Uma mulher alta, de volumosos cabelos negros e olhos rubros surge ao horizonte. Em sua cintura, ela carrega uma longa odachi de lâmina escarlate numa bainha negra de aparência pesada e uma máscara branca-e-vermelha do que parece vagamente com algum...
Quando fomos criadas, Yaka me chamou de Niao, dizendo que eu seria o pássaro negro que viria como um mau-agouro do horizonte.
Ao meu espelho, ele chamou Amaterasu. Lembro dele contar histórias sobre ser algum espírito ligado ao céu em suas terras, ou qualquer coisa do tipo. Por isso, Amaterasu tomaria o firmamento como a sua tela para contar as lendas dos grandes massacres do nosso lorde Yeenoghu.
A primeira e última vez que cruzei lâminas com meu espelho foi na cidade dos Espírito Dourado. Ela se perdeu no meio da confusão e fiquei ocupada com os gnolls invasores e tentando proteger Vanaris. Vi seu corpo sem vida, ao final da batalha. Sei que, como sempre, não durará muito, e ela logo retornará; não tive chances de medir forças com ela apropriadamente.
Talvez ela seja ligeiramente mais poderosa do que eu. Preciso ser esperta. Preciso garantir que ela não perceba minha ligação com Vanaris. Deveria ser fácil pra mim, ela sempre preferiu exibir suas acrobacias e agilidade em vez de sua percepção e habilidades sociais.
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Cintia Earthborne
Cintia foi criada da mesma forma que eu e Amaterasu, mas muitas gerações após a nossa vinda. Foi uma das primeiras experiências daquele sacerdote gnoll de olhar macabro, antes dele se voltar para a criação de criaturas cem por centro monstruosas. Não sei se ela saiu do meu corpo, ou do meu espelho.
Não sei se é verdade, mas de acordo com o que ouvi, ela possui uma natureza diferente de mim e Amaterasu. Em vez de morrer e voltar, Cintia nunca morre. Não importa o quanto arregacem seu corpo, em quantos pedaços a mutilem, ou mesmo se a jogam ao fogo e a reduzem a pó, ele sempre se regenera e volta ao que era, mais cedo ou mais tarde.
Nunca a vi numa situação tão ruim assim para que pudesse confirmar e, naquela época, não me importei o suficiente para procurar saber. Troquei umas poucas palavras com ela em vidas passadas, foi minha companheira silenciosa de missão vez ou outra.
Ela nunca falava. Era uma total inepta social. Quando ela estava por perto, qualquer coisa que envolvesse a enganação ou a performance recaía sobre os meus ombros. Lembro-me bem, no entanto, que uma das aprendizes daquele sacerdote me contou orgulhosa como ela era a razão pela qual Yeenoghu decidiu prosseguir com os experimentos.
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