Eu nunca vou sair daqui

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S/N encontra belos olhos vermelhos, tão vermelhos e intensos quanto sangue recém derramado. Cabelos em um tom avermelhado, na mesma tonalidade de seus olhos, contrastando com a sua pele alva, o deixando com um ar de mistério, calma e fúria, tudo ao mesmo tempo. Fúria essa que se manifestava em sua face, principalmente em seus belos olhos vermelhos.

- O que pensa que está fazendo aqui? - Pergunta com sua voz imponente.

- ... - S/N nada respondeu, ainda perdida em seus olhos.

- Não vai responder?! - Aquela frase estalou na mente de S/N a fazendo despertar.

- E-eu... Eu... - Tentava formular uma frase coerente em sua mente.

- Você...? - Ele demonstrava estar irritado pelo tom de voz.

- Eu me perdi aqui dentro e não encontrei a saída, então resolvi ler para clarear a mente.

- Aham... - Ele balançava a cabeça em afirmação. - E resolveu fazer isso justamente na parte superior da biblioteca de Atena?

- Eu achei que poderia ser uma saída, igual a saída de emergência. - S/N sentia um tom de ironia na fala dele.

- É mesmo?! E como você conseguiu passar pelo guarda? - Diz colocando o livro em seu devido lugar.

- Guarda? - S/N não lembrava de ter passado por nenhum guarda. - Não tinha guarda nenhum quando-... - Sua fala é cortada pelo homem a sua frente.

- Como assim, não tinha guarda?! - Seus olhos ficaram em um tom de vermelho mais escuro, fazendo S/N se arrepiar com aquele olhar.

O homem começou a puxar S/N em direção a saída, mas obviamente S/N não fazia ideia para onde ele estava levando ela, já que aquela biblioteca era um labirinto e ela não sabia andar por ele. Eles descem a escada rapidamente, quase fazendo S/N cair, já que estava sendo puxada pelo homem. Assim que terminam de descer, o homem para e olha para os lados, procurando algo.

- Onde ele está? - Sussurra para si mesmo, mas S/N escuta por estar próxima.

Logo o homem a sua frente caminha pelo labirinto e chega onde S/N havia escutado os gemidos, fazendo assim, com que ela ficasse levemente corada ao lembrar. Não demora muito para S/N voltar a escutar outros gemidos novamente, fazendo S/N ficar tão vermelha quanto os cabelos do homem misterioso. Então ele vai em direção aos gemidos, deixando S/N desesperada para sair dali de perto, mas não conseguia, pois ele a estava segurando firme, de forma que não fugisse.

- Que bonito... - Fala de forma desanimada e com certa raiva na voz. - Que cena mais linda é essa.

Assim que ele fala, o casal que estava transando para e o olham de forma chocados, os dois estavam praticamente pelados naquele beco de livros, estavam suados e descabelados, isso significava que já havia um tempo que eles estavam daquele jeito.

- Eu estou atrapalhando o casalzinho aí? - Fala de forma mais raivosa.

- Se-se-senhor Ca-Camus? - O homem fica tão branco quanto papel, estava visivelmente em choque.

- Que lixo... - Camus então solta S/N e se aproxima do casal. - Vocês não teriam um lugar melhor para fazer isso? - Sua voz era autoritaria e elevada. - Justo na biblioteca de Atena! E no horário de serviço!

- Se-senhor Camus, eu-... - Ele é cortado.

- Por acaso aqui é o seu posto de guarda? - S/N via toda a cena a alguns passos de distância deles. - Coloque uma roupa pelo menos, você não é um animal selvagem.

O homem que estava a frente de Camus coloca a roupa numa velocidade absurda, assim como a garota ao seu lado, garota essa, que era uma amazona. Camus não atrevia a olhar a mulher, mantinha seu rosto virado para o lado, no máximo que veria, seria o homem.

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