I (don't) care • Hyunlix

"Oi de novo, idiota"

— Você só pode estar louco... — O cenho franzido rudemente e a voz séria assustava o grupo que sequer tinha culpa na história, mas também sentiam como estivessem sendo repreendidos. Chan de cabeça baixa, ao contrário do irmão mais novo que encarava a mulher, aparentemente, sem medo. — Vocês dois! — Apontou para Chan que finalmente a olhara. A loira respirou fundo se afastando-se minimamente, andando em círculos pelo cômodo. — O que a gente conversou da última vez não serviu de nada? — Parou bruscamente encarando o de fios longos com tristeza, longo se voltando para o filho mais velho. — Chan, o que a gente decidiu? Você se esqueceu? — Hyunjin suspirou, tendo o irmão sentando ao seu lado no apoio da poltrona.

— Hyunjin está feliz, mãe. É isso que importa--

— É isso que importa!? — Fitou os irmãos Lee que tinham as mãos dadas e também encaravam a mulher, Felix apreensível e Minho que não demonstrava qualquer sentimento. Era difícil dizer se estava com raiva ou triste, mas talvez seu semblante neutro não fosse tão imparcial.

— Eu prefiro viver o resto da minha vida me arriscando do que ficar longe de Felix. — A mulher se tornou pasma.

— Hyunjin--

— Você também me disse pra não desistir do Jihoon. — Todos na sala voltaram os olhos rapidamente para o Bang que tinha a feição também seria agora.

Quem era Jihoon?

— Minho e Felix não são piores que ele. — Claro, todos estavam meio atônitos com aquela confissão confusa, mas estavam também surpresos por Chan defender os Lee's. Principalmente Minho, que se trocavam algumas palavras, no máximo era "oi". A mais velha suspirou coçando a cabeça e desviando a atenção momentaneamente. Mordeu o lábio e negou.

— É diferente, Chan. — O mais alto negou.

— Não, não é. Mas diferente de mim, Hyunjin realmente ama Felix e está disposto a fazer de tudo por ele, inclusive loucuras. — Desta vez, olhara o mais novo, um olhar de repreensão, mas que logo direcionou para a mãe. — Você sabia que Jihoon era o pior tipo de pessoa, mas mesmo assim me apoiou. — O grupo finalmente pode ver aquela áurea ruim evaporar da mulher como água na chapa quente, em fração de segundos. A boca da outra se abriu minimamente e as mãos encontraram os bolsos do blazer. — Você acreditou que amor mudava as pessoas. — Felix tinha os olhos presos no Bang e o motivo não deixava sua mente.

Chan dissera que nunca se apaixonou, mas falava como se tivesse uma cicatriz por causa dele – o amor.

A menor fez bico, desgostosa.

(É, acreditei. Mas Jihoon nunca mudou.)

— Você tem que parar de querer esconder Hyunjin da felicidade por causa dos meus erros do passado. — O Hwang tinha as sobrancelhas juntas apesar da comoção. Tinha muitas perguntas e principalmente, medo. Chan guardava muito, sabia, mas naquele momento, parecia que tudo queria fugir dele. — Ele é mais sortudo que eu. — Suspirar foi tudo o que a mulher fez após um minuto de silêncio pesado no cômodo. Jogou a franja longa para trás e assentiu.

— Tudo bem. — Hyunjin olhou seu hyung com brilho nos olhos. Era grato, extremamente grato. — Mas eu quero ele fora dessa casa agora. — A mulher apontou para o Lee mais velho, o que surpreendeu a todos. Hyunjin levantou de supetão do estofado e se aproximou da mãe segurando sua canhota.

— Mas mãe, ele é irmão do Li--

— Eu não quero saber, ele fez tudo aquilo porque quis e nada no mundo vai me fazer perdoa-lo. — Não tirava os olhos de Minho que não ganhara qualquer expressão, mas no fundo, aquele incômodo crescia a cada palavra daquela mulher.