"Então, era aí onde você estava." - KazuScara

Desentendimentos e afins.

*— Ponto de vista do Kunikuzushi.*
Pois bem...eu dei uns dois beijos no Kazuha e saí correndo direto para o caminho da minha casa, naturalmente. Me recuso a experienciar qualquer tipo de clima depois de beijar o Kazuha no meio da rua. Eu não iria aguentar ver aquele abestado olhando para mim.

Eu estava passando pelos ares da cidade um pouco encolhido, de fato, eu havia um pouco de medo de encontrar qualquer conhecido por aí e ele acabar implicando comigo.
Dormir fora sempre faz bem para mim, porque acordar sem a Yae Miko me chamando e sem ver a cara da minha mãe e da Shogun é sempre melhor que qualquer coisa. Eu daria de tudo, para que elas nunca mais falassem comigo.

Porém, eu tenho um certo arrependimento em ter dormido na casa do Kazuha ao invés da do Heizou, visto que a mãe dele era LOGO a Ningguang. Eu sequer fazia ideia, caralho!
Isto é o que piora a situação; obviamente ela avisou a minha mãe e só tenho dois destinos a enfrentar:
Ou ela vai me olhar torto por mais de uma semana, ou ela vai mandar a Yae Miko me confrontar.

Por fim, eu já estava a frente da minha tão maldita casa, estive encarando a porta por algum tempo.

A Shogun não está aqui, então eu posso ficar mais calmo por algum tempo; porque aí não vai ser de cara que eu vou ouvir aquela vaca me xingar.
Já a Yae Miko provavelmente está fazendo 'home office', e minha mãe está sobre o intervalo do trabalho.
(Home Office: Trabalho em casa.)

Talvez se eu tentasse entrar sem fazer barulho, elas não perceberiam...
Mas, porra! Eu nunca parei para observar o tamanho desta porta! Claramente elas vão notar se eu entrar, que merda!
Não duvido que eu já esteja a uns 10 minutos encarando esta caralha, é melhor eu só entrar logo e mandar o foda-se para a Yae Miko e para a minha mãe!
Afinal, elas que se fodam! Não é como se fosse minha primeira vez confrontando as duas!

Eu surtei, do nada; então acabei puxando a porta entrando e apressadamente a fechei. Eu saí correndo para o meu quarto e logo tranquei a porta antes que alguma das duas reagissem.

Se eu ficar trancado no meu quarto até amanhã, também não faz diferença. Mas é até mesmo capaz da Miko arrombar esta porta.
Caralho, parece que tudo tem um contraditório.

Não demorou nem uns minutos para que a Yae Miko já chegasse batendo na minha porta.
— " Kunikuzushi! O que foi isso? " - Ela dizia enquanto dava várias sequências de batidas. Já a minha mãe, aparentemente tentou puxar a maçaneta, mas eu havia trancado.
Otárias, que fiquem aí tentando me chamar até anoitecer!

— " Kunikuzushi, abra esta porta. A gente precisa conversar. " - Foi aí que eu ouvi a minha mãe falar e eu simplesmente gelei. Confesso que até hoje ela me dá calafrios e eu já citei isto alguma vez. Ainda mais considerando esta história de Ningguang, é o que assusta mais e mais.

— " Kunikuzushi, eu não estou de brincadeira. " - Ela disse contra a porta mais uma vez, e eu já estava ficando um pouco aterrorizada. Que saco! Por que ela simplesmente não me deixa em paz? Ela nem mesmo se importa comigo. Não me diga que a Yae Miko está forçando ela a fingir um pingo de preocupação comigo.

Eu fiquei encarando a chave por alguns segundos, até que enfim eu tomei coragem para abrir aquela merda, porque se não elas estavam a beira de arrombar mesmo!

— " Saiam aí da frente, então. " - Não tem como eu abrir a porra da porta com essas duas parecendo umas largatixas na minha porta! E de fato, a minha vontade era de xingar elas de tudo quanto é nome ali mesmo, mas eu não quero perder uma perna e um braço.