Leonardo e Samantha se conhecem desde o ensino médio, porém nunca tiveram a melhor das relações. Ambos sempre foram extremamente grossos um com o outro, prezando por discussões agitadas e estressantes. Quando a faculdade chega, finalmente se veêm li...
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3 DIAS ATRÁS
01.03.2023
Leonardo
Recentemente eu estava com um questionamento na cabeça.
Sobre quão louca é a mitologia grega.
E não falo isso por ter seres místicos ou grandes criaturas, mas sim por conta do tipo de interação social entre os personagens.
E, como de costume para mim, tudo começou com o mito de Hades e Perséfone.
Quando Hades a sequestrou, o esperado definitivamente seria que aquele romance estivesse fadado ao fracasso. Afinal...
Como pode uma mulher sequestrada perdoar o seu sequestrador?
No entanto, a versão que poucos contam é justamente sobre o ponto de vista da Perséfone.
"E se na verdade ela quis descer?"
"E se o seu amor por Hades também era recíproco?"
"E se ela se sentiu atraída por algo perigoso pela primeira vez na sua vida inteira?"
Ninguém costuma falar sobre isso. Ou ao menos responder essas perguntas.
Na minha perspectiva, Perséfone sempre quis ir ao submundo. Ela sempre quis passar tempo com Hades, porém era fraca demais para admitir isso aos outros.
Então, por amor à Perséfone, o deus do submundo aceitou assumir a culpa como sequestrador.
Mas apesar disso, o questionamento ainda é interessante.
Afinal...
Como pode uma mulher sequestrada perdoar o sequestrador?
Foi essa pergunta que me fez refletir durante todo o percurso a caminho da faculdade.
Minhas mãos estavam no volante, porém meu cérebro estava completamente cheio.
Tudo no que eu penso é nela. Em nós.
Em como contar a verdade.
Em como evitar que o nosso relacionamento acabe.
Afinal...
Será que no fim das contas eu preciso agir como Hades e enfrentar todos os meus demônios para obter Perséfone?
Esta sim é uma pergunta que definitivamente não tenho a resposta.
