Décimo Segundo

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• Boa noite, bebês egípcios •

• É aqui que estão os vencedores da maratona? •

• Muito bem, vamos fazer assim, se este cap da maratona alcançar 200 votos e 60 comentários eu posto o próximo logo em seguida, o que acham? •

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Correndo.

Corria por si mesma, corria pela sua liberdade, seus cabelos a acompanhava em seus moveres desmanchando o arranjo tão bem trabalhado por sua serva, seus olhos apenas viam às margens do rio, ela estava chegando, estava tão perto, seu coração batia aceleradamente, desesperada, sentia que sua vida dependia de seu esforço.

Ele se aproximava, passos calmos, passos daquele em que sabia de que já havia ganhado, seus olhos fincados na paisagem do pontinho branco que corria para longe de si sem olhar para trás, pobre corça, corra o quanto desejar, lute por si mesma, o sabor da vitória se apossava de seus lábios.

Seu corpo mudava brevemente, suas vestes o tornam em algo ainda mais feroz do que seu eu jamais poderia ser.

Nerissa então via às margens do Nilo, tão perto, ela estava tão perto, seus pés tocam a água, frio, ela sentia frio em sua barriga e em todo seu ser, lutando para que suas pernas se movessem, a água atingia seu tornozelo, era como se ela não pudesse sair do lugar, corria segurando suas pernas, um barulho nas margens do lago e ela captara quando um enorme crocodilo de olhos vermelhos vibrantes e pele incrivelmente branca se aproximava de si, a loira corria para o meio do lago, medo a fazia se sentir nublada, se jogando nas águas, Nerissa nadava, seus olhos abertos que lutavam por captar cada detalhe dentro do rio sombrio.

Desespero a tomava quando nada via e sentira quando momentaneamente uma mordida se fez presente em seu tornozelo, algo como um grito escapara de seus lábios tomados pela água, sua mão se movera em sua direção, e então sentira quando o animal brutalmente fora afastado de si, ela havia usado de magia sem varinha, Nerissa a desenvolvia lentamente desde seus 18 anos, eram pequenos feitiços, fracos e sem demandarem de esforço mental, mas, um estupore era algo perigoso e ela sabia de que teria que se adiantar a cruzar o rio para que sua liberdade fosse preservada, se forçando a sobreviver, ela impulsionara seu corpo.

Ludibriado, ele voltara a se aproximar, veloz e com sede rente a sua presa, o enorme animal em poucos instantes a alcança e Nerissa que em breves momentos elevara seu rosto para fora da água gelada, captara o animal a seguindo como se brincasse com sua sanidade, outros crocodilos se aproximavam, seus olhos cheios de lágrimas, seu coração disparado, ela estava morta, literalmente morta em poucos minutos. 

Novamente descendo seu rosto as águas do rio, ela plenamente se forçava a nadar e sua magia a trabalhar em um feitiço de proteção, no entanto, fora abruptamente interrompida quando uma mão enorme a puxara para fora do rio, seu corpo fora virado para ficasse em frente ao seu caçador, seus olhos custavam a mostra-la algo, apenas a luz da lua reluzia em seu olhar, ela não via a figura obscura que a segurava em seus braços com tamanha fúria, algo como um rugido ecoa em seus ouvidos, medo a assombrava do que ele faria consigo.  

- Respire - comanda em um brado que a arrepiara em todos os seus poros, era forte e seu tom era rouco, masculino, extremamente masculino, Nerissa de imediato o responde, cuspindo toda a água que engolira no processo, seus pulmões ardiam assim como seus olhos cansados, a pegando em seus braços com uma rapidez absurda, a loira fora acomodada em fortes braços, só então focara de que ela estava cercada por crocodilos, o medo se apossa de seu ser, se segurando firmemente no corpo do homem em vestes tão molhadas quanto as suas - YADHHABUN - o seu berro fora audível o suficiente para que até mesmo as profundezas do rio o ouvissem, Nerissa não o compreende com exatidão, mas, em breves instantes, eles estavam sozinhos no rio, o homem, andava por meio do rio.

