Capítulo 15

29.3K 1.4K 153
                                    

Matarazzo 🎭

Cuidei da minha pretinha direitinho pô. Lavei o cabelo dela e tive mó cuidado quando passei o sabonete em seu corpo, deixei ela toda cheirosa. Quando o banho terminou eu enrolei ela na toalha e voltamos para o quarto, ela foi até meu guarda roupas caçar algo pra vestir e eu fiquei sentado na ponta da cama só esperando.

O papo é que eu tava felizão tá ligado? Era bom pra caralho saber que fui o primeiro homem dela e que mermo eu sendo todo errado ela confiou em mim pra isso. Senti um negócio foda no peito e tenho plena consciência que tô amarradão na pretinha.

Meu único medo é machucar ela com a vida que levo. Tô ligado que se assumimos algo pra geral, ela vai virar um alvo fácil e vão querer tocar nela pra me atingir, eu não aguentaria ver a minha Analu passando por esses bagulhos. Isso tava marolando na minha mente e pela primeira vez na vida fiquei sem saber o que fazer.

— Seu guarda roupas tá uma bagunça, você por um acaso não arruma aquilo não homem? — caminhou na minha direção vestindo somente uma camisa minha.

— Eu até que arrumo tá ligado, mas quando percebo essa porra tá toda bagunçado de novo pô. — puxei ela pra sentar no meu colo.

— Eu recomendo muito você fazer um closet, seu quarto tem espaço suficiente pra caber um. — falou passando os braços ao redor do meu pescoço.

— Pode pá, vou mandar fazer esse bagulho aí! — falei e ela concordou me dando um selinho.

—Eu tô com fome.. — me olhou e fez a porra do biquinho que dava vontade de morder.

— Quando você não tá pô? — perguntei dando risada e ela me deu um tapa no braço.

— Isso é tudo culpa sua que gastou todas as minhas energias e me deixou totalmente sem forças. — falou cruzando os braços.

—Se eu gastei tudo eu reponho pô! Vamo comer na dona Lurdes, aqui não tem nada pronto. — dei um tapa em sua coxa e ela levantou do meu colo.

— Eba! Agora sim parece que você falou a minha língua — bateu palmas toda animada e eu dei risada — Onde tá o short que eu tava usando ontem? — perguntou.

— Deve tá em algum canto do quarto pô, procura aí que eu vou colocar uma roupa pra me adiantar. — falei e ela concordou.

Levantei da cama e fui até meu guarda roupas. Peguei uma bermuda preta e vesti, tava fazendo mó calorzão então fiquei sem camisa mermo.

Voltei a olhar pro quarto e vi a Analu vestindo o short dela e jogar minha camisa por cima.

— Estou pronta! — falou toda animada.

— Ala a esfomeada toda animada só porque sabe que vai comer. — gastei prendendo minha glock na cintura e ela me deu língua.

— Fica quieto e bora logo! — falou andado na minha frente rebolando aquele bundão dela e eu neguei com a cabeça.

Saí de casa junto com ela e percebi que tava fazendo um solzão do caralho, olhei tudo a minha volta e vi as crianças tomando banho de mangueira na porta de casa e umas minas tomando sol na laje, típico de um domingo mermo, único dia da semana que geral tá em casa.

Montei na minha moto e ela agarrou minha cintura com força, senti o rosto dela grudado nas minhas costas e dei partida. Olhei ela pelo retrovisor e a pretinha tava sorrindo, certeza que tava gostando de andar na garupa do pai.

Empinei a moto e só escutei a gargalhada dela, caô que essa filha da puta não tava com medo e nem fez escândalo?! Essa é pra casar pô.

— Eu amei a adrenalina, me ensina a andar de moto depois? — gritou animada.

— Caralho mermão, eu te ensino com muito prazer pô. — olhei pra ela de relance e dei risada com a coragem.

Depois de alguns minutos chegamos no bar da dona Lurdes. Estacionei e ela desceu logo em seguida, tirei a chave da ignição e coloquei no bolso da bermuda.

Entrei no bar junto com ela e geral olhou com curiosidade, bando de pau no cu que não tem o que fazer nesse caralho.

Dona Lurdes parou na nossa frente e a Analu sorriu pra ela.

— Oi meus queridos, bom te ver novamente menina! — olhou pra Analu e ela deu um sorriso envergonhado — Vai ser mesa pra dois? — perguntou olhando pra gente.

— Sim dona Lurdes! — Analu falou toda simpática.

— Me acompanhem. — falou e a gente seguiu ela para o lado de fora do bar.

Sentamos nas cadeiras de plástico e a Analu já foi pegando o cardápio pra olhar.

— Pode mandar o prato da casa, pra beber pode trazer duas latinhas de brahma, faz favor. — pedi e ela anotou no bloquinho lá.

— E você minha querida? — olhou pra Analu com um sorriso largo.

— Quero o prato da casa também, mas ao invés da carne me trás frango e salada sem o tomate. — deu um sorriso daquele jeito bonito que mostrava os furinho da bochecha.

— Daqui a alguns minutos trago o prato de vocês. — falou e deu as costas entrando novamente no bar.

— Qual foi da salada sem o tomate hein preta? — perguntei olhando pra ela.

— Eu não gosto de tomate... — falou meio receosa e fazendo uma cara de nojo.

— Caô né? Tomate é mó bom minha pretinha. — falei e ela me fuzilou com o olhar e ficou quieta.

Deus me livre, mulher brava da porra.

Minutos depois a dona Lurdes apareceu com o nosso prato,  papo reto os olhos da mulher só faltava brilhar quando viu a comida.

Abri minha latinha dei um gole e começamos a comer enquanto conversamos algumas besteiras.

Apesar dela ser nova pra caralho, sabia trocar uma ideia maneira, conseguia ver que ela não era essas marmitas tirada a fútil que só fica com os manos pra ser bancada, conheço bem uma assim... Na minha pretinha eu consigo enxergar outro bagulho e eu tô ligado que ela sim ficaria do meu lado quando eu estivesse todo fudido.

Continuei ali com ela por mais um tempo até que a Bianca ligou pra ela e ela disse que iria pra casa.

Deixei ela na porta da Bianca e me despedi dela com um selinho demorado. Esperei ela entrar em casa e assim que entrou meti o pé pra minha goma.

O bom de ser domingo é que tava tudo tranquilo, mas eu sempre deixava os moleques na atividade caso algum arrombado tente invadir meu morro na covardia.

×××

Soltei mais um só porque vocês pediram! Tava pensando em algo pra desenvolver melhor a história.

Atração Perigosa Onde histórias criam vida. Descubra agora