quarenta e dois.

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Point of View: Maya
[🦋]

- Se tá na sua casa, você que vai cuidar. - Oscar disse, olhando a cena.

- Nada disso, é amigo do seu irmão. - Maria soltou.

- Conheci através da Monse. - Cesar se defendeu.

- Quando ficamos sem nos falar, é o Jamal que fica do lado dele, acho que são mais intimos. - Monse disse.

- Eu tô até sem condições de desviar o assunto. - Todos olhavam incrédulos.

- Vai amor!! - Jasmine gritou, enquanto Otto desvirava o Ruby, que estava de ponta cabeça  com a bocana aberta enquanto jogavam um jato de cerveja pra dentro.

- Uhuuul. - Comemorou, meio tonto, enquanto eu ria.

- Ainda bem que o banheiro é seu. - Sad disse, olhando no relógio.

- Hermano, vai curtir a festa, esquece isso um pouco. - Beltran disse.

- Ela realmente não vem? - Me olhou.

- Pior que não, hermanito. - Ele suspirou, assentindo e virando o copo de cerveja.

- Vocês vão se resolver, relaxa. - Monse disse.

- Estoy tranquilo. - Abriu outra lata, dando um gole generoso.

- Estamos vendo. - Otto apertou o ombro dele.

- Já aviso agora, hoje quero dar uns beijinhos na Serena e como anfitriã tenho prioridade, não quero disputa, não quero falação. - Maria disse olhando portão, vendo o Chivo, que fazia parte dos Santos, Stella, esposa dele e Serena, irmã dela que tinha se mudado a pouco tempo.

- Caralho, mas você não pode ver mulher bonita, né? - Otto disse.

- Óbvio que não, e passamos a semana toda conversando, então respeitem o casal de gostosas que irá se formar hoje. - Ela soltou, nos fazendo rir.

- Você ta boa de achar uma que vai te deixar caída que nem Maya fez com o Oscar, só assim a gente vai ter paz. - Beltran disse.

- É filha, não dá pra competir com você não, vamos tratar de se apaixonar, querer amar alguém, faz bem pro coração, ó o Oscar como está simpático. Maya merece ate uma bebida.

- Merece, mas somos amigos. -  É o que, meu querido?

Eu, Sad e Maria olhamos pra ele, que continuou fingindo costume.

- Tá bom, tá bom. - Beltran revirou os olhos. - De qualquer forma, obrigado Maya. - Me passou uma cerveja, enquanto eu ria, abrindo e levantando como forma de brinde.

- Como você tá linda... - Maria soltou assim que Serena chegou perto, me fazendo segurar o riso.

A mulher era boa demais de lábia.

O churrasco, como sempre, estava lotado, os meninos na churrasqueira, bebida pra todo lado, mas tinha duas coisas pra pontuar:

1. A Ayla fazia muita falta nos churrascos.

2. Eu tava puta com o Oscar falando que eramos só amigos.

A gente literalmente namora, todo mundo sabe indiretamente, qual é o motivo de continuar negando?

Tentei não emburrar durante a festa, mas com ele não conseguia agir como se nada tivesse rolado.

O clima estava amigável pra caralho, geral se divertindo, a maioria mais pra lá do que pra cá, mas ainda sentia uma sensação estranha.

Me afastei deles pra ir ao banheiro e como o de baixo estava lotado, fui no do andar de cima, próximo ao quarto dela.

Assim que sai, vi um cara no corredor, me fazendo travar e dar um passo pra trás, com a mão no peito.

Delito | Oscar DiazOnde histórias criam vida. Descubra agora