Capitulo 37

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A noite correu bem. Alfonso bateu o martelo que não falaria mais sobre ele, e foi a vez dela falar. Não havia muito a dizer: Depois de Jersey ela se mudou pra NY, fez faculdade de moda, depois ganhou uma viagem a Paris, e algum tempo depois os destinos deles se cruzaram. Alfonso bebeu cada palavra, comentando quando devia e se surpreendendo com os detalhes.

A conversa morreu por alguns instantes quando o jantar foi servido, e ela, se fazendo de ridícula, levou um garfo com um pedaço de carne até a boca dele. Alfonso olhou, ainda mastigando o que tinha na boca, com uma expressão divertida.

Alfonso: O que está fazendo? – Perguntou, após limpar os lábios brevemente. 

Anahí: Eu estou te dando comida na boca. – Disse, sem conseguir conter o sorriso – E agora estou ficando com câimbra no braço. – Admitiu, segurando o garfo em pé. Alfonso fez uma careta, olhando o garfo – Olha o aviãozinho...

Alfonso: Eu não sou Nate. – Retrucou. Ela costumava fazer isso pro menino comer.

Anahí: Sei que não, ele já teria comido. Ande, não seja chato. – Insistiu.

Alfonso revirou os olhos, apanhando a carne, e mordeu a mão dela em seguida, o que a fez rir. Depois que os pratos foram retirados ela bateu pé pra que ele não bebesse mais vinho, e ele, revirando os olhos de novo, atendeu. Os dois terminaram com refrigerante, e falando de coisas bobas, mais leves. 

Alfonso: Você adorava Titanic. O filme. – Ela ergueu as sobrancelhas, surpresa. – Olhe, quando nos casamos você tinha todas as edições em blu-ray, não se faça de surpresa.

Anahí: Uma pessoa ter um DVD não significa que ela adore. – Fungou.

Alfonso: Você brigava na escola se falassem mal. Eu ouvia você falando com as suas amigas. Era tabu. – Anahí riu gostosamente com aquilo, e ele sorriu – Quando nos aproximamos, sabe, eu queria te dar um presente legal, então apanhei o dinheiro que vinha economizando pra um vídeo game novo mandei te fazerem um colar.

Anahí: Sério? – Ele assentiu – Como era?


Alfonso: Igual o do filme, é obvio. – Disse, debochado – Claro, não tinha diamantes nem aquela safira horrorosa, mas o cordão era de prata e no lugar do diamante tinha um relicário em formato de coração, e ele era azul. Simbólico. 

Anahí: Ai, eu queria ter visto. – O garçom trouxe a conta e Alfonso passou um cartão de credito preto, sem nem olhar o valor – Você ainda tem ele. – Disse, estudando-o, e ele riu.

Alfonso: Não, infelizmente não, eu achei que faria juz ao filme, então o joguei no mar. – Alfinetou, e ela fechou a cara.

Anahí: Nada disso! – Contestou, enquanto ele puxava a cadeira pra ela. Já era madrugada lá fora; nem sentira o tempo passar. 

Alfonso: Sim, senhora. – O garçom devolveu a nota fiscal e o cartão e ele guardou no bolso do terno.

Anahí: Você se contradisse. – Ele ergueu a sobrancelha, as mãos nos bolsos, os dois caminhando até a saída – Você disse que sempre soube que eu ia voltar e todas aquelas coisas, se você sabia que eu ia voltar você não jogaria fora. – Disse, obvia. – Você ainda tem ele!

Antes Que Termine o Dia (Efeito Borboleta - Livro 3)Onde histórias criam vida. Descubra agora