XXIII

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Estava um dia exageradamente quente, uma quinta, para ser mais exato, e decidimos, de última hora, que iríamos passar uma pequena temporada na casa de praia do Namjoon. Sobre nossos trabalhos e a escola de Boo? Bom, estávamos em duas semanas de férias, proclamadas por mim mesmo.

Boo arrumava suas coisas na pequena malinha verde e eu ajudava dando apoio moral. Estava só a preguiça, 29° C de calor, parecia que esse país estava prestes a derreter e eu iria junto.

─ Papai, para de preguiça, vai logo - Boo fez cócegas em mim, me fazendo rir e me levantar da cama.

─ Ai! - ele me olhou sério, aquele ômega conseguia ser intimidador - Tá bom, Sr. Park Papai Boyoong, eu já estou indo - fui para o meu quarto e pude perceber meu carrapatinho me seguindo. Entrei no meu cômodo e ele se jogou na minha cama.

─ Papai? - ele chamou.

─ Oi, amor – respondi, tirando minha mala do guarda roupa. Levei meu olhar até ele, que estava literalmente estirado na cama.

─ O tio Kook pode ir com a gente? - ele me mostrou aquele sorriso banguela que eu não resistia.

─ Oh, meu filho - me sentei na cama fazendo ele se sentar também - O tio Kook trabalha e ele também tem uma filhinha pra cuidar.

─ A gente pode sair com ele hoje? - suspirei.

─ Ta, quer ligar pra ele? – concordou. Ele desceu da cama, correu até a sala onde meu celular estava e voltou ao quarto, peguei o aparelho e pude ver Boo pulando de um lado, fiz a senha e entreguei a ele.

Desde a última vez que nos vimos, no caso na cafeteria, Jeon ensinou seu número de telefone como uma música e Boo cantava ela o dia todo. Obviamente hoje não foi diferente, ele cantava a música enquanto digitava os números no celular e, assim que terminou, colocou no ouvido e se deitou na minha cama.

Ri e revirei os olhos, indo arrumar minha mala enquanto meu filho ficava conversando com Jungkook.

Horas se passaram e ele ainda não tinha terminado de falar no telefone. Nesse tempo, eu já tinha "limpado" a casa, arrumado meu quarto, minha mala e já tinha até tomado banho. Eu estava deitado na cama ao lado de Boo, usando uma cueca e uma blusa larga que catei de Taehyung, a típica roupa que eu usava pra dormir.

─ Amor, já está acabando? - perguntei e ele me mostrou o dedinho, como se estivesse falando "um minuto, por favor", um verdadeiro mini homem. Ri e concordei, ele desligou a chamada e me entregou o celular.

O pequeno ômega desceu da cama e saiu, me levantei rapidamente quando ouvi o menino abrir a porta.

─ Park Boyoong, aonde você pensa que vai? - saí do quarto e travei. Jeon Jungkook estava na minha casa e Boo estava no colo do alfa, que me olhava meio vermelho. Não entendi o motivo até lembrar das minhas vestes, arregalei os olhos e entrei para o quarto, colocando rapidamente uma calça de pijama.

Saí do cômodo e fui até eles, forcei uma tosse e dei um sorriso.

─ Fique à vontade, por favor - dei um sorriso e fechei a porta, indiquei para que ele se sentasse no sofá e ele fez, colocando meu filho sobre sua perna.

Boo sortudo, poderia ser eu ali…

Arregalei os olhos com meus próprios pensamentos e desviei o olhar com um pouco de vergonha.

Um Acidente Quase Perfeito - Jikook {Reescrevendo}Onde histórias criam vida. Descubra agora