Jongin, após ler vários livros escondido na biblioteca dos senhores oficiais, resolveu parar para evitar brigas e discussões com os mesmos: leu o guia de "como ser um bom policial" além de ler algumas leis para favorecê-lo no futuro. Agradecia aos deuses por ter uma memória, incrivelmente, fotográfica. Era muito jovem ainda para entender seus dons de gato de sete vidas, mas se isso fosse um dom, a memória fotográfica seria um dos seus dons mais incríveis.
Assim que ouviu a porta se abrir, fugiu da biblioteca rapidamente e silenciosamente por um dos oficiais terem chegado. Estava acostumado em ver policiais por todos os lados; depois que sua tia morreu e não tinha mais moradia, os policiais o levaram para o dormitório de ambos, que era incrivelmente legal. Era uma casa um pouco antiga, mas cheia de cômodos e móveis de primeira linha. Tinha um quarto gigante só para ele, e Jongin assumia todos os dias que estava totalmente surpreso por um dormitório ser tão legal. Ao todo, tinham três quartos, um de Luke, um de David e um de Lucas. David se aposentou – um pouco cedo – e deu seu quarto a Jongin, coisa que ele adorou sem pensar duas vezes.
Lucas havia entrado com sua clássica vestimenta: sobretudo, sapatos sociais e calça preta. Seu olhar de julgamento, deduzindo que Jongin tinha feito alguma coisa, o assustava de alguma forma.
— Estava na biblioteca, não é?
— Claro que não, senhor Lucas. Você sabe que eu nunca mentiria para o senhor. — Ele sorriu, talvez um pouco forçado.
O homem semicerrou seus olhos, colocando seu sobretudo pendurado no cabideiro. O sol estava radiante, mesmo que estivessem no inverno, fazendo Jongin se aproximar do oficial para pedir uma coisa:
— O sol deve estar gostoso, senhor Lucas.
— Pode ir pro jardim se quiser. Só não se machuque. — Disse ele, indo pra geladeira.
— Sério?! — Jongin sorriu. Dificilmente brincava no lado de fora, por conta de estar muito frio para isso nos dias passados. — Obrigado senhor Lucas! Você é o melhor, you are the best!
O maior riu, fazendo Jongin correr para fora. Estava estudando inglês todos os sábados, por conta dos oficiais – Lucas e Luke – serem nativos dos Estados Unidos e terem mais facilidade em falar na língua, mesmo falando super bem coreano. E também, inglês seria totalmente necessário para si depois que realmente trabalhar como policial.
Sentou no banco de madeira que havia ali, no meio de rosas e grama verde. Ouviu um choro vindo de longe, talvez de uma criança da sua idade, fazendo ele correr até onde o som vinha: por ser extremamente preocupado, não deixaria isso passar sem saber o que realmente aconteceu.
— Olá? — Perguntou ele, preocupado. — Por que você está chorando? Chorar não é legal.
— Me expulsaram do orfanato.
Finalmente havia encontrado. Um garoto menor que si e magro, com um pequeno arranhão na sua bochecha, vestindo uma camisa de algum personagem de anime e com cabelos pretos ondulados o olhava com os olhos molhados de lágrimas. Estava agachado um pouco perto do portão de saída, como se estivesse sido abandonado.
— Orfanato... Orfanato é para onde as crianças que não tem pais vão?
— Sim. Eu não conheço os meus pais. — Sua voz era um pouco falha por conta do choro.
— Eu também não conheço os meus pais.
— Onde você mora não parece um orfanato. — Os pés de Jongin doíam de tanto ajudarem ele ficar mais alto para poder ver o garoto através das grades.
— Mas não é. Eu moro com policiais, é uma história bem doida.
O garoto demonstrou surpresa, fazendo Jongin sorrir.
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Gato de 7 Vidas
Fiksi Penggemar(Kaisoo | Policial | Fantasia | Terminada) Um caso criminal de uma gravadora qualquer parecia ser fácil demais de ser resolvido, em comparação aos outros casos que o departamento secreto ficou responsável. Mas quando envolve alguém que está entre el...