Quarto

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Ola olá, cobrinhas •

• Boa leitura e até os comentários •

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(Nefertite be like:)

Abrindo seus olhos em pleno pavor.

Nerissa logo capta a escuridão e...estrelas, sim, eram muitas estrelas, diferentes e até...bem, ela conhecia todas as constelações já vistas e muitas dessas sequer eram reconhecidas por seu cérebro prodigioso, estranho, em que tipo de plano ela se encontrava?

Sentindo algo a molhar, inteiramente molhada, era assim que Nerissa se sentia, estava flutuando na água, não queria se mover, o que poderia ter nessas águas desconhecidas? Em terra firme ela sentiria mais coragem em seus atos, mas, no meio da água, era como se toda sua coragem desaparecesse de seu corpo, dando lugar ao medo do que ela não conseguia ver.

Respirando fundo, a mulher eleva seu corpo, seu pé toca o que parecia ser a areia, ou a terra, não sabia direito, seu corpo se firma e enfim ela observa ao seu redor, um rio, árvores...não, flores, aquilo era...Rosas do Deserto, com toda certeza, apenas um lugar no mundo possuía as mais belas e enormes Rosas do Deserto, Os Templos do Eterno Amor, ou melhor dizendo a antiga morada do casal egípcio mais amado de todos os tempos.

Forçando seus olhos a captar as situações a sua volta, mais ao longe ela vira o enorme templo, estava diferente, reluzia, como novo, como nunca ela vira, acesso, luzes de tochas, em perfeito estado de conservação, assustada, ela logo compreende, estava dentro daquele rio, impossível, o rio em questão nunca esteve com o seu nível tão alto para que chegasse até a altura de seu seio, nunca se não...não, não era possível.

Respirar, inspirar, tremendo, Nerissa se encaminhava em golpes lentos temendo de sofrer algum ataque desconhecido, seu corpo já ao menos pela metade do rio para fora, seu vestido branco grudado ao seu corpo, tal como seus enormes cabelos loiros platinados, fogo, ela captara com seus olhos, caminhando, sussurra um feitiço, fogo surge na palma de sua mão, uma medida de proteção, estava sem sua varinha, caminhando para fora.

- Deusa mãe - a mulher ruiva sussurrava em meio a seu ritual em adoração a aquela em que a concedera sua vida e toda sua força - eu a agradeço, sou grata pela sua glória sobre meu espírito - luz irradiando de seu próprio corpo, sua filha, aquela em que nada mais era do que sua própria imagem, a observava em ludibrio, a Rainha, a Semideusa, serena como a Lua - venha, me permita caminhar junto a sua grandiosa sabedoria, permita que meus olhos mundanos possam contemplar de suas vontades, me guie - a luz...a ruiva a concede seu sangue, as trevas aos poucos se afastavam de seu entorno, a escuridão era a calmaria, a Rainha era a Lua, afastando todos os raios da luz assombrosa de seu reino, sua nação - lhe concedo minha vida para que todos tenham vida, que as flores floresçam e os rios se encham, minha vida, nada mais é do que para a adoração de meu povo - um espetáculo, a princesa assistia sua mãe, ela que tinha o dom da vida, doava-se ao povo e o povo a adorava como uma Deusa na terra.

- Mamãe - a princesa a chama quando uma luz ofuscante surge em meio ao horizonte, tirando a visão da pequena princesa egípcia, mas, a rainha via, seus olhos se voltam para o Rio, aquele Rio em especial, o Rio em que continha o significado maior da Vida, aquele em que a trouxe para a Vida, a fez Renascer - mamãe, não consigo ver - era como se sua visão fosse momentaneamente retirada, apenas clarão, a rainha a acalenta, sussurrando de que tudo ficaria bem, a acalmando, soltando de sua criança.

Caminhando para mais perto de onde o seu altar se encontrava, temerosa, não, ansiosa pelo que sua mãe a queria mostrar, qual sinal tão claro ela havia a lhe conceder? Nunca fora tão forte.

- Me conceda a visão, Deusa mãe, para que eu possa contemplar de sua benção para o meu povo - suplicou para os céus, o clarão se torna ainda mais forte, se juntando ao rio, sobre o rio, seus olhos se fixam, uma silhueta escura.

A luz a revela, aparecendo dentre as águas, o clarão tomava forma, sobre a silhueta feminina, um falcão, um enorme falcão dourado sobre a silhueta enfim a revela.

Era o sinal da Deusa, a revelando, batendo suas asas, o grito do falcão, forte anunciando a chegada de tal mulher, Nerissa nada via, apenas se movia para fora das águas, a chama do fogo em sua palma, mas,  A Rainha a via perfeitamente.

A mulher de cabelos tão claros quanto a neve, enormes, o vestido branco encharcado que a moldava em seu corpo escultural, a chama de fogo em sua mão, os olhos...olhos cinzas tão brilhantes nunca havia visto anteriormente, a pele tão clara quanto a sua um dia já fora, era como uma princesa das neves, tão bela.

Se aproximando, Nerissa enfim, capta a forma da mulher, uma mulher belíssima, ruiva de cabelos cacheados, em frente ao que ela imagina ser um altar, quem era tal mulher? Nerissa já fora das águas do rio se movia até onde tal figura se encontrava, ambas se observavam, a loira estava perto, perto o suficiente para conseguir visualiza-la por completo, ruiva, pequena, olhos verdes brilhantes, vestes...suas vestes eram como de uma rainha egípcia, a coroa em sua cabeça representava sua importância...ruiva, ruiva no Egito, ela só sabia de uma única mulher ruiva dentre o Egito...não poderia ser, não não não, aquilo era um sonho dela, não era real.

- Nefertite - seus lábios se movem automaticamente na pronuncia de seu nome, seu coração batia fortemente dentro de si, loucura, era loucura.

- Sim, querida - a voz reconfortante como de uma mãe, carinho e serenidade - este é o meu nome - afirma, seus lábios se moldam em um sorriso amplo - e você é a enviada da Deusa, seja qual for a vossa missão, é uma honra auxilia-la em sua descoberta - a rainha se abaixa em uma reverência, não, não, não...a maior rainha da história, não.

- Rainha, não não - Nerissa se abaixa em sua frente - por favor, sou eu quem devo servi-la, você...você é a Rainha do Egito - a ruiva eleva seu olhar bondoso para a jovem em sua frente, um sorriso amável e suas pequenas mãos se aproximam lentamente para perto de seu rosto, como se para não assusta-la.

- Doce criança - seu sussurro atinge em cheio, como uma...uma...mãe - serás minha doce criança - um beijo delicado sobre sua testa, lágrimas mal contidas desciam por entre os olhos cinzas da Malfoy, não sabia o que estava sentindo, unicamente, não conseguia se conter, chorando abertamente nos braços da conhecida em que por anos, secretamente havia idolatrado com o sentimento em que lhe faltava...uma mãe.

• Beijos da mamãe Nicole e até o próximo •

A Obsessão do Faraó - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora