Kyungsoo pulava os quadradinhos numerados da amarelinha, feitos com giz de diversas cores. Havia nuvens, sol, flores e borboletas que o menor desenhara: queria que o mundo realmente fosse igual o da sua cabeça. Colorido, onde todos são felizes, sem contas para pagar e problemas para se preocupar. Queria que o mundo fosse mágico, e que toda essa coisa de magia que existia nos filmes e desenhos realmente fossem verdade.
Seus pequenos olhos, inocentes porém atentos, parou em um garoto sentado em um banco. Seu olhar era triste, encarando seus pés e brincando com os dedos. Sem conhecê-lo, o pequeno Kyungsoo caminhou até ele, sorrindo de orelha a orelha.
— Oi! — Disse Kyungsoo, sorrindo. — Eu me chamo Do Kyungsoo, e você?
— Não posso te dizer meu nome.
— Hum... Irei te chamar de hyung então!
Respondeu Kyungsoo, sorrindo de orelha a orelha. O garoto o olhou com tristeza; com sua mente de criança, achou que ele tinha um nome muito feio ao ponto de não querer dizê-lo, apenas deixando de lado.
— Você quer brincar comigo? Eu fiz uma amarelinha. — Apontou Kyungsoo.
— É torta. Posso fazer uma melhor.
Kyungsoo levantou seu miudinho.
— Você faz uma amarelinha, e assim que fazer, você brinca comigo. Promete?
O garoto, ou melhor, seu Hyung, olhou para seu miudinho levantado sem entender nada. Apenas caminhou até a parte do chão que não tinha desenhos de giz, começando a fazer uma amarelinha minimamente reta. Kyungsoo analisava com atenção, desenhando alguns desenhos do lado de fora da amarelinha.
— Isso é uma borboleta? — Kyungsoo assentiu. — Borboletas não são assim.
— Eu enxergo elas assim. Digo, minha tia fala que elas são muito feias, mas é assim que eu queria que elas fossem. — Respondeu Kyungsoo, sorrindo.
Seu hyung tirou o pó de giz da sua mão, brincando desajeitadamente na amarelinha: colocava o pé fora da linha, não jogava a pedra, fazendo o pequeno Kyungsoo levar a mão para sua testa.
— Pronto. Promessa feita.
— Você brincou errado! Promessas devem ser feitas certo.
Kyungsoo ensinou a pular amarelinha nos mínimos detalhes: jogando a pedra, pulando de um pé só quando era apenas um quadrado, cruzando os braços assim que ensinara.
— Agora é sua vez hyung. Mostre o que aprendeu.
O garoto começou a pular os quadradinhos, fazendo Kyungsoo sorrir.
— Você foi bem hyung! Parabéns! — Ele fizera um joinha com a mão, retirando uma risada do rosto sério do seu hyung. Se sentiu "o melhor" quando conseguiu fazer isso.
"O mundo não vale aquilo em que acreditamos." - Friedrich Nietzsche
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Dessa vez, Kyungsoo não acordou atrasado. Havia se certificado de deixar o alarme tocar, para dar tempo dele se arrumar e preparar o café de Jongin. Pegou seu uniforme dentro do guarda-roupa de madeira, que Chanyeol havia feito uma limpeza para tirar a sujeira e as teias de aranha, indo até o banheiro fazer suas higienes matinais. Saiu do banheiro já pronto, vestindo seu uniforme e seus sapatos.
Desceu as escadas, parando seu olhar em Chanyeol, que conversava com um homem baixo na porta de entrada. O homem aparentava ser bonito de longe, uma beleza tão exuberante que mal podia ser comparada a alguma outra pessoa. Semicerrou seus olhos, tentando lembrar se havia visto ele em algum lugar, logo recusando com a cabeça. Caminhou até a cozinha, fazendo o café de Jongin.
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Gato de 7 Vidas
Fanfiction(Kaisoo | Policial | Fantasia | Terminada) Um caso criminal de uma gravadora qualquer parecia ser fácil demais de ser resolvido, em comparação aos outros casos que o departamento secreto ficou responsável. Mas quando envolve alguém que está entre el...