Robert franziu o cenho, enfiando a mão no bolso e voltando com uma caneta/lanterna. Ele acendeu a luz, levando diretamente ao rosto dela, mas Kristen nem piscou.
Robert: Olhe pra cima. – Kristen obedeceu, erguendo os olhos na direção onde achava que as sobrancelhas estavam.
Ele olhou por instantes, começando a piscar a luz diretamente em cima dos olhos dela. A pupila nem se alterou. Ele arfou, passando a mão no cabelo.
Kristen: O que você está fazendo? – Perguntou, confusa. Estava no escuro e só havia silencio.
Robert: Kris... Eu não sei o que é isso. – Admitiu, apanhando a mão dela com cuidado. Ela apertou os dedos dele, satisfeita – Seu quadro não indicava nada, eu não tinha como saber, mas eu prometo a você: Eu vou te curar. – Prometeu, sério – Nem que custe a minha vida, eu vou fazer você voltar a enxergar. Confia em mim?
Kristen: Sempre confiei. – Disse, forçando um sorriso de canto – Mas me cure depois. Preciso que você fique comigo agora. – Murmurou, duas lagrimas caindo pelo canto do rosto.
Robert: Eu vou. Estou com você. – Prometeu, beijando a lagrima dela.
Kristen: Juliet sabe? – Perguntou, franzindo o cenho no choro.
Robert: Não. Só Clair e Chuck sabem sobre Christopher, porque acidentalmente viram o plantão. Eu vou encontrar um modo de explicar o que aconteceu a Eve, não se preocupe. – Prometeu, beijando a mão dela.
Kristen: Christopher... Christopher e Anahí? Robb, eles morreram?! – Perguntou, ansiosa.
Robert: Kris, calma. Eles estão vivos. – Garantiu, e ela respirou fundo – Anahí está bem. Coloquei Christopher em coma induzido. O traumatismo craniano dele foi muito severo, precisamos esperar.
Kristen: O caminhão atingiu o lado dele. – Se lembrou. As lembranças eram a única alternativa dela pra não ficar na escuridão total – E Anahí?
Alfonso foi pra casa a noite, sabendo que os filhos estavam confusos e assustados. Deixou Anahí dormindo, tranqüila. Tinha o peso do mundo em seus ombros. Só conseguia pensar no bebê perdido. Entrou em casa e se jogou no sofá, logo sendo alcançado pelos filhos. Quando Nate e Blair o soterraram de perguntas, ele só conseguiu olhar os dois, admirá-los, milagres que eram.
Alfonso: Tio Chris vai ficar bem. – Resumiu.
Blair: O que você tem? – Perguntou, olhando ele.
Alfonso: Papai tá triste. – Admitiu, acariciando o cabelo dela – Venham aqui. – Disse, carregando os dois, um em cada perna – Só me abracem bem forte, e fiquem comigo um pouco. – Pediu, beijando o cabelo de Nate.
Os dois atenderam, abraçando-o coletivamente, e ele chorou. Um choro silencioso, porque não podia assustar as crianças, porém tão significativo quanto qualquer grito. Um lamento da dor que sentia por dentro. Tinha os lábios nos cabelos de Nate e acariciava o braço de Blair, que tentava abraçá-lo por inteiro, sem conseguir. Era disso que ele precisava agora: Ter os dois ali, em seus braços, em segurança, senti-los vivos, as respirações em sua pele, os coraçõezinhos batendo perto do dele, pra conseguir arranjar força pra continuar. Pela próxima meia hora ninguém disse nada, então Blair pulou do colo do pai, sumindo com um "perai". Voltou logo, com algo na mão.
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Antes Que Termine o Dia (Efeito Borboleta - Livro 3)
FanfictionQuando você é enganado, traído e machucado a certo ponto, só existem duas opções: Esquecer e perdoar, ou esperar o momento e a hora certa de se vingar. Essa não é uma história sobre perdão. "O bater das asas de uma borboleta pode desencadear um tuf...