gonna get caught

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NARRADORA
Casa do Alexandre.

"Papai, você pode me ensinar guitarra?" Inã perguntou, balançando os pés ainda sentado na cadeirinha do carro, enquanto Alexandre estacionava na vaga do prédio.

"Eu vou. Nós vamos jantar e depois fazemos isso." Alexandre disse e Inã sorriu.

Eles subiram para o apartamento, e Alexandre apresentou cada canto do lugar.

Mostrou sala, cozinha, banheiros, o quarto dele e o quarto de Inã, que ainda não estava pronto.

"Então, onde vou dormir?" O garotinho perguntou e cruzou os braços.

"No quarto do papai." Alexandre apagou a luz e eles foram para o quarto de hóspedes, onde estava alguns dos instrumentos que Alexandre tinha levado.

Inã colocou a mão no rosto, surpreso.

"Eu posso pegar, papai?" Inã perguntou.

"Vamos jantar primeiro, pode ser? E aí voltamos para cá." Ele disse e o filho assentiu, saindo correndo para a cozinha.

Alexandre tinha se arriscado em cozinhar um macarrão com molho, então, era só sentar e comer.

Os dois comeram entre conversas - mais da parte de Inã, é claro. E quando terminaram, Inã não esperou o pai, saindo correndo para o quarto onde estava os instrumentos.

Alexandre deixou as louças na pia, e seguiu o filho, o encontrando tentando segurar a guitarra.

"Vem, papai!"

Alexandre pegou a guitarra e sentou Inã no banquinho. Ele se sentou também, e apoiou o instrumento no colo do filho.

Inã começou a passar os dedos nas cordas com força, resultando num som nada agradável, mas Alexandre riu achando graça.

Alexandre começou a balançar a cabeça, entrando na onda de Inã, que continuava a "tocar".

Alexandre pegou o celular e começou a gravar o menino, que continuava a passar os dedos com força nas cordas.

Mais tarde, Alexandre ajudou o menino tomar banho e também deitaram

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Mais tarde, Alexandre ajudou o menino tomar banho e também deitaram. Depois, se deitaram na cama dele.

Inã já estava meio sonolento, então, Alexandre apenas o cobriu e apagou as luzes, deixando o quarto num breu.

"Papai, canta." Ele pediu e Alexandre sorriu, se ajeitando na cama.

Ele passou a fazer o mesmo movimento com o dedo entre os olhos do filho, enquanto cantava baixinho. Naquela noite, era uma música diferente.

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