leiam esse capítulo com a música do título (good place - demi lovato) para uma experiência melhor ♡.
EPÍLOGO.
NARRADORA
Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2016.
Fazia uma semana que Antônia tinha nascido. Mesmo que para Alexandre e Giovanna já tivesse passados muitos mais dias devido ao cansaço que já estavam sentindo.
A primeira noite em casa havia sido meio complicada, e Giovanna nem se lembrava mais do quão cansativo era ter um bebê, e mais, tinha Inã também que mesmo que quisesse ajudar os pais, não tinha muitas saídas.
— Papai, acho que ela chora muito porque fica sozinha no quarto dela. Ela deve estar com medo. — Inã gesticulou, tentando falar o mais baixo que conseguia enquanto Alexandre ninava a menina de um outro pro outro.
Alexandre riu fraco.
— Não, filho. É porque ela é bebê mesmo, eles choram assim.
Inã subiu na cadeira de balanço, ficando meio confuso.
— Ela vai sempre chorar por nada, papai? — O menino perguntou curioso. — A mamãe não gosta quando eu choro, você acha que ela vai brigar com a Antônia?
Alexandre teve se segurar para não rir da preocupação de Inã com a irmã.
— Ela é só um bebê, campeão. A mamãe sabe que ela chora mesmo e não tem problema. Ela ainda não sabe se comunicar igual você. — Alexandre começou. — Se você tá sentindo alguma dor, você fala para a gente. Se está com fome também, mas a sua irmã não, entende?
Inã fez bico, pensando.
— Eu posso ensinar ela a falar. — Ele pulou da cadeira, puxando o braço de Alexandre devagar, querendo observar a irmã. — Antônia — Ele chamou e a bebê manteve os olhos atentos no mais velho.
— Olha, eu não sou tão inteligente igual a mamãe e o papai, mas eu posso te ensinar umas coisas.
Inã sorriu e segurou a mão minúscula da irmã.
— Podemos deitar com a mamãe? Ela pode ajudar também.
Inã encarou Alexandre, que não soube negar o pedido.
Eles caminharam até o quarto do casal, onde Giovanna terminava de sair do banho. Seus cabelos estavam molhados e ela vestia uma camiseta clara de Alexandre.
Inã deitou na cama alta, e Alexandre fez o mesmo em seguida, ainda segurando Antônia em seu colo.
Giovanna os observou confusa em silêncio enquanto penteava o cabelo.
Alexandre a chamou com uma das mãos livres, e a morena não demorou a se juntar a eles.
— Mamãe, nós vamos ensinar a Antônia falar. — Inã explicou, sentando com as pernas cruzadas. Giovanna levantou a sobrancelhas, dividindo o olhar entre o filho e Alexandre. — Para ela não ficar chorando mais.
Giovanna, então, balançou a cabeça entendendo.
— Filho, mas ela é recém-nascida. Não vai aprender nada agora. — Giovanna passou a mão no cabelo dele e o menino encarou Alexandre.
— Mas já podemos ir tentando, né amor? — Alexandre disse, querendo apenas se deixar levar pela inocência de Inã que apenas queria arrumar um jeito da irmã para de chorar.
A bebê que estava apoiada em Alexandre, observava a família com curiosidade.
Então, Giovanna se ajeitou na cama deixando os filhos no meio enquanto Alexandre ficava do outro lado.
