4 Radical

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POV Emma






— O que ela queria? — faço menção de responder mas me calo quando Jenna morde seu moletom.

— Nada demais. — minha resposta parece perfurar sua gengiva até sangrar porque ela praticamente rosna de raiva.

— Fique longe dela! — concordo de imediato e ela parece se acalmar um pouco — Por que saiu sem mim?

— Queria comprar isso para você. — dou um sorriso sem graça e tiro o chocolate do bolso.






Vejo um pequeno brilho nascer nos olhos pretos e demorou menos de cinco segundos para eu ganhar um abraço apertado. Sorri deitando minha cabeça em seu ombro, podendo cheirar os cabelos castanhos e macios. Eu sei que não deveria fazer esse tipo de coisa porque Jenna é uma garota hétero e nem chances eu tenho, mas parece que algo me puxa para perto dela e quando eu vejo, estou praticamente dando a patinha para a garota mais linda de Los Angeles.
  Voltamos para as últimas aulas depois dela fazer xixi e lavar as mãos, me senti extremamente contente ao ver a morena comer o chocolate como se fosse a coisa mais gostosa desse mundo. Eu aceitei um pedacinho e não ousei pedir mais depois, não quero ganhar uma mordida na mão.





— Muito gostoso. — sua boca cheia de chocolate me faz a achar uma graça — Obrigada por isso, Emms!

— De nada, Babycakes. — beijo sua testa, Jenna me encara por alguns segundos e eu acabo corando — Se sente um pouco melhor?

— Melhor impossível. — seu sorriso com os dentes sujos de chocolate é fofo — Desculpa!

— Continua linda. — o elogio sai de repente, mordo meu lábio me praguejando mentalmente pelo deslize.






Ortega sorri novamente e nos sentamos nos nossos lugares. Eu tenho que me conter, ela não deve gostar de garotas, principalmente de mim. Coço meu pulso como de costume, ultimamente tenho adquirido essa mania estranha e as vezes me machuco, não gosto disso.
  Jenna se vira para me olhar e eu dou um sorriso, logo franzindo meu nariz para ela em brincadeira. Já devem ter percebido que noventa e nove porcento do meu dia com Ortega é eu sorrindo feito pateta.






— Estou afim de fazer algo radical hoje! — sua empolgação me diz que não será algo muito legal — Vou embora de metrô. Vamos comigo?

— Isso não é radical, é algo normal! — faço uma careta para enfatizar o óbvio.

— Eu nunca andei de metrô, não sei nem como isso funciona. — a indignação na sua voz me faz rir — Você sabe?

— Sim. — respondo simples, isso não irá me prejudicar em nada — É só você pagar o passe, ou adquirir um cartão e entrar no vagão.

— Me acompanha nessa aventura? — Jenna parece uma criança com desejo de bagunça — Não me negue isso! Você sempre me nega as coisas, nunca saímos juntas e eu quero isso, por favor.






Não bastava ela pedir de um jeito manhoso, Jenna também fez o favor de deixar seus olhos encherem de lágrimas e um beicinho se apossar dos seus lábios. Esses que eu sempre quis beijar, morder e brincar quantas vezes eu quisesse, mas nem tudo que sonhamos se realiza, ainda mais algo tão bom assim.






— Tudo bem. — só faltou ela sambar na carteira, não fez tal ato porque o professor começou a passar matéria nova deixando claro que tacaria giz em quem fizesse bagunça, ossos do ofício em uma universidade de doido.





(...)






— Isso vai ser muito legal! — Jenna sem dúvidas é a primeira burguesa feliz por andar em um metal com formato de lagarta cheia de passageiros.

The best of me-JemmaOnde histórias criam vida. Descubra agora