Leonardo e Samantha se conhecem desde o ensino médio, porém nunca tiveram a melhor das relações. Ambos sempre foram extremamente grossos um com o outro, prezando por discussões agitadas e estressantes. Quando a faculdade chega, finalmente se veêm li...
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Uma hora antes.
- Oi, obrigada por me buscar. - Jéssica agradece - Se não fosse por você, eu não poderia ir.
- Sem problemas. Eu não estava a fim de estudar hoje.
E era verdade. Sendo sincero, eu tinha planos com Thati, mas ela me conhece o bastante para saber quando não estou bem.
E antes que perguntem, ela ainda não sabe sobre tudo o que aconteceu. Desde Samantha drogada até a minha recente babaquice.
Ao invés disso, recebi uma ligação inesperada de Jéssica pedindo uma carona até o parque de diversões local. Uma hora de viagem no carro, mas de ônibus demoraria bem mais. Não que a sua companhia fosse o que eu esperava, mas era melhor do que nada.
- Vamos logo. - ela pede - Já estou atrasada.
- Atrasada pra quê? - pergunto, enquanto espero que ela coloque o cinto.
- Bem... - começa - Na verdade estou indo para ver a Samantha.
- Como é que é? - questiono, surpreso. - Que merda, Jéssica. Por que não me avisou antes?
- Me desculpa, tá? - ela exclama- Não contei porque eu sabia que não me buscaria se soubesse.
Suspiro por longos segundos, pensando no que irei fazer.
- Espera. - digo, finalmente raciocinando- Por que ela está na sua frente? Vocês sempre foram grudadas, por que não foram juntas?
Jéssica coça a cabeça, parecendo estar incomodada.
- É porque... - há uma pausa- Ela não está sozinha.
Seu tom é melancólico o bastante para eu saber que não é outra menina.
- Tá dizendo que ela tá num encontro? - questiono, confuso - Que merda, Jéssica. O que nós estamos indo fazer lá?
- Honestamente, eu também não sei. - admite- Tentei não ir de todas as formas, mas ele insistiu muito.
- Ele? - indago, surpreso - Como assim ele?
- O Guilherme. - Jéssica olha para baixo - Ele insistiu.
A encaro por um tempo. Por um longo, longo tempo. E então, finalmente abro um sorriso.
- Você não está indo pela Samantha. - digo, e não é uma pergunta.
Há uma hesitação.
- Claro que estou indo por ela.
- Não, você não está. - repito. - Você está indo para vê-lo.
- Quê?! - questiona, na defensiva- Não, eu não...
- Você sim! - confirmo - Você gosta dele!
- Deixa de ser ridículo. - ela exclama, e começa a abrir as janelas do carro- Nossa, está muito quente aqui.
