Cap. 18: "Que bom te ver, Samantinha."

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Samantha

- Que bom que nós dois podemos sair. - digo a Guilherme, com um sorriso.

Ele faz o mesmo.

- Eu também fiquei feliz.

Sempre fiquei satisfeita com segundas chances, ainda mais quando elas são justas.

E especialmente nesse caso.

Com todo o estresse da última semana, quase me esqueci do que realmente importava. Eu e Guilherme.

Afinal, passei os últimos três anos tendo uma queda por ele e nunca pude dizer nada, já que ele tinha uma namorada. Mas agora?

Bem, agora tudo mudou.

- E Jéssica? Já está vindo?

Devem estar se perguntando por que minha melhor amiga está vindo para o meu encontro.

Bem, na verdade estamos em um parque de diversões. Consequentemente, não tem problema que ela esteja aqui, já que poderá se divertir sozinha. Além disso, é sábado, e eu não queria que ela ficasse sozinha.

No fundo me perguntei se Guilherme se incomodava, mas ele insistiu quando Jéssica disse que não iria vir.

Bem mais do que eu, para falar a verdade.

- Ainda não sei. - admito. - Irei ligar pra ela.

Vou ao seu contato e peço para fazer uma chamada. Um tempo depois, minha amiga atende.

- Ei, Jessi. - cumprimento- Você já está vindo?

- Sam... - seu tom é choroso - Eu provavelmente não conseguirei chegar a tempo.

- Quê? - questiono- Por quê?

- Perdi o ônibus. - ela conta - Honestamente, estou achando que isso é sinal divino. A confirmação para que eu não vá.

- Para de besteira, Jéssica. - resmungo- Se você não consegue vir, então nós podemos ir até aí e fazer alguma coisa.

- Não, nada disso. Não quero que vocês saiam daí. - há uma pausa - E eu já havia dito que só irei atrapalhar.

Bufo, irritada. Guilherme percebe.

- Ela está se recusando a vir? - pergunta. Eu confirmo. - Me dê o telefone.

Ele abre um sorriso antes de falar.

- Ei, Jessizinha. - começa- Sei que está se recusando a vir, mas o convite foi nosso. Se você não vier, então terei que ir até aí te arrastar.

Certo, aí já seria exagero demais, porém eu não controlo o que ele diz.

E sei que os dois conversam por bastante tempo, mas eu não presto atenção nas falas.

- Ela está vindo. - afirma, e me dou conta só agora de que o telefonema acabou. - Parece que irá vir de outro jeito além do ônibus.

- Ótimo. - exclamo- Caso contrário, ela não conseguiria vir dentro do horário.

- Bem, nós chegamos cedo. - o relembro- E também tem o fato dos pais dela terem pedido uma série de coisas de última hora.

- É. - Concorda - Pelo visto, isto é frequente.

- Ah, com certeza. - confirmo - Os pais dela são donos de uma loja de doces, então constantemente precisam de ajuda.

- Não tem irmãos? - indaga - A Jéssica, eu digo.

- Tem sim. Ela possui uma irmãzinha, a Lívia. - respondo- São bastante próximas, a Jéssica a ama muito.

- Eu imagino. - Guilherme exclama - Ela é extremamente amável, não teria como ser diferente.

1000 motivos para eu (não) amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora