Capitulo 38

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Alfonso: Ok. – Disse, após fechar a porta da sala de jantar. Estavam só os quatro agora – Sobre essa foto... Não é bem o que vocês estão entendendo. – Começou, tentando organizar a cabeça.

Blair: Mas eu não tô entendendo nada. – Fungou, coçando o olhinho. 

Anahí: Certo, antes de alguém entender alguma coisa. – Disse, indo sentar na poltrona na frente dos filhos. Os dois estavam lado a lado no sofá – Precisamos conversar sobre o que aconteceu hoje. Nate, você tem alguma coisa a dizer a sua irmã?

Nate: Desculpa, Bee. – Disse, todo murchinho – Eu não queria que isso acontecesse, eu só queria que a gente viesse pra casa, mas pra isso eu tinha que te manipular. – Explicou, e Alfonso fez uma careta atrás do sofá.

Alfonso: Nathaniel... – Anahí passou a mão no cabelo, prendendo o sorriso. Foda-se, era cômico – Você sabe o que significa "manipular"? – Sondou, parecendo indeciso se tinha um acesso ou não.

Nate: Não, mas mamãe disse que foi isso que eu fiz. – Disse, simples. Alfonso encarou Anahí.

Anahí: Manipular é como enganar. Mentir. Usar uma pessoa, me entende? – Perguntou, encarando o filho – Você usou sua irmã, assustou e magoou ela, pra atingir um objetivo. Você manipulou ela, e manipular as pessoas é algo muito feio, muito mesmo. Me deixou muito triste. – Disse, séria.

Nate: Ah. Puxa, desculpa. – Disse, agora olhando da mãe pra irmã – Eu só queria que a gente viesse pra casa logo.

Blair: Mas você ainda gosta de mim? – Perguntou, encolhidinha, e Nate assentiu imediatamente – É? – Perguntou, esperançosa.

Nate: Gosto sim. Gosto muito. Eu até tinha pego isso pra você na cantina. – Lembrou, enfiando a mão no bolso. Havia uma pequena trufa de morango, amassada, embalada em papel vermelho. Blair sorriu de leve, pegando – Porque mamãe não colocou doce na sua merendeira.

Anahí: Então ai você resolveu me enrolar? – Perguntou, indignada.

Alfonso: A situação só melhora. – Disse, agora parecendo achar graça.

Nate: Puxa vida. – Lamentou, percebendo que tinha falado demais.

Blair: De morango. – Disse, virando a trufa na mão – Você pegou pra mim? – Nate assentiu.

Nate: Porque eu sou seu irmão mais velho. E eu gosto muito de você. – Ela sorriu, agora satisfeita – Desculpa?

Blair: Tá. – Disse, fungando uma ultima vez, o narizinho vermelho. A menina abriu a trufa, partindo-a no meio – Toma, pra fazer as pazes. – Disse, oferecendo metade ao irmão. Nate sorriu, aceitando.

Alfonso: Será que ainda dá pra ver que nós estamos aqui? – Perguntou, em um sussurro, agora rodando atrás da poltrona de Anahí, que assistia a cena, morta de amores.

Anahí: Muito bem. – Disse, e os meninos a olharam. – Estamos entendidos sobre mentir? E manipular, e enganar, e todo o resto? – Os dois assentiram, Blair com a boca coberta de geléia de morango, ambos mastigando.

Antes Que Termine o Dia (Efeito Borboleta - Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora