Point of View: Maya.
[🦋]A real é que esses 4 anos no México me ajudaram muito a me reerguer de tudo o que tinha acontecido.
Literalmente resetei a minha vida e vivi outra realidade por alguns anos, que poderiam ser a minha vida dali pra frente.
Lá me senti acolhida, amada e isso, apesar de não ter me ajudado a curar a dor, fez com que não doesse tanto.
Porém, não foi o suficiente para que eu apagasse a vontade de fazer com que aqueles filhos da puta pagassem, nem que fosse minimamente, pelo o que fizeram. Voltei pra rever as pessoas que amo em Freeridge, mas também voltei pra
resolver essa pendência pelos meus pais, porque prefiro morrer na mão deles tentando fazer justiça, do que morrer com esse sentimento de impunidade que me sufocava há 4 anos, todos os dias.Só assim ia conseguir seguir em frente.
Apesar de terem selado paz, todo mundo sabe que quem venceu aquela guerra foram os Profetas, até porque, morreu bem mais gente do nosso lado, inocentes ou não, do que do deles, e eles se vlangoriam até hoje disso.
Omar foi tão exaltado por isso, que é quase um intocável entre os Profetas. Há anos ele não ficava na linha de frente e após o feito, muito menos. Era nele que chegava o dinheiro pesado, mas também, era através dele que grandes negociações eram resolvidas.
Coisas de bairro, pequenas guerras, confusões, nem chegavam no ouvido do homem.Não dava pra negar que o cara era um gênio. Morava em Malibu, com outra identidade e possuia diversos empreendimentos abertos pela cidade como cortina de fumaça, de imobiliária à galeria de arte.
E era ela o meu foco.
Sou daquelas artistas que possuem a identidade anonima, mas nem foi por querer. Criei um tumblr chamado Golden Soul, comecei a postar as minhas pinturas e ele cresceu tanto que comecei a assinar dessa forma. De lá, o pessoal migrou para o instagram e foi através dele que comecei a me aproximar da galeria do Omar.
Vi que tinha uma exposição hoje a noite e tratei de ir, pra começar a me apresentar aos poucos.
Ayla: Se onze horas você não estiver lá, Dona Maya...
Maya: Garota, eu vou, tá? Relaxa.
Ayla: Não quero ficar no meio daquelas feias sozinhas.
Maya: Mas os meninos estarão lá, não é?
Ayla: Sim, mas você entendeu, garota! Onze quero você aqui.
Maya: Talvez onze e meia?
Ayla: Onze! - Ri.
Maya: Taa. Agora vou voltar lá pra dentro, só sai pra atender a bonita.
Ayla:Vai lá, aproveita. Mas não a ponto de não chegar as oze. - Gargalhie. - Agora é sério, se diverte, tchau.
Maya: Tchau. - Desliguei, ainda rindo e voltei pra dentro da galeria.
Parei na frente de uma obra e fiquei observando os detalhes. Frequentar esses lugares sozinha era minha diversão favorita.
- Maya? - Virei, arqueado a sobrancelha.
- Chris? Meu Deus! - Ri, enquanto nos abraçavamos.
- Quanto tempo, você ta a coisa mais linda.
- Obrigada, você também. - E não menti.
- Você já terminou de ver a exposição?
- Não, falta a última sessão.
- Posso te acompanhar? Porra, estou feliz demais de ter te reencontrado.
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Delito | Oscar Diaz
FanfictionJuntos, poderíamos nos condenar Vamos cometer uma tragédia E se eles nos pegarem escapando Temos a desculpa perfeita