❝𝐕𝐨𝐜ê 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 é 𝐮𝐦𝐚 𝐔𝐫𝐫𝐞𝐚❞

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                      —  Sina Deinert

☆☆☆                       —  Sina Deinert

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Texto editado.

(Duas Semanas depois)

Me arrumei para o trabalho. Precisava acordar todos os dias às seis horas da manhã para ir ao meu emprego, exceto nos finais de semana. Louis ia para a escola, e por isso era bom... O período em que ele está na escola é quando eu trabalho. Ao abrir o celular pela manhã, vi que Noah tinha ligado umas dez vezes e eu não atendi. Não queria ouvir suas desculpas, até porque fazia duas semanas que ele me ligava e eu não atendia suas chamadas. Abrindo a minha caixa de mensagens, vi uma que o rapaz tinha enviado.

— "Sina Deinert, você poderia atender esse telefone e parar de agir como criança?" — era a mensagem que Noah deixou para mim. Comecei a rir sem parar e imaginei o quanto ele deveria estar irritado comigo. Eu só estava irritada com Noah porque sempre diz que está trabalhando quando Louis quer falar com ele. Algumas vezes, até desconfio que seja verdade. Faz uns nove meses que eu e Noah estamos separados, e Louis sempre pergunta pelo pai, mas nunca tenho o que dizer.

Ao invés de responder à mensagem, apenas o ignorei e disquei o número do meu irmão. O garoto demorou minutos para atender, mas, com tanta insistência minha, ele finalmente atendeu.

— FINALMENTE! — gritei quando meu irmão atendeu o telefone.

— Oi, Sina. Quem liga para alguém às seis horas da manhã? Você não tem o que fazer? — reclamou ele, com a voz sonolenta.

— Eu tenho o que fazer, eu trabalho! Esqueceu? Você que vive dormindo, Josh. — reclamei.

Josh é o meu irmão mais velho, o preguiçoso da família.

— Você deveria trabalhar menos. — bufou Josh.

—  E você deveria trabalhar mais. — alertei. — Bem, quero que busque o Louis na escola; eu vou trabalhar o dia todo hoje.

— Beleza. — o tom de voz dele mostrava o quanto ele ainda estava com sono.

— Josh, por favor, não esqueça do seu sobrinho, como da última vez! — relembrei.

Da última vez, Josh esqueceu completamente de buscar Louis na escola, deixando-o duas horas a mais no colégio.

— Eu não vou esquecer, relaxa. Quem anda comigo, anda com Deus. — falou

— Joshua, você é o garoto mais irresponsável que eu conheço. Até duvido que seja meu irmão às vezes! E ainda diz que... "anda comigo, anda com Deus." — repeti a frase dele com um tom irônico. — Deus nunca se responsabilizará por você, Josh! Você tem uma tremenda falta de atenção! — reclamei.

— Relaxa, Sininho. Vai dar certo. — brincou o irmão. — Aliás, o Noah me ligou hoje.

Não pude impedir que as dúvidas entrassem em minha mente.

— Para quê?

— Ele estava irritado porque você não atende o telefone há duas semanas.

Josh é um grande amigo do meu ex, Noah. Eles sempre foram amigos antes mesmo do romance entre mim e Noah. No começo, quando anunciamos que iríamos nos divorciar, Josh se preocupou comigo e ficou algumas semanas sem falar com Noah, mas depois pedi a ele que não estragasse a amizade de anos por causa da separação.

— Não quero papo com o Urrea. — o tom da minha voz ficou grave e firme.

— Lembre-se de que os papéis do divórcio ainda não saíram. Você ainda é uma Urrea, e ainda está casada com o Noah. — zombou Josh.

Senti a raiva passar por minhas veias quando Josh disse aquilo. Não gostava de lembrar que ainda era casada com Noah; sentia uma grande raiva do rapaz.

— Não esqueça de buscar o Louis quando terminar as aulas. — desliguei o telefone, curta e grossa, com meu irmão.

Peguei minha bolsa e fui até Louis, que já estava totalmente pronto para ir à escola. Fechei o apartamento e segurei a mão de Louis em direção à escolinha onde ele estudava. A escola não era muito longe; pelo contrário, era bem perto do meu apartamento.

— Vai, filho, boa aula. — me abaixei para ficar do tamanho dele e o abracei.

— Tchau, mamãe. — o menino girou-se e foi andando até o colégio, onde uma professora pegou sua mão e o levou para dentro. Fiquei olhando o garoto até ele entrar no colégio. Dei um leve suspiro. Louis era muito parecido com o pai; até seus olhos verdes eram idênticos aos de Noah. Sim, eu estava pensando em Noah, pelo menos uma vez sem raiva. Lembrei dele como um pai que fez um filho com toda a sua fisionomia. Sai dos meus pensamentos ao notar que estava, de algum modo, lembrando dele. Vi que um carro se aproximava; era um táxi. Fiz um leve sinal com a mão e o carro parou. Entrei e pedi ao motorista que me levasse até o meu trabalho.


𝑷𝒂𝒊 𝒅𝒐 𝒎𝒆𝒖 𝒇𝒊𝒍𝒉𝒐 ᴺᵒᵃʳᵗ 💍Onde histórias criam vida. Descubra agora