Um Acidente Quase Perfeito - Jikook {Reescrevendo}

XXXV

O grande dia havia finalmente chegado! 

Meu telefone não parava de tocar um segundo! Tinha tantas ligações desnecessárias, mas eu sempre atendia todas, por preocupação de ser algo importante e infelizmente não podia falar nada ou sair xingando todo mundo. 

Não aguentava mais fingir que estava tudo bem sendo que não estava. Minha cabeça estava prestes a explodir e eu prestes a explodir o meu telefone.

─ Jimin? - saí do meu transe com o síndico me chamando.

─ Ah, sim, perdão, aqui está a chave - dei um sorriso forçado e entreguei a chave do meu antigo apartamento a ele.

Respirei fundo e caminhei até meu carro, coloquei meu cinto e encostei minha cabeça no volante. Eu não fazia ideia de onde era para ir, só sabia que o silêncio daquele carro estava me trazendo uma paz absurda.

Ouvi meu telefone tocar, peguei ele na força do ódio e atendi.

─ Quê que foi?

Acabei sendo extremamente arrogante.

─ Ei! Calma, sou eu.

Dei um suspiro prolongado e choraminguei ao ouvir a voz do meu noivo.

─ Me perdoa.

─ Tá tudo bem, meu amor, como estão indo as coisas?

─ Péssimo! 

Engoli o choro. Eu estava com tanta saudade de Jungkook. Estava a uma semana inteira sem ver ele. Motivo? A crença ridícula dos avós dele de não poder se ver durante uma semana até o casamento, porque traz azar e divórcio.

─ Calma gatinho, são só mais algumas horas, eu sei que você consegue.

─ Não vou aguentar mais nenhum minuto longe de você, Jungkook! Tá tudo uma merda, minha cabeça está prestes a explodir de tanta dor! Não aguento mais atender telefonemas perguntando "qual cor de roupa devo vestir", não aguento mais nada... eu só quero você e o nosso filho.

Eu já estava chorando. Não queria saber mais de nada, só queria poder ficar ao lado do meu filho ou do meu alfa, dos dois para ser sincero.

Ouvi um longo suspiro vindo do telefone.

─ Eu te entendo completamente, meu príncipe, e te prometo que vamos nos ver logo, logo! 

Suspirei e enxuguei meu rosto.

─ Não sei pra onde tenho que ir.

─ Já entregou a chave ao síndico?

─ Sim.

─ Já pegou sua roupa e os restos das coisas pra se arrumar?

─ Sim.

─ Então, agora é só ir pra casa da Lili pra se arrumar.

─ Tudo bem então... Eu te amo! Muito!