Extra 2

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– Amor, eu perdi o prazo – diz Barcode com os olhos chorosos e um bico nos lábios.

– Prazo para quê? – pergunta Jeff olhando o rosto do namorado pela videochamada.

– Do período para me inscrever para a universidade – resmunga Barcode.

– Está tudo bem, vai dar certo na próxima vez, talvez só não fosse momento, tu só tem 18 anos, o mundo não vai acabar porque você não vai entrar na universidade imediatamente, respire – responde Jeff tranquilo.

– Meus pais vão brigar comigo – Barcode arregala os olhos assustado.

– Eu não acredito nisso, fale com eles antes de pular para conclusões precipitadas, quer que eu esteja com você nessa conversa? – oferece Jeff.

Porém Barcode sabia como a agenda do namorado estava cheia, não pediria isso, demorariam demais para contar para os pais e ainda poderiam atrapalhar todo o planejamento de agenda de Jeff. O mais novo respira, tentando se tranquilizar, sorri para o mais velho.

– Não precisa, falo com Lin para que ela me ajude – Barcode sorri suave.

– Tudo bem, mas me conte tudo depois, sinto sua falta – diz Jeff.

Os dois se olham com tanto carinho, realmente não se encontram a um tempo e isso os deixa tristes. Jeff organizou o álbum com fotos e vídeos de Barcode, os assiste quando sente a falta do menor, mas gostaria de estar levando o namorado para encontros e indo visitá-lo.

– Já está na hora de BOC organizar eventos nossos, pelo menos no trabalho tenho que te ver – Barcode ri da própria piada.

– Sim, porque toda a vez que tu vai com outra pessoa temos um shipp novo de Barcode – brinca Jeff.

– Alguém está enciumado? – questiona Barcode.

– Eu? Nunca, ciúmes é tóxico, eu não sou tóxico, pode fazer o que quiser – o mais velho dá de ombros, segurando a própria risada.

– Se você diz – responde o mais novo – Mas de qualquer forma não sou eu que decido a agenda, então não é como se eu estivesse realmente fazendo o que quero.

– Se fizesse o que quisesse eu seria o único a ser escolhido – Satur levanta a cabeça orgulhoso.

– Está muito metido ultimamente sr. Satur – zomba Tinnasit – Amor, devo ir, espero que quem chegou foi a Creamily e não meus pais.

– Ok, boa sorte – Jeff se despede – Eu te amo.

– Eu te amo, beijos – Barcode desliga o telefone e desce as escadas quase correndo para verificar quem chegou a sua casa – Creamily, minha irmã favorita.

– A única também – corrige ela.

– Preciso da sua ajuda – avisa ele.

– Imaginei – ela sorri e se vira bebendo seu copo com água.

...

Não importa quanto tempo passe, seu coração ainda acelera como um louco ao ver o seu namorado caminhar em sua direção dessa forma. Jeff está na entrada do prédio aguardando o namorado terminar de gravar um evento com os seus amigos: Tong, Bas e Job, o mais velhos deles segura a mão de Barcode o acompanhando até encontrar com Jeff e entregá-lo diretamente em braços.

– Prontinho, intacto, cuido muito bem do pequeno – fala Tong.

– Muito obrigado, amigo – diz Jeff – Porque por ele e esses dois, eles ficam brincando de lutinha, não quero que acabem se machucando de novo.

– Nem eu quero, foi um tapa sem querer que pegou no ombro dele e tu me deu um chute forte da última vez – resmungou Job.

– Te dou a solução, não bata nele que tu não apanha, é simples – rebate Jeff.

– Mas se ele me bateu primeiro – Job está indignado.

– Apanhe em silêncio – ri Barcode.

– Isso mesmo, olha o teu tamanho pro dele – defende Tong abraçando o menor de forma protetora.

– Não acha que mimam ele demais não? – fala Bas tentando ajudar o maior, pois ele o olhava triste em buscar de apoio.

– Cala a boca – grunhem Tong e Jeff juntos.

– Agora precisamos ir, porque hoje vai ser corrido pra gente – avisa Jeff oferecendo sua mão ao namorado.

– Tchau, meninos, muito obrigado por hoje – Barcode abraça cada um dos três, Job tenta bagunçar o seu cabelo mas o menor foge – Beijo, vejo todos pela empresa.

O casal se afasta, caminhando para o estacionamento, entram no carro do homem mais velho, liga o ar condicionado e uma música toca, Jeff evita puxar assunto com Code, sabendo que está nervoso, o deixa em seus minutos de silêncio e reflexão. Estaciona o carro em frente à casa de Barcode, o garoto permanece de olhos fechados cantarolando a música que toca.

– Vamos? – diz Barcode já abrindo a porta do carro e saindo dali.

Ele anda apressado até a casa, abre a porta e deixa entreaberta para que Jeff entre, está o seguindo a alguns passos atrás. Sua mãe está na sala sentada vendo uma novela, seu pai está na cozinha preparando pipoca.

– Oi, mãe, tudo bem? – Barcode se aproxima da senhora – Preciso lhe contar uma coisa.

A mulher o olha desconfiada, revesa o olhar entre os dois homens ali pensando ter alguma relação com Jeff que está apenas parado com as mãos nos bolsos. Barcode evita os olhos de sua mãe, olhando para o teto e as paredes da sala, passando a mão pelos seus braços e se sentindo desconfortável por toda aquela situação.

– Eu perdi o prazo de inscrição da universidade – fala de uma vez assim que o seu pai está voltando para a sala.

– Como assim? – pergunta Jung.

– Era somente até ontem o prazo para me inscrever para medicina, não pude realizar a inscrição – choraminga.

– Faça inscrição para outro curso – Jung dá de ombros – Não tem nenhum outro curso que tu queiras fazer?

– Poderia seguir com o que tu já trabalha, estudar justamente para seguir na sua carreira, meu filho – conclui Arthe ao ver o bico frustrado de seu filho – Não precisa disso.

– Tudo bem, vou correr atrás disso – concorda Barcode.

– Se vocês fossem um casal hétero, a forma como tu chegou pra falar comigo teria feito eu ter um ataque do coração – reclama Arthe.

Barcode fica parado ali na sala em pé enquanto pensa nas palavras de sua mãe, Jeff envergonhado apenas o puxa pelo braço para a porta de entrada.

– Já vou embora então – avisa Jeff.

– Por quê? Fica, por favor – pede Barcode.

– Eu preciso ir trabalhar, querido, estarei no estúdio gravando algumas músicas – Jeff coloca suas mãos nas bochechas macias do mais novo, as acariciando, dá um beijo em seu nariz.

– Tudo bem, aproveitarei pra estudar – suspira Barcode.

– Isso mesmo, tchau, amor – Jeff deposita um selinho nos lábios carnudos do namorado – Tchau, sogros.

– Não vai ficar para o jantar – grita Arthe da sala.

– Preciso trabalhar – responde Jeff.

– Tudo bem, querido, na próxima fica para jantar conosco – fala a mulher.

– Sim, senhora.


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Meu amor secreto(JeffBarcode)/EditandoOnde histórias criam vida. Descubra agora