𝐃𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨, 𝟐𝟎𝟐𝟐, 𝐭𝐞𝐫𝐜̧𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚
— Não quero ir embora — resmunguei enquanto terminava de fechar a última mala.
— Não fica assim, lagostinha — meu namorado veio de braços abertos ao meu encontro.
— Nem sei quando vamos ver o restante do pessoal de novo — um bico de formou em meus lábios — vou sentir saudades disso tudo...da energia caótica que exalamos juntos, das músicas do pombo e a cantoria do Vini...do churrasco do Allison...
Os olhos já se encontravam brilhantes pelas lágrimas que insistiam em escorrer pelo meu rosto.
Mesmo com toda felicidade pelo hexa, o sentimento de melancolia por nos separarmos era presente.
Estava chorosa desde ontem a noite, que ocorreu mais uma festa com todo o pessoal.
Parecia que apenas eu estava triste por ir embora...
Ou a ficha deles ainda não tinha caído.
A essa altura já tínhamos descido para o saguão do hotel, onde esperaríamos o carro para levar Gabriel e eu para o aeroporto, daqui iremos direto para Londres e na próxima semana viajaremos juntos.
— Não quero ter que me despedir deles... — ditei assim que vi Richarlison e Isa saírem pela porta do elevador.
Após isso aqui, eles deixariam de ser amigos de seleção e voltariam a ser rivais em campo.
Mesmo que isso não fosse problema para mim, visto que vivia indo aos jogos do Tottenham; seria uma situação chata aos olhos da mídia e aos fãs que ambos os jogadores ganharam com a copa.
— Nós moramos na mesma cidade e mesmo assim dói me despedir de você — disse quando me joguei nos braços da minha amiga.
— Não fica assim, pituquinha — afagou meus cabelos enquanto respirava fundo — nós vamos nos ver sempre, fica tranquila.
— Agora cê' não vai mais nos meus jogos, né?! — Richas perguntou sem graça
— Vai ser difícil ter que lidar com o hate depois, rato voador — ri anasalado enquanto abria os braços em sua direção.
Independente de rivalidade em campo, Richarlison se tornou um grande amigo, desde o dia do avião.
— Ah, eu também quero abraço — Vini correu e se juntou a mim e a Richarlison, enquanto caímos em riso.
— Espera aí, espera aí — Antony e Pedro apareceram também para se juntar.
E antes de percebermos, a maioria dos jogadores estavam ali, a nossa panelinha estava ali.
— Não sei quando vamos nos ver de novo, mas espero que quando isso acontecer, tenhamos a mesma energia caótica de agora! — disse enquanto era esmagada pelos jogadores.
— Tia! — ouvi a voz de Filippo e tentei erguer a cabeça sobre o ombro dos jogadores que, obviamente, eram mais altos que eu.
O abraço em grupo foi desfeito e agora pude dar atenção aos bebês de Lucas e Duda.
— Vocês dois vão ser os que mais vão me fazer falta! — choraminguei enquanto apertava Filippo e Benício num abraço só.
Os bebês riram e quando olhei para Gabriel ele estava sorrindo também.
Por que não podemos viver nesse momento para sempre?!
— Temos que ir, lagostinha... — Gabriel murmurou e eu fui obrigada a soltar os meninos.
Estava prestes a chorar novamente, mas fui impedida.
— Não, para com isso, Karol — Antony foi o primeiro a dizer
— É, não chora mais não, branquela — Vini disse em seguida, com um sorriso no rosto
— Deixa pra chorar quando eu derrotar o Vasco, Ka — Pedro implicou enquanto ria e eu revirei os olhos
— Eu levo os meninos pra você ver! — Lucas garantiu
— Você pode nos visitar sempre que quiser, também!!! — Duda sorriu enquanto abraçava o braço do marido — nós amamos vocês!
— Vou sentir falta de vocês!!! Não se esqueçam da nossa energia caótica...— segurei as lágrimas enquanto me afastava em direção a porta de vidro da recepção.
— Amo vocês, galerinha do hexa! — disse por último antes de sair pela porta.
Gabriel estava a minha frente com as malas e eu estava segurando as lágrimas enquanto o seguia.
Fiquei em silêncio o caminho inteiro. Parecia egoísmo ficar triste por isso, mas eles se tornaram família.
Família.
Família é união, companheirismo, briga, sol e churrasco...fofoca, queijo e goiabada, coca e guaraná, vinagrete e farofa.
Família é futebol e cerveja.
Família são os meninos, família é o Gabriel, minha tia e o Fábio.
Família é a Isa...o Richarlison.
Família é o Arsenal do Tottenham.
Família é Brasil e Hexa.
Família é um fio, uma linha tênue entre amor e ódio.
Família é o Gabriel, e o Gabriel é o meu amor por um fio.
De fio em fio se constrói um tecido, de fio em fio se constrói amor, carinho e cumplicidade.
Um fio de amor é o que construimos a cada dia, juntos.
Um fio que se expande, se transforma em algo maior e mais forte.
Um fio precisa de um nó, para se tornar firme. Um nó para selar.
— Quer casar comigo?
Os olhos brilham, a lágrima escorre, há o sorriso e depois a confirmação.
O nó é dado.
E, agora, o fio de amor tem um nó.
— Agora vamos ter um bebê, não é?! — Gabriel perguntou enquanto eu revirava os olhos.
— Daqui uns dez anos, sim! — respondi enquanto suas mãos iam em direção a minha cintura.
— Golpista! — sorriu e após isso juntou nossos lábios.
att:
lindos lindos lindos lindos lindos!!!!
chegamos ao fim de uma era, muitíssimo obrigada a quem ainda continua lendo esse surto aqui KKKKKKK
valeu galerinha, linda!!! obrigada pelo apoio, mas Um fio de amor chegou ao fim 😔 💗🌼
VOCÊ ESTÁ LENDO
UM FIO DE AMOR - GABRIEL MARTINELLI
Romance𝐔𝐦 𝐜𝐚𝐟𝐞́ 𝐞 𝐮𝐦 𝐚𝐦𝐨𝐫. 𝐐𝐮𝐞𝐧𝐭𝐞𝐬, 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐯𝐨𝐫. Prima de Fábio Vieira, Karoline embarca em um relacionamento amoroso com Gabriel Martinelli. ©n1k4rn #🥇 𝐞𝐦 𝐛𝐫𝐚𝐬𝐢𝐥 - 𝟐𝟓•𝟎𝟏•𝟐𝟑 #🥇 𝐞𝐦 𝐜𝐨𝐩𝐚 - 𝟏𝟖•𝟎𝟐•𝟐𝟑 #...