umas férias de seu trabalho horrível. Seus pais haviam comprado essa passagem, assim que ela completou seus dezoito anos e arranjou o seu primeiro emprego. Estavam tão orgulhosos pela filha e como um presente para seu aniversário que estava próximo e pela conquista do emprego, perguntaram o que ela queria de presente. S/N sabia das condições financeiras da casa e como não poderia pedir algo muito caro, mas não fazia ideia do que pedir no momento. Então brincou dizendo "quero uma viagem para a Europa".

No dia de seu aniversário, foi acordada pela mãe celebrando o dia da filha e seu pai, logo atrás, lhe entregando um envelope. Quando abriu, S/N não tinha palavras para expressar o que sentia, dentro do envelope havia uma passagem e um cheque, com uma boa quantia em dinheiro. Não acreditava que realmente tinha ganhado a passagem, estava tão feliz. Até tudo desmoronar em cima de si...

S/N andava pela floresta perto do hotel, dica do senhor que estava na recepção, ele havia dito que passear naquele lugar ajudava a clarear a mente e também era refrescante, não sentiria tanto calor. Como S/N queria bater naquele velho mentiroso, estava andando por dentro da floresta e nada de se sentir renovada ou algo do tipo. Até que S/N decide sair da trilha e ir para mais dentro da floresta, qual seria a graça de ficar sempre na trilha? Queria algo novo, interessante, algo que pudesse destrai-la de certos pensamentos.

Não muito longe da trilha, começou a ver algumas construção antiga em ruínas, aparentava ser muito antiga. Muito semelhante as construções dos templos do deuses gregos. S/N acha lindo demais essas construções, então teve a brilhante ideia de pula a cerca que a separava das construções. Chegando mais perto, resolveu que seria uma boa ideia tirar uma foto ali de recordação. Posicionou o celular em cima de uma pedra de um jeito que não caísse, colocou o temporizador, fez a posse rapidamente. A foto havia ficado bonita de primeira, achou isso incrível. Pensou em dar mais uma olhada antes de voltar para o hotel.

Logo atrás da construção, andando mais um pouco avistou um lago. Sua visão era maravilhosa. O lago todo era rodeado por flores, não tinha ervas daninhas ali perto ou qualquer coisa que pudesse ofusca aquela bela visão onde, o sol batia na água, criando um cena maravilhosa de tirar o folego. Chegando perto do lago, se abaixou retirando a sandália e a bolsa, colocando-os ali do lado. Seu primeiro pensamento foi somente molhar os pés, mas a água estava tão convidativa, que não resistiu e deu um mergulho. Nesse momento seu corpo relaxou com a água fria, naquele dia quente.

Já havia se passado quase meia hora que estava dentro do lago, não queria sair dali, estava tão bom. Ainda sim dentro da água começou a contemplar o lugar e pensar que onde estava poderia ser uma propriedade particular, pois o local estava muito bem conservado e limpo, isso queria dizer que alguém ia lá regularmente para o manter organizado. As flores estavam perfeitamente colocadas perto do lago, todas eram lindas, porem as rosas roubavam a atenção, estavam mais que perfeitas, parecia até divinas.

S/N pensou em tirar uma foto daquelas perfeitas rosas, voltou para onde estava a bolsa e sandália. Não havia chegado tão perto das rosas, mas já sentia o seu perfume característico da flor. Após tirar a foto, resolveu levar uma rosa para o hotel. Quanto mais se aproximava das rosas, mais forte se mostrava o seu perfume. Na tentativa de retirar uma única rosa, espetou seu dedo no espinho. Seu dedo estranhamente começou a formigar e latejar.

Conseguiu tirar a rosa com cuidado para não despetala-la e com mais cuidado ainda, foi retirando os espinhos. Assim que acabou, observou seu dedo que havia sido perfurado pelo espinho, estava bem inchado e dolorido. Resolveu lavar a mão no lago para ver se o espinho não deveria ter fica dentro do dedo, quando se abaixou sentiu uma tontura.

A Escolha do Zodíaco +18Onde histórias criam vida. Descubra agora