- NÃO, EU NÃO QUERO - Nerissa novamente tentara sair dos braços do possível soldado do faraó - ME SOLTE AGORA - a loira berrava ao tentar sair dos braços fortes que a seguravam com tamanha firmeza, ela mal conseguia se mover - EU PREFIRO SER DEVORADA PELOS CROCODILOS A ESTAR COM AQUELE HOMEM, ME DEIXE IR, SEU BRUTAMONTES, EU NÃO QUERO ESTAR COM AQUELE CRÁPULA - seus tapas e arranhões não o impediam em seu mover, o seu riso a fizera se calar, era...era tão, era como se algo dentro dela reagisse ao riso masculino, quem era aquele homem? Por quê ela sentia suas bochechas esquentarem? Era como se ele estivesse debochando dela e ela se sentia tão indefesa, patética, era óbvio que ela nada poderia fazer, contudo, ela era determinada o suficiente para que ao menos tentasse - OK, já entendi de que você é um soldadinho obediente e não há nada que eu possa fazer para me ajudar, já entendi, se eu ver o seu chefe maldito no outro lado da vida, eu vou fazer questão de ser a alma penada que vai o assombrar pelo resto do seu descanso eterno - bufa ao cruzar seus braços em irritação. 

Próximos a margem do rio, era como se ele pudesse atravessa-lo em poucas passadas de seu corpo alto, Nerissa em silêncio observara a distância do chão e definitivamente era grandiosa, um salto e seus membros poderiam estar comprometidos, o que fazer? Seu rosto decidido a contempla-lo, visando de que ninguém os esperava nas margens, estranho, o palácio estava inteiramente silencioso, como se não houvesse festa alguma acontecendo naquele instante. 

Engolindo em seco, só então Nerissa Malfoy caíra em si quando o homem que a segurava com tamanho afinco fora então visado pelos seus olhos turvos, vermelhos como grandiosas pedras de rubi brilhavam para si, engolindo em seco, ela o contempla, sentia seu corpo inteiro incendiando, o captando em todo o seu rosto perfeito, era Ele. 

Nerissa durante todo aquele tempo estivera nos braços do próprio monstro egípcio, estava nos braços do grandioso faraó, Amenhotep. 

O homem notando de que sua pequena corça estava silenciosa demais para o normal de breves números de tempo atrás, voltara seus olhos para a mesma, breves os segundos em que pudera a contemplar, os olhos acinzentados e brilhosos esbugalhados ao notar sua atenção sobre ela, os cabelos loiros molhados e então, Cleópatra fechara seus olhos, perdendo suas forças ao se entregar ao cansaço.

Nerissa desmaiara, desligara conforme seus membros perdera sua força, Amenhotep a segurara firmemente caminhando pelo grandioso jardim de seu palácio, adentrando-o. 

Seus servos analisavam chocados o indiferente e amedrontador faraó do Egito caminhando com uma figura pálida e pequena em vestes brancas molhadas, desfalecida em seus braços, era a princesa, enquanto seu olhar nada mais carregava uma emoção nunca vista anteriormente, satisfação. 

Amenhotep caminhava gloriosamente com sua pequena corça dorada em seus braços, seu grandioso prêmio, sua maior caça. 

- Meu faraó - uma serva ousa a para-lo em sua caminhada mesmo de que tremesse em todos os seus membros - me permita cuidar da jovem princesa - estende seus braços mesmo de que seus olhos nunca saíssem do chão, nenhum deles tinha a permissão para encara-lo diretamente. 

- NÃO, nenhum de vocês devem toca-la se não desejarem conhecer Anúbis de imediato - sua ameaça os fazem engolir em seco - nunca devem toca-la, apenas eu, o faraó, posso toca-la - se afastando com a jovem princesa em seus braços em passos firmes e confiantes.

Chocados demais para que reagissem, pobre princesa, era o pensamento que os sondavam em igualdade, eles nunca viram vosso mestre agir dessa forma, bestial e tão...obcecado por algo e principalmente...por uma única, mulher.  

A Obsessão do Faraó - Mattheo RiddleOnde histórias criam vida. Descubra agora