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𝐉𝐮𝐧𝐡𝐨, 𝟐𝟎𝟐𝟐, 𝐪𝐮𝐚𝐫𝐭𝐚-𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚
—Você é insuportavelmente insuportável, Fábio! — falei, passando a mão pelo meu cabelo.
— Eu machuquei o meu pé! Seja um pouco mais gentil com o seu primo preferido, vai. — ele disse, tentando se acomodar no sofá.
Fábio torceu o pé em um dos treinos daquela semana, e agora estava de repouso. O problema é que o cara queria atenção o tempo todo! Não me importaria em dar isso em qualquer outra situação, mas estava atolada de atividades da faculdade e não podia perder mais tempo.
— Você é meu único primo, e não, não posso te dar atenção agora! — peguei meu celular de cima da mesinha de centro e comecei a subir as escadas.
— Por que você não pode fazer as atividades aqui na sala? Não quero ficar sozinho, Karol. — ele me olhou com os olhinhos brilhando.
Ele sabia que esse olhar não tinha como resistir. Não conseguia negar passar um tempo com ele quando estava assim.
— Tá bom, tá bom. — cedi, e ele fez um coração com as mãos.
Desci com meu laptop e meu caderno de anotações, me sentei no chão e coloquei tudo na mesinha de centro.
— Quando você terminar, a gente pode tomar um café? — Fábio perguntou, olhando para mim.
— Pode ser, preciso mesmo de um café. — respondi. — Podemos passar no supermercado? Queria fazer uma lasanha, mas faltam algumas coisas. — fiz a mesma cara de pidona que ele fazia.
— Certo, podemos. — ele riu e voltou para o celular.
Não demorou muito e meu celular começou a vibrar na mesa. Olhei o visor e, ao ver a foto, sorri. Atendi.
— Oi, narigudo. — ri.
— Ixi, já começa me ofendendo, loira?! — o tom de Richarlison era de um falso ofendido.
— Só disse a verdade... o que cê quer? — apoiei o celular na orelha com o ombro enquanto voltava às minhas atividades.
— Olha só, faço de tudo, e quando ligo você acha que é pra pedir favor. Onde já se viu?! — ele estava brincando. — Mas olha só, me manda seu endereço, preciso ver um negócio.
— Pirou?! Cê vai me sequestrar? Não mando não. — sorri.
— Garota, não me irrita! Tô falando sério, Karol, manda seu endereço.