• Olá olá, cobrinhas, como estão? Espero que bem •
• Estarei voltando lentamente com as postagens, mas, dessa vez, irei me esforçar para ao menos trazer um ou dois por semana, espero que compreendam •
• Boa leitura e até os comentários •
- Senhorita - a chama sua atenção após um tempo em que ela permanecera olhando para a imagem - gostaria de continuar ou desejas permanecer por aqui? - Inep sorria para a mulher que se volta para a imagem novamente e assim se vai, o tocando uma última vez.
- Estou pronta, podemos ir - Nerissa sorria para o homem que a aguardava, caminhando para fora do local, observando em volta, sentiu um calafrio, se voltou para onde estava a imagem do faraó, fora como um vulto, como se a sombra de algo estava em frente da imagem, piscando seus olhos, já não vira mais nada.
Um esbarrão e Nerissa presta a atenção na figura inteiramente preta que passava por si, assim como outras três mulheres vestidas em trajes egípcios vistos apenas em apresentações de dança do ventre, aquilo sequer era algo do Egito Antigo.
- O que são essas? - a Malfoy indaga ao vê-las se amontoando em volta da imagem do faraó, seu coração batia fortemente, o que era aquilo?
- Ah - Inep suspira em cansaço vendo os olhos afiados da mulher observando em julgamento as que estavam perto da imagem - elas são como...hm...sarcedotisas do faraó Amenhotep, o exaltam com a menção de seu pós vida, acreditam de que sua alma tenha sido salva por Anúbis - o homem ria sutilmente com a ideia - acho uma grande besteira - sussurrou como se contasse um segredo - como um Deus tão grandioso iria cuidar de uma alma tão mimada e inflexível? - Nerissa não o compreende e ele tosse em falso ao se tocar do que de fato havia dito - bem, quero dizer, ele fora morto e sua múmia fora aprisionada onde ninguém sabe onde, não acho que ele seja o preferido, entende? - a loira acena positivamente, de fato, fazia sentido sua linha de raciocínio.
- Acho que Anúbis deve gostar de coisinhas mais tranquilas, deuses sempre gostam de levar uma vida na moleza vendo os humanos se ferrarem sozinhos - o dera um tapinha em seu ombro caminhando para longe do homem entretida com uma estátua enquanto Inep a observava incrédulo, que criatura mais...bem, não se pode julgar, se apaixonar por aquele idiota só uma crocodilo fêmea mesmo.
- Ei, o que acha de uma pausa para experimentar uma de nossas iguarias? - Inep a alcança vendo os olhos da moça brilharem, comida, bem, ela não comia muito, mas, comida sempre era bem-vinda - acho que isso já diz muito, senhorita - ria ao conduzi-la para a feirinha afastada onde algumas pessoas se entretiam com as bugigangas que ali eram vendidas - a deixarei por aqui e voltarei daqui vinte minutos, senhorita - o homem não a concede chance para o responder, a deixando sozinha na entrada da feirinha.
Nerissa havia experimentado ao menos dez tipos de comidas típicas e grãos, nada do seu guia, já se haviam passado os vinte minutos propostos, a mulher sem se importar, dera de ombros ao decidir seguir sozinha, impressionada, sentindo em sua pele da vibração e peso da história do lugar.
Decidida a voltar até aquele lugar, passos rápidos e se concentrava em vê-las, o adorando como um Deus na terra, não sabia o que mais a irritava, nunca fora de se irritar com a fé alheia, mas, infelizmente, o ser da estátua...elas sabiam da profundidade que fora esse homem? Conhecem ao menos sua verdadeira história? Irritada, completamente irritada, seções fechadas, decidida a sair em busca de uma aventura.
Adentrou a área escondida com a facha amarela indicando de que a passagem não era permitida, com toda certeza, era alguma área em reforma, não faria mal, passando pelo corredor escuro, adentrando a uma espécie de capela, capela? Não, uau, seus olhos brilham, era uma tumba? Se aproximando, ela adentra a um círculo traçado em vermelho, um vermelho forte, o cheiro de sangue sobe até suas narinas, cheiro de podridão, um arrepio sobe em sua espinha, duas tumbas? Sim, uma maior, luxuosa, bonita e reluzente e uma escura, se desfazendo com o tempo, como se fosse essa sua função, não passar para a vida eterna, não atravessar.
