Capítulo 1

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Sejam Bem-Vindos a Kissy Kissy Boo Boo! Já estou com todos os capítulos prontos então só vou ir postando eles em dias aleatórios kk, espero que gostem da história!

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-- E como foi seu encontro? -- Alice perguntou, pegando uma fatia da pizza. Tinha se passado uma semana da minha conversa com Sam, e nesse período alguém a chamou para sair. Então agora estávamos reunidas no tapete do quarto de Cindy, comendo e conversando, como de costume.

Kate arqueou a sobrancelha, e um estalo fez Cindy voltar para a terra e fitar a loira com a mesma curiosidade que eu tinha, afinal, Sam não me contou nada sobre o encontro também.

-- Foi legal... -- Kate largou a pizza na caixa.

-- Como assim?! Só... legal? Nada de saírem outra vez? Nada de outra chance? O que aconteceu com você? -- Sam corou, negando para as perguntas de Kate.

-- Eu dispensei o garoto... porque estou cansada... sabem? -- Sam me encarou. -- Acho que vou dar um tempo... nessa coisa de ficar procurando. Estou bem assim.

-- Estou orgulhosa de você. Vai aproveitar a vida. -- Comecei. Mas é claro que estava demorando muito para Alice falar.

-- Até que enfim aquietou a boceta. -- Cindy riu. -- Ah, nisso tu presta atenção, né safada... -- Todas, exceto a baixinha, gargalharam, e em sua própria defesa, Cindy discordou, apontando para Alice.

-- Não é verdade, estou desde o inicio prestando atenção! -- Alice virou os olhos.

-- Po-ti-popopo. -- Alice causava risadas em nós sem nem se esforçar. Talvez esse fosse o lado que eu mais admirava na minha amiga. -- Isso quer dizer que você vai parar de beijar na boca também, Sam?

-- Não... não sei... quer dizer... depende. Não quero relacionamentos, e eu não preciso estar necessariamente em um para... vocês sabem. -- Sorri maliciosa, deixando Sam mais envergonhada que o normal pois ela não era assim perto dos outros. Ela se sentia confortável me contando as coisas, e eu conhecia esse lado seu. -- Mas sério... não estou mais me importando... posso tranquilamente ficar em casa nas sextas, agora. Colocar as séries em dia e não me preocupar o tempo todo com o que vou vestir ou se vou poder sair com vocês, já que meus pais não vão mais brigar por eu sair demais e coisa do tipo.

-- Hey, e se você quiser companhia nas sextas... sabe que pode me chamar. -- Comentei, atraindo a atenção de todas para um fato que, aparentemente, não era só eu que pensava assim. Sam assentiu, agradecendo em seguida e comentando que estava empolgada por um estilo de vida diferente. Todas nós estávamos, na verdade, pois isso só era um sinal de que seríamos mais próximas.

-- Caramba... já é dez horas... eu preciso ligar para alguém vir me buscar... -- Kate comentou, iniciando uma ligação logo em seguida. Automaticamente, todas nós começamos a ajudar Cindy com a sujeira que havíamos feito, até Alice bufar.

-- Minha mãe foi viajar para uma convenção e agora vou ter que ficar com meu pai e a madrasta fitness. Provavelmente ouvindo os dois fazerem sexo a noite toda.

-- Ew, Alice... -- Falei. Eu não precisava imaginar a cena... sinceramente!

-- Deena, para de ser egoísta e me ajuda a lidar com isso, garota... -- Alice mesma riu, nos acompanhando. -- ENFIM. Kate... Pode me dar carona?

-- Claro, Alice.

-- Deena...? -- Encarei Sam, cuja fazia uma carinha inocente estilo gato de botas.

Infelizmente morávamos em bairros diferentes, mas por sorte de Sam, uma das minhas coisas favoritas é dirigir. E eu tinha ganhado uma picape antiga, porém preservada, que meu falecido padrinho dono de ferro velho tinha restaurado para me dar quando eu fizesse minha carteira de motorista. Dores passadas, então estávamos bem.

-- O que eu não faço por você?

