Capítulo 35

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Ana Luiza 💋

Após passar a manhã inteira na companhia da Bianca e da Júlia já estava na hora do meu outro trabalho.

Esse pelo menos não é muito cansativo e na maioria das vezes saio cedo, mas hoje eu iria ficar até mais tarde, seu Manoel tinha consulta de rotina e perguntou se eu poderia tomar conta do mercadinho.

Eu prontamente aceitei, não conseguia dizer não para aquele senhorzinho tão simpático.

Andei para dentro do mercadinho e encontrei o seu Manoel me esperando no balcão do caixa.

— Aninha que bom você chegou, já estava ficando preocupado. — desviou o olhar do relógio e me encarou.

— Não se preocupe eu já estou aqui! — falei dando a volta e sentando na cadeira que ficava atrás do balcão.

— Muito obrigada, você tá me salvando mais uma vez. — se despediu de mim com um abraço e saiu apressado.

— Por nada, tchau né! — dei risada.

As vezes me impressionava o quanto ele era ativo pra sua idade, quero chegar na idade dele com essa mesma disposição.

Neguei com a cabeça e tirei de dentro da bolsa uma barra do meu chocolate preferido e comecei a comer, eu sempre trazia algo e dessa vez o chocolate foi o escolhido.

Ao terminar de comer coloquei a embalagem vazia dentro da bolsa e peguei meu celular, coloquei em um jogo qualquer e fiquei jogando pra passar o tempo.

Eu tava tão concentrada no jogo que nem percebi duas mãos escoradas sobre o balcão do caixa, só vim me dar conta quando a pessoa coçou a garganta tentando chamar minha atenção.

Pausei o jogo e vi a Larissa parada na minha frente com um sorriso desconhecido por mim entre os lábios.

— Será que eu posso falar com você um pouco? — perguntou e eu já revirei meus olhos.

— Se você não percebeu eu estou em horário de trabalho! — falei já imaginando do que se tratava o assunto.

— Relaxa, eu acho que meu avô não iria se importar muito em ver você conversando comigo. — deu um sorriso de canto.

— Perai o que? Como assim seu Manoel é seu avô? — perguntei desacreditada com o que acabei de ouvir.

— Sim, ele é! Mas eu posso ou não falar com você? — me olhou de braços cruzados.

— Pode Larissa! — falei me escorando no balcão do caixa.

—  Eu tinha falado com o Matarazzo e quero falar com você também — deu uma pausa e voltou a falar — Eu vou deixar vocês dois em paz, não quero correr atrás de uma pessoa que não liga pra mim. — falou e eu olhei pra ela com um sorriso debochado.

— E o que fez você mudar de idéia de uma hora pra outro? — cruzei meus braços.

— Você! No começo eu não entendia muito o que o Matarazzo tinha visto em você, mas com um tempo eu tive minha resposta e tudo isso só piorou quando meu avô começou a te elogiar sem parar. — deu um sorriso de canto.

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