Capítulo XV

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A execução não a assustou tanto, afinal, o homem era um pirata e havia roubado de uma garotinha indefesa, o fim do mesmo foi rápido e sem sofrimento, Sasuke tinha sido certeiro e preciso como um artista.

— Sabia que um tumulto desses teria você como o centro. — uma voz feminina os interceptou ainda na praça.

Sakura olhou ao redor e viu uma jovem que parecia ter a sua idade, tinha cabelos longos num tom vermelho intenso, tanto quanto os cílios densos que cercavam seus olhos. Ela usava uma calça com aberturas nas coxas e um corpete de alças.

— Achei que estivesse fora, Karin. — e então, Sasuke sorriu pra ela, não como um gesto desdenhoso, mas sim porque parecia realmente alegre por vê-la.

Ela por sua vez, não ficou para trás e o abraçou se jogando em seus braços, Sakura só reparou o quanto estava franzindo as sobrancelhas quando a ruiva a encarou:

— Quem é ela?

— Essa é a Sakura, nova integrante do bando. — contou, ainda com os braços dela ao redor do seu pescoço.

— Uhn... Ela é médica por acaso? — a expressão antipática de Karin era contagiante.

— Não, eu luto. — sacou as adagas do cinto em volta de sua cintura.

— Uma fere, a outra cura. Que dupla perfeita, não é? — Sasuke comentou se divertindo com a cena.

— O que esse tomate estragado faz aqui? — Suigetsu se junto a eles.

— Disse o peixe fora d'água.— rebateu, revirando os olhos.

— Olá, Karin. — Juugo era o único que parecia normal em meio àquela conversa tensa.

Após mais algumas trocas de provocações entre a tal Karin e Suigetsu, o grupo se separou e o comandante se dirigiu junto a sua parceira para a pousada, a fim de que pudessem se arrumar antes de ir a taberna, onde os piratas costumavam se encontrar para compartilhar aventuras e disputar jogos que valiam suas riquezas.

O quarto destinado a Sasuke era um dos melhores, tinha uma cama grande de madeira rústica com uma colcha vermelha com fios dourados, uma cômoda e um espelho de corpo inteiro em frente, uma banheira e um biombo do lado direito.

As camareiras tinham até mesmo providenciado uma vestimenta para Sakura a pedido de Sasuke, o qual ela foi vestir do outro lado do painel de madeira e papel.

Como ela havia permanecido o tempo todo calada, Sasuke não perdeu a chance de provocá-la:

— Está tudo bem?

— Claro. — ela respondeu abrupta.

— Parede irritada desde que encontramos Karin na praça.

Através da lamparina que ficava na parte de trás do biombo, podia acompanhar os movimentos da silhueta feminina, parecia hipnotizado, enquanto vislumbrava as suas curvas delicadas. Quando ela jogou a roupa que vestia para cima, Sasuke teve que olhar para o outro lado e também desviar a sua imaginação, que teimava em imaginar a beleza de sua pele desnuda, podia sentir os efeitos da excitação querendo surgir em seu próprio corpo.

— Foi impressão sua. — ela disse com frieza após certo tempo.

— Não sei, seu ciúme estava tão palpável...

— Me ajude com isto. — quando virou-se, ela surpreendentemente estava ao seu lado, o vestido que usava era de um vermelho cor de sangue, que contrastava perfeitamente com a sua pele cálida, ela não conseguia apertar as cordas do corpete de couro preto que estava disposto em sua cintura.

A Cerejeira dos maresOnde histórias criam vida. Descubra agora