❝𝑷𝒂𝒓𝒆 𝒅𝒆 𝒇𝒂𝒛𝒆𝒓 𝒄𝒐𝒏𝒇𝒖𝒔ã𝒐 𝒆𝒎 𝒖𝒎 𝒄𝒐𝒑𝒐 𝒅𝒆 á𝒈𝒖𝒂❞

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Continuação do capítulo anterior. (Editado)

Sina Deinert

Depois de tanta insistência de Louis, decidi ligar para o meu ex. Louis não pararia de chorar e gritar até que eu ligasse para Noah. Sinceramente, eu não queria ouvir a voz daquele traste! Por isso, precisava ser forte para discar o número de alguém que um dia já foi muito importante para mim. Não demorou muito para a ligação ser atendida e a voz de um homem tomar conta da linha.

— Noah? — chamei ao telefone, com um pouco de receio.

Ele ficou em silêncio por um tempo.

— Sina? — pelo seu tom de voz, o rapaz estava surpreso com a minha ligação.

— É, sou eu. — revirei os olhos, irritada ao ouvi-lo.

— Aconteceu algo com o Louis? Você nunca me liga sem ser por urgência.

Louis estava na cama, contente por eu ter tido coragem de ligar para o seu pai.

— Não! — suspirei, ouvindo o tom preocupado do rapaz. — O Louis está bem; o problema é que ele quer te ver e quer ir ao shopping amanhã com você! — disse, com um tom de voz desdenhoso.

— Amanhã? Amanhã eu não posso. Sabe quantas horas são de Los Angeles a Nova York? Cinco horas! Eu não tenho dinheiro para viajar e tenho trabalho amanhã cedo.

Fiquei em silêncio, passando as mãos pelos meus cabelos, que estavam presos em um coque.

— Então explique isso para o seu filho. — bufou. — Mostre a ele que você não é o pai perfeito que ele diz que você é.

— Sina, você precisa me entender... — tentou se explicar.

— Eu? EU PRECISO ENTENDER NOAH URREA? — gritei na chamada. — Faz uns oito meses que você não vê o seu filho! — falei. — Ele vive perguntando sobre essa viagem que você fez e não voltou mais.

Noah novamente ficou em silêncio.

— Não vai falar nada? Ou vai fingir que a ligação caiu? — o pressionei. — Noah, se você não tem a capacidade de ser um bom marido, pelo menos junte todas as suas forças para ser um bom pai. — soltei.

— Sina, pare de fazer tempestade em copo d'água. — suspirou.

— Eu que estou fazendo a confusão? Deixe de ser cínico, NOAH. — berrei. — Eu não sinto sua falta; por mim, não veria o seu rosto nem pintado de ouro. O problema é Louis; tente ser um pai presente, pelo menos. Apareça uma vez no mês ou no ano, se você se diz tão ocupado. Não quero seu dinheiro nem a pensão, por mais que seja sua obrigação. Só quero que não se esqueça de que tem um filho e que você não está morto... por isso, apareça. — me irritei. Não esperando uma resposta, desliguei o telefone e joguei o celular em cima da cama. O tempo tinha passado, mas Noah ainda era um imbecil...

— E o papai? — o garoto questionou.

— Disse que não vai poder vir, está ocupado. — revirei os olhos e percebi que meu celular tocava parar. Olhei para a tela do telefone, que mostrava "Pai do meu filho"; era assim que estava salvo o contato de Noah no meu celular. Resolvi não atender, recusando todas as chamadas do rapaz.

— Vem, Louis, hora do banho! — segurei a mão de Louis, deixando o celular lá.

𝑷𝒂𝒊 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒐 ᴺᵒᵃʳᵗ 💍Onde histórias criam vida. Descubra agora