Prólogo

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No litoral do pequeno país dos Campos de arroz, existia uma aldeia na qual as famílias costumavam viver por gerações da pesca de peixes como atum e salmão. As pequenas casas dos moradores eram feitas de madeira e muitas se encontravam em situações precárias, com buracos no teto e janelas com tábuas faltantes. Todos viviam com o pouco que lhes restava além dos tributos que deviam ao nobre local, que representava os interesses do senhor feudal.

Uma das famílias que ali viviam, eram os Haruno. Kizashi e Mebuki se conheciam desde a infância e tinham uma união feliz e realizada ao lado de sua única filha, Sakura. Aos oito anos, ela já acompanhava os pais na rotina de armar e desarmar as redes de pesca, bem como recolher e limpar os pescados para serem vendidos no porto ou embarcados em navios de comércio.

Quem muito ajudava os aldeões nesse quesito era Jiraya, um velho que apesar de passar a maior parte do tempo bêbado ou correndo atrás das mulheres da vida que ficavam nas tabernas do porto, era um homem sábio, cheio de histórias para contar e um exímio navegador. Por conhecer muita gente, o homem sempre negociava os itens que seriam exportados da aldeia, conseguindo condições um pouco melhores e garantindo que nenhum espertalhão passasse a perna nos pescadores.

Logo, podia-se dizer que apesar das dificuldades, o povo da aldeia era unido e naquela ocasião em especial, estavam reunidos no centro das construções para ouvir Jiraya, que tinha um grande comunicado a fazer.

Os homens sorriam em tom camarada, enquanto as mulheres cochichavam algum boato entre si e as crianças corriam e gritavam como se não houvesse o amanhã. Sakura era uma delas, brincava ao lado de seus amigos, entre eles, Naruto: o mais arteiro da aldeia e afilhado de Jiraya, que o criou desde que os pais do menino morreram em um naufrágio.

Mebuki puxou sua filha e o loirinho arteiro pelas orelhas antes de Jiraya anunciar uma notícia que prometia mudar para sempre a vida de todos os aldeões. Como o navegador experiente que era, Jiraya tinha sido convidado por um corsário a se juntar a uma embarcação e levaria alguns homens para compor a tripulação do barco, então tratou de ofertar a chance a todos os homens da aldeia.

Naquele tempo, bandos de piratas assolavam regiões costeiras como aquela em que a aldeia se situava, também cometiam delitos e furtavam embarcações em alto-mar, levando mercadorias, riquezas e até mesmo a vida de quem tivesse o azar de encontrá-los. Os piratas eram temidos e conhecidos por serem criminosos e fugitivos sem leis, que não respondiam a nenhuma autoridade, se não a sua própria ambição.

Para combater esses criminosos, os senhores feudais de países vizinhos maiores, como o país do Fogo e da Água, tinham concedido cartas de corso para navegadores experientes, soldados e piratas dispostos a caçar os bandos pelo mar afora, oferecendo pagamento e até parte do saque resgatado das apreensões. Por se tratar de um território pequeno e que servia de porta de entrada para os países mais abastados, corsários foram designados para agir no litoral do país dos Campos de arroz.

A tripulação selecionada por Jiraya seria a responsável pelo serviço braçal do navio, pela limpeza e culinária do mesmo, porém a qualquer momento, corriam o risco de se ver no meio de sanguinárias batalhas, pois os seus inimigos não eram do tipo que deixavam testemunhas, mesmo que se tratassem de meros criados.

O capitão daquela companhia corsária seria Kakashi Hatake, um promissor capitão do exército do país do Fogo, que era um verdadeiro prodígio, afinal, com quase trinta anos, já tinha várias vitórias e feitos em seu histórico.

— Sei que será um sacrifício ficar fora de casa e que parece uma loucura, mas estaremos em boas mãos, Kakashi é o melhor capitão de sua geração e tem homens à altura para se livrar de qualquer bando que se ponha à nossa frente!

A Cerejeira dos maresOnde histórias criam vida. Descubra agora