Felix tinha um sorriso satisfeito e aliviado. Apesar da "ameaça" de mais cedo, Chan parecia, mesmo que indiretamente, do jeito dele, lhe aceitar.
Não conseguia imaginar Chan, de fato, o vendo como um membro da família, mas se sentiria a pessoa mais feliz do mundo se isso acontecesse.
Falando em pessoa mais feliz do mundo, estava realizado por poder rever Hyunjin novamente. Se sentia vigoroso. Como se um combo de energia e coragem tivesse o invadido no momento em que o viu. O coração estava cheio, cheio de felicidade.
Esperava que Chan fizesse parte dessa felicidade logo.
Caminhou lentamente pelo corredor, em direção a sala, coçando a nuca. Lembrava o quão lindo Hyunjin estava naquela noite, assim como em todas as outras. Hyunjin era simples, não precisava de muito para deixar o Lee bobo. Todavia, o que mais lhe deixava maravilhado era o coração bom que o outro tinha.
Ah, claro, também tinha o sorriso que o derretia.
(... Como manteiga na frigideira quente...)
Riu do pensamento. Deixou o molho no porta chaves e levou um susto ao finalmente se dar conta de quem estava todo espalhado no sofá, dormindo. Franziu o cenho e se aproximou do ruivo. Se agachou ao lado do estofado e tocou o rosto do irmão, preocupado. Com o toque, o mais velho acordou assustado, se afastando bruscamente do contato inesperado. Encarou Felix por um breve instante e se sentou, bocejando.
— Hyung, o que foi isso no seu rosto? — Questionou angustiado e sem tirar os olhos do outro Lee.
Tinha medo, muito medo, de Minho voltar a ser quem era.
— Ah — Desviou o olhar, estalando a língua na boca, como não se importasse com o roxo sutil na maçã do rosto. —, um cara me bateu. — O loiro se surpreendeu com a resposta.
— Por que? Você não estava trabalhando? — Assentiu, puxando as pernas para perto do peito e organizado o lençol fino sobre as mesmas.
— Ele não acreditou que eu não tinha um celular. — Deu de ombros enquanto recebia um olhar confuso do mais novo.
(Isso faz algum sentido?)
— Ele te bateu... Por isso? — Voltou a perguntar. Aquela história estava estranha. Talvez mal contada.
— Sim? ... Na verdade não... — Coçou a testa, o suspirou que soltou parecia por impaciência, mas sua expressão estava relaxada, pelo sono, quem sabe. — Eu o ignorei depois de dizer várias vezes que não tinha um celular. — Quis rir. O jeito que Minho lhe explicava era fofo. Um cara forte, com pinta de mal, cara de sono, o cabelo bagunçado e voz mansa. Minho era engraçado.
— Você... Revidou? — Estava apreensivo com a resposta, até porque, aquela marca no rosto do ruivo confirmava tudo. E bem, não estava errado quando viu Minho morder o próprio lábio baixando a cabeça.
— Foi mal, Lix... Eu não queria perder o emprego, mas já estava tão estressado com todo mundo e aquele cara foi só um empurrãozinho pra eu desistir de vez! — Admitiu, o tom irritadiço, mas baixo. Por uma parte estava feliz por Minho lhe contar sobre seus sentimentos, principalmente o tipo de pensamento que não era bom de se guardar. Mas também estava triste pelo irmão ter tanta pressão sobre si. — Me... Me desculpe, você vai ter que pagar as contas sozinho agora, por minha culpa... — Sorriu.
Minho não era muito de mostrar afeto, tanto fisicamente como em palavras doces. Era raro de tal coisa acontecer, mas quando acontecia, Felix não podia esconder o sorriso.
Ele tinha seu jeito de mostrar apoio e carinho e mesmo que indireto e muito raro, Felix se sentia grato. Muito grato.
VOCÊ ESTÁ LENDO
I (don't) care • Hyunlix
Hayran Kurgu[CONCLUÍDA] Felix era impulsivo e apático, e quando ganha um trabalho diferente de tudo que já fizera, acaba caindo na própria armadilha, descobrindo um lado de si que não conhecia. +16 (Sem hot)