Se aproximando em passos silenciosos, a mulher analisa as duas tumbas, tentando desvendar a quem pertenciam e o motivo de estarem escondidas ali, se inclinando brevemente sobre ambas.
" Aquela em que carrega em si, o fogo da paixão, a dança suave e os olhos de águia"
"Nefertari, A Única Concubina"
Nerissa estanca em seu lugar, Nefertari...Nefertari, o nome em questão permanece em sua mente quando a mulher se volta para a tumba reluzente, procurando qualquer sinal a quem pertencia, se inclinando mais um pouco, sua mão a toca sutilmente, seu corpo sente como uma energia percorrendo todo o seu corpo, em um choque instantâneo.
- anna alam ، aaraf minn ant. - seu sussurro em árabe retumbava tal como a frequência de seu coração - Amenhotep - suas lágrimas surgem em seus olhos, suas mãos tocam a tumba, emocionada e principalmente apaixonada...como? Como explicar a obsessão avassaladora que sentia por um homem morto à séculos e séculos atrás? Estava bem ali, inesperadamente sua tumba estava sendo tocada por suas mãos - faraouni - o desespero da mulher se torna presente quando notoriamente ela passa sentir o pulsar sobre suas palmas, como se um coração estivesse a bater, a assustando, ela até mesmo ouvia o coração pulsando, não como o dela, como se estivesse em outra frequência, se encostando na outra tumba, ela se volta para tal, raiva a consome, quem era? A Concubina de Amenhotep? Não, não ela não aceitaria.
Fúria, não, ele era o seu faraó, não, a perfeição de homem que Nerissa havia idealizado.
Sua mão se estende sobre a tumba da mulher, pronta para derruba-la, não, não deveria, aquilo era um ato de vandalismo e depredação de artefatos históricos, irritada, altamente irritada, como pode? Sua irritação de fato era um erro, um ato infantil, mas, ela havia idealizado o faraó em sua mente, não era isso, não era isso que ela queria, a história dele.
Respirando fundo, se voltou trêmula para a tumba do faraó, se abaixando para o lado em que ficaria sua abertura, sussurrou como se a tumba pudesse entregar seu recado ao seu espírito:
- Saiba, faraó - raiva transbordando em seus dizeres - que nenhuma mulher chegaria aos meus pés, pode até ser prepotência, não me importo, mas, eu faria você rastejar aos meus pés de tal forma em que você nunca ousaria levantar seu olhar para outra mulher...vocês são todos iguais no final, eu - as palavras escorrem por entre seus lábios - nunca - sente um tremor aos seus pés - serei - tocara a tumba - sua - as luzes se apagam a deixando em plena escuridão - rainha - o tremor a derruba, caindo sentada aos pés da tumba de ouro.
Nerissa captara os flashes de uma repartição profunda entre as tumbas do faraó e a tumba da concubina, simplesmente uma enorme abertura entre os dois, tentando se levantar, ela nada via quando sussurra lumos, a primeira coisa que seus olhos captam foram orbes amareladas e um par de dentes brancos em meio a escuridão, um grito de horror não pudera ser evitado quando ela procurou sua varinha.
- Nerissa Malfoy, seu destino fora traçado antes mesmo de adentrar o ventre de sua mãe - uma voz feminina sussurrava em sua volta, os olhos fugiram de sua visão - aquela em que possui toda a beleza, aquela em que possui todo o poder...aquela em que possui todo o conhecimento...serás minha, serás minha sarcedotisa conforme tracei o seu destino...venha minha filha, venha para a escuridão - os sussurros se vão, Nerissa sente quando seu corpo fora atingido, sem dor, sem sofrimento, apenas...o vazio.
• Agora já era, Nerissa, agora fudeu •
• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Obsessão do Faraó - Mattheo Riddle
FanfictionOnde Nerissa Malfoy é uma mulher fascinada pelo Egito antigo, com um faraó em questão a faz curiosa em descobrir seus mistérios. E em uma viagem para o Egito, ela mudará seu destino para sempre...ou encontrar aquilo em que o destino separou. " A que...