Ana Luiza 💋
Acordei meio desnorteada sem saber ao certo onde estava, olhei tudo em volta e reconheci ser um quarto de hospital, desviei o olhar para meu braço e percebi que havia uma agulha injetando soro direto na veia do meu braço me fazendo ficar mais confusa e me perguntando de fato o que aconteceu.
Vaguei meu olhar por todo quarto e ao finalmente lembrar tudo que tinha acontecido voltei a chorar baixinho, eu não queria ser sedada novamente, mas era impossível não sentir a dor que corroía todo meu peito ao pensar o que poderia ter acontecido com meu namorado e o meu pai.
Por causa do braço me sentei na cama com bastante dificuldade e comecei a encarar o relógio que havia no canto da parede, eram cinco e dez da manhã e eu não fazia a mínima idéia que já havia amanhecido.
Saí dos meus pensamentos quando percebi alguém abrindo a porta e assim que eu vi a cabeça da minha irmã seguida pela das minhas amigas dei um sorriso fraco pra elas.
— É tão bom ver você acordada, como estar se sentindo? — Bianca perguntou ao se aproximar da cama.
— Tô bem eu acho, só estou um pouco confusa e preocupada com tudo que aconteceu! — dei um meio sorriso.
— A gente também ficou muito preocupada com você Analu. — Júlia falou se sentando na ponta da cama.
— Agora eu tô bem, quem não deve tá nada bem é eles né? Vocês tem alguma notícia? — olhei para as três.
— A única coisa que a gente sabe é que eles entraram em cirugia tem algumas horas. — Vanessa falou e eu sentir verdade nas suas palavras.
— Vocês sabem dizer se eu vou continuar aqui? — perguntei olhando para as três.
— Infelizmente não irmã, o doutor só disse que você estar com intoxicação alimentar e que precisa manter uma alimentação saudável. — Bianca falou.
— O que isso significa? — perguntei já sabendo a resposta.
— Que você tá proibida de comer besteiras durante quinze dias. — Júlia falou segurando a risada.
— Ah não meninas, como eu vou sobreviver sem meu brigadeiro e todo o resto? — cruzei meus braços irritada.
— Você que lute amiga, vai ter que ser forte e nós vamos estar aqui pra te ajudar a não sair da linha. — Vanessa falou.
— Eu preferia mil vezes estar grávida do que isso! — falei e elas me olharam.
— Mas isso não te impede de ser madrinha certo? — Júlia perguntou e nós três olhamos pra ela meio confusa.
— Como assim madrinha? — perguntei após me dar conta do que estava acontecendo.
— Bom, digamos que eu tô grávida e que eu quero você e meu irmão como padrinhos desse bebê! — Júlia falou e a gente olhou pra ela de boca aberta.
— Eu sabia que você tava escondendo algo da gente, aquele seu nervosismo na recepção tava bem estranho. — Vanessa falou olhando pra Júlia.
— O Ribeiro já sabe? — Bianca perguntou olhando pra ela.
— Sabe, nós íamos contar ontem, mas aconteceu tudo isso e nós decidimos adiar um pouquinho, só não conseguir esconder de vocês durante muito tempo. — Júlia falou.
— Eu madrinha, mas porque? — perguntei ainda confusa e as meninas riram.
— A Analu parece que ainda tá anestesiada coitada! — Bianca falou e elas riram denovo.
— Cunhada, não existe pessoa melhor pra isso! Você entrou na minha vida e principalmente na do meu irmão e mudou tudo, se ele é uma pessoa melhor hoje é graças a você, eu quero que esse bebê aqui dentro cresça sabendo o quanto os padrinhos dele são incríveis pra caralho! — Júlia falou segurando minhas duas mãos.
— Já que é assim eu aceito! — falei sentindo algumas lágrimas descer pelo meu rosto.
— Agora não contem nada para os meninos tá bom? Se chegar no ouvido do Leonardo que vocês já sabem ele me mata. — Júlia falou.
— Pode deixar que esse será o nosso segredo! — Bianca falou dando um sorriso largo.
— Eu ainda não acredito que você foi a primeira do grupo a engravidar. — Vanessa falou dando risada.
— Acontece né amiga, a próxima vai ser a Bianca! — Júlia falou e a Bianca olhou pra ela com os olhos esbugalhados.
— Credo Júlia, vira essa boca pra lá. — Bianca falou fazendo uma cruz com os dedos.
— Dizem que praga de grávida pega tá? — dei risada e ela me olhou séria.
— Tá rindo porque cunhada? Você vai ser a próxima! — Júlia falou e eu fechei a cara.
— Pimenta no cu dos outros é refresco, mas no da gente arde né irmãzinha? — Bianca debochou da minha cara.
— Vai se foder! — cruzei os braços e fechei minha cara.
— Vejo que a paciente estar ótima não? — olhei para porta e vi um homem alto presumido ser o médico.
Assim que ele adentrou o quarto as meninas ficaram caladas e se afastaram um pouco da minha cama dando passagem pra ele.
— Estou sim, vai me liberar doutor? — perguntei vendo ele se aproximar da minha calma.
— Vou, mas preciso que a senhorita tome todos os cuidados necessário e mantenha a alimentação regrada, se você precisar voltar o seu quadro pode se agravar e assim ocorrer uma internação de última hora, eu presumo que a senhorita não quer isso certo? — perguntou encarando meus olhos e eu neguei — Ótimo, aqui estar a lista de todos os alimentos que a senhorita deve ingerir apartir de amanhã! — me entregou um papel e eu paguei dando uma olhada rápida.
— Obrigada doutor, agora minha estádia nesse hospital é só pra saber do meu namorado e do meu pai! — dei um sorriso fraco.
— Presumo que a senhorita esteja falando do paciente Gustavo Matarazzo e do paciente Alexandre Lopes certo? — perguntou olhando no seu prontuário.
— Sim, aconteceu algo com eles doutor? — perguntei aflita e as meninas olhou pra ele com atenção.
— Tenho notícias sobre os pacientes, estava indo agora mesmo conversar com a família de ambos, se as senhoritas quiser podem me acompanhar! — falou olhando pra mim e para as meninas.
Eu não pensei duas vezes antes de concordar, com a ajuda de uma enfermeira o doutor tirou o soro do meu braço e me ajudou a levantar da cama. Me apoei no braço da Júlia e a gente saiu pra fora do quarto seguindo o doutor até a recepção.
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Atração Perigosa
RandomApesar de qualquer vestígio de atração que meu corpo possa sentir por você, meu cérebro sabe o que é melhor.