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Sam tinha o vidro aberto enquanto as ruas de Miami exibiam grande potencial populacional. Passamos pelo Centro, e nele as luzes brilhantes eram resultado de uma alegria sem igual, de lugares que pessoas frequentavam para se divertir numa sexta feira a noite. Desde os Pubs, que eu ainda não tinha idade para frequentar, até as praças com os vendedores de guloseimas dispostos a montarem sua renda simples e maioria das vezes humilde.

A brisa que cheirava maresia talvez por um costume de gostar daqui. Nem estávamos perto de Miami Beach, afinal, e talvez o mais legal de dirigir tenha influência por esses fatores únicos que somente a velocidade pacífica dos pneus trazem, e nos faça observar mais ainda a cada semáforo que a luz vermelha indica antes de pararmos junto com uma pequena quantidade de carros posicionados em filas de via dupla.

Logo depois, a avenida principal, que era o melhor proveito do passeio, onde se podia chegar até oitenta quilômetros por hora. Não é grande coisas, mas já dá uma sensação de liberdade imensa.

Eu não via a hora de me tornar maior de idade, para então viajar na minha picape.

Sam riu, e a observei. Sua cabeça estava virada, olhando para trás pela janelinha entre nós.

-- O que foi? -- Perguntei, sorrindo por estar espontaneamente levada pela sua diversão.

-- Estou imaginando que, se eu tivesse uma picape, eu provavelmente acamparia na parte de trás. Colocaria um colchão... Uma caixa térmica... e me tamparia até a cabeça enquanto as estrelas fariam um show para quem for que olhasse para o céu. -- Assenti.

-- Pois eu só estou esperando a maioridade chegar. -- Sam me fitou.

-- Sério? E você pode me levar junto, certo?! -- Como negar para um tom tão empolgado quanto o que ela carregava em sua voz?

-- Claro, Sammy. -- Ela deu um pequeno soco no ar, me fazendo rir por alguns milésimos.

-- Você já levou alguém para algum lugar e... beijou... ali atrás? --  A encarei rapidamente, porque não... Mas eu queria. Só não sabia como.

-- Por quê?! Está interessada?! -- Sam gargalhou, ficando completamente quieta meio segundo depois. -- Hey, eu tenho uma picape antiga... você quer sair para dar uns pegas na caçamba dela? -- Novamente sua risada encheu a cabine, e eu me permiti fazer o mesmo.

-- Eu aceitaria se o pedido fosse exatamente assim. -- A encarei brevemente.

-- Mas... Sim. Eu tenho vontade de ter algum momento especial com alguém ali atrás. -- Admiti. Não quis deixar que Sam visse minhas expressões e o rubor nas bochechas, por isso olhei para o meu retrovisor, fingindo estar esperando para mudar de lado na avenida.

-- Às vezes eu esqueço que você é romântica.

-- Eu acho... que todo mundo é um pouco. Basta encontrar a pessoa certa ou querer encontrá-la algum dia. -- Agora sim, eu permaneceria o caminho todo olhando para qualquer lado, menos para a loira sentada no meu banco do carona.

E eu obtive silêncio seu. Sem saber reação nem nada do tipo.

E felizmente o meu momento constrangedor não durou muito, pois a casa da minha melhor amiga estava próxima. Bastava virar a esquerda para entrar em seu condomínio, e sem erro, a terceira casa era a dela.

Parei minha picape vermelha, e observei as luzes acesas da casa da loira, concluindo que seus pais estavam.

-- Obrigada por me trazer, madame. Sua carona sempre vai ser a melhor. -- Sorri. Sam soltou o cinto e eu fiz o mesmo, em seguida a apertei em um abraço e esperei que ela desse um beijo na minha bochecha.

Mas foi um pouco... distante... da bochecha, quando senti sua boca no canto da minha.

-- Tchau, Dee. -- E Sam se afastou rapidamente. Sem sequer me deixar falar.

Hm... eu não tenho com o que me preocupar. Foi um acidente esse beijo, né? E sinceramente, coisas assim acontecem o tempo todo.

Certo.

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Amanhã vou tentar postar mais uns dois capítulos.

Kissy Kissy Boo Boo ➸ Sameena IntersexualOnde histórias criam vida. Descubra agora