UM FIO DE AMOR - GABRIEL MARTINELLI

SETE

𝐉𝐮𝐧𝐡𝐨, 𝟐𝟎𝟐𝟐, 𝐬𝐞𝐱𝐭𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚

— Não acredito que você me convenceu de vir junto com você, eu poderia muito bem ter vindo com o Richarlison — a morena murmurou ao meu lado, estávamos andando em direção ao estádio do Tottenham, onde ocorreria o jogo.

— E eu lá ia entrar aqui sozinha?! Imagina só: "prima de jogador do Arsenal é vista entrando em estádio do Tottenham" — agarrei meu braço no dela — já vejo minha foto na choquei, e o Fábio me deserdando.

Estávamos devidamente vestidas com as camisas que Richarlison havia me enviado no dia anterior.
O tempo estava agradavelmente fresco, propício para assistir ao jogo de maneira confortável.

O local começou a lotar e enquanto tirávamos fotos, os jogadores entraram em campo; começamos a procurar Richarlison que estava em meio aos jogadores de seu time.

— Ó lá, Isa! — apontei — seu namorado!! - a mais velha me repreendeu com o olhar e eu levantei os braços quando percebi que Richarlison nos avistou em nossos lugares, seus olhos estavam semi-cerrados e quando nos percebeu, riu e acenou.

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— Nem um golzin do pombo, que Brasil é esse?! — murmurei irritada

— A gente não tá no Brasil, jumenta. — a morena me acertou um tapa na nuca e eu ri

— E daí?! Não ligo, não entendo de futebol mesmo. — não deixa de ser verdade, eu só sabia quando era gol.

— Vamo logo que eu tô com fome, larga de falar atoa. — andou mais rápido que eu em direção ao carro.

Bufei e apressei os passos para passar na frente dela, ri quando consegui chegar no carro em sua frente.

— Sorvetinho? — perguntei quando ela chegou próxima a mim

— Você paga. — sorri quando ela riu e entramos no carro. Quando estava prestes a dar partida, Richarlison me ligou e pedi para que Isa atendesse. Pus o cinto e liguei o carro.

— Deus, eu morri e vim parar no paraíso?! Desde quando anjo tem telefone? — ri quando percebi a cara vermelha da minha amiga.

— Você é um ícone, narigudo...mas senti falta de um golzinho hoje. — não tirei a atenção da rua e disse mesmo sem olhar seu rosto pelo telefone.

— Da próxima eu faço um gol pra cada uma. — rimos e ele logo engatou em uma conversa até chegarmos na sorveteria.

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— Por que que cê não deu nem um selinho nele? Ele te deu FLORES, seu sonho era ganhar flores! — minha amiga estava indignada assim como Fábio ficou ontem, ri e pus a chave na porta de casa para destrancar.

— Eu sei, mas... selinho já é algo muito avançado pra mim. — Isa cruzou os braços enquanto aguardava alguma outra resposta.

— Selinho é cumprimento, garota, larga de ser noiada!— entrou em casa logo atrás de mim e eu fiquei vermelha igual um pimentão quando vi Gabriel na sala, jogando videogame com meu primo.

— Que murmurinho é esse aí? — meu primo perguntou desviando o olhar da televisão por um instante, tempo suficiente para que Gabriel o ganhasse, seja lá qual jogo fosse aquele.

— Essa maluca quer me fazer aceitar que selinho é cumprimento. — falei enquanto tentava disfarçar meu rosto vermelho dos olhos atentos de Gabriel. Joguei as chaves do carro em cima de Fábio e fui para a cozinha.

— Mas não é assim também! vai ser cumprimento de pessoas específicas. — a menina se explicou enquanto olhava de soslaio para Gabriel, fazendo com que meu rosto ficasse ainda mais vermelho, se fosse humanamente possível que isso acontecesse. 

— Eu concordo com isso aí — Fábio disse depois de entender tudo — o que você acha Gabriel? —  meu primo é um encapetado quando quer, Deus seja pai.

— Eu? bom, ela que tem que achar alguma coisa, né?! — o coitado não estava entendendo nada e eu queria me matar por estar passando por isso.

Eu vou me matar hoje... não, eu vou matar os dois encapetados e depois eu me mato. Ou eu mato só eles?

— Único sensato entre vocês, graças a Deus. — subi para meu quarto e ouvi a pequena discussão se formando lá em baixo.

Eu com certeza vou me matar.

a:

Eu odiei o capítulo, mas foi apenas para não deixar em branco hoje...

Se der eu atualizo mais tarde, mas prometo que vai ser melhor que esse!

🥺