Trouble Maker- あつむ - Atsumu Miya

15

[Nome pov]

Eu estava ficando louca porque tinham 10 garotas rodando meu apartamento. Estávamos nos arrumando para a festa de comemoração da vitória, o que deveria ser uma coisa para me deixar feliz e alegre, mas só serviu para me irritar, pois eu via cabeças, rosas, pretas, e loiras piruando pelo meu apartamento - e da nara -

Mei ajeitava o cabelo de koda, no chão perto do sofá, enquanto nara passava um pincel em seu rosto. Algumas já estavam prontas, enquanto outras nem haviam tomado banho ainda.
Pode-se dizer que eu estava em meio termo, eu não tinha uma roupa ainda, o que tinha me preocupado um pouco porque eu sabia que não tinha roupas para festa.

Mei abre a porta, saindo do banheiro com um decote sutil, mas que para seus peitos não era nem um pouco sutil e moderado. Todas nós viramos os olhos, arregalados para ela, que apenas sibilou, raivosa e rabugenta.

— Não. Falem. Nada. — ela falou, batendo os pés até o quarto —

Nós sorrimos, um sorriso imenso que fez com que natsuki soltasse uma risada tão alta que mei escutou lá do quarto, resmungando algo alto, um xingamento para nós na cozinha.
Então eu corri para o grande espelho do corredor, vazio, para poder passar algo no meu rosto pálido.

— [nome] eu achei o vestido perfeito! — mahina falou—

A mulher sorriu com um vestido, mostrando para mim, que passava algo no rosto olhando para o espelho, eu a vejo atrás de mim com um vestido vermelho, bem curto, de látex com alças finas.
Assim que meu olho troubou com o vestido eu corei. Eu não podia usar aquilo, era curtíssimo e ela tinha plena noção, pois correu até mim me dando um tapa fraco, rindo.

— estou tirando uma com sua cara — ela falou, rindo — meian me mataria se te deixasse usar isso.

Eu arqueei as sombrancelhas soltando um sorriso suspeito para ela, mas ela pareceu não ligar e puxou outro vestido de suas costas.

— O vermelho é meu — ela falou e eu sorri.

Puta merda, mahina deixaria quem ela quissese nos joelhos usando aquilo, e eu seria uma dessas pessoas. O vermelho quase preto, junto ao seu braço tatuado com o cabelo ruivo pareciam a combinação perfeita para aquela noite.

— Marrie — a chamei com os olhos arregalados — você vai matar meu irmão.

Ela arregalou os olhos, mas eu não me importei, não aguentava mais segurar, eu precisava falar, mesmo que tivesse medo de sua reação.
Ela riu, e então passou a mão pelo seu rosto, um pouco nervosa, como se já tivesse aceitado que tinha sido descoberta, ainda segurando os dois vestidos, me olhando. Estávamos sozinhas, então eu poderia falar com ela sem medo algum.

— Desde quando sabe?

— A um mês — eu falei, para o reflexo do espelho —

Ainda olhando para o espelho ela se inclinou, com um sorriso na parede ao lado, e então lançou os vestido sobre os ombros e colocou uma mão na cintura.

— Mais alguém sabe?

— Yoshi e koda. — afirmei — mas não falamos a ninguém, e descobrimos por acaso, então...

Ela não queria briga, e eu também não, eu sei que ela sabia disso. Mahina não tinha vergonha do meu irmão, ela tinha medo da reação das pessoas depois de passar anos avisando para passar longe dos meninos.

— Você liga? — ela falou —

Eu fiquei confusa, virando um pouco a cabeça, para ver sua feição séria me encarando, o que fez com que eu soltasse uma risada alta, mais tão alta que seu rosto corou, ela corou.

— De você estar transando com meu irmão? — perguntei risonha —

Ela soltou um riso que queria segurar, ela sabia que eu estava tirando uma com sua cara e ela tinha amado a audáciado gesto. Antes dela responder eu senti um tapa bem na minha nuca, que fez com que eu abaixasse um pouco a cabeça pela pressão.

— Não fale isso! — ela falou, envergonhada, cheia de graça  — nós não...

— Mentira, mentira, mentira... — cantolarei, a provocando. — diferente dele, eu não me importo com quem ele sai.

— Eu pedi para que pegasse leve com você em questão disso, e ele deu um super discurso — ela sorriu —

Ela riu, um pouco aliviada da minha reação, o que fez meu coração apertar, era ela, aquela garota que eu tinha tanta admiração, que eu obedecia a tudo que mandava, estava aliviada com uma fala minha.

— Você está bem com isso? Mesmo?

Eu viro, finalmente a olhando no rosto, que estava um pouco vermelho, sem a expressão brava de sempre, mansa.

— Marrie. — exclamei — eu amo você e meu irmão, não tenho que achar nada, a vida é dele. — eu falei séria, mas depois soltei um sorriso divertido  — você e ele, até hoje tento me acostumar com essa dinâmica dos dois, gosto que os dois sintam algo um pelo outro.

O que chegava a ser irônico porque eu não lembro nenhum momento que proibi ele de ficar com alguém, ao contrário dele.

Ela soltou um sorriso olhando para mim com os olhos arregalados, e me abraçou, me agarrando forte, com aqueles braços um pouco musculosos. então eu relaxo, deixando com que a mesma me abraçasse.

— Me desculpe se machucar seu irmão — ela falou, fazendo meu coração apertar mais uma vez. —

— Fale isso a ele.

Ela não respondeu, e eu sabia que não iria. Seu orgulho e ego eram altos, ela não iria admitir isso para ele até que estivesse a beira da morte. Ela me soltou, segurando meus ombros olhando no fundo dos meus olhos com um olhar um pouco triste.

— Não me olhe assim garotinha

Eu gelei.

...

Eu, yoshi e mahina estávamos no quarto enquanto o resto permanecia na cozinha se ajeitando. Assim que mahina chegou no quarto ameaçando yoshi, a deixando preocupada, quase puxando os próprios cabelos, ela sorriu aliviada logo após eu contar a história a morena.

— Sua vadia! — sibilou yoshi dando um tapa na nuca da mahina — você quer me matar?!

Ela falava com sangue nos olhos enquanto a ruiva ria, ria sem vergonha alguma ao lado de yoshi, que apenas resmungava irritada com a mesma.

— Não faça isso! — exclamei —

— Cale a boca garotinha!— ironizou yoshi —

Elas não me deixavam em paz um tempo desde que escutaram o miya me chamando assim, o que me pegou de surpresa quando disseram isso tão do nada.

Assim que as palavras saem da boca dela, eu coro e as duas garotas a minha frente sorriem como predadoras para mim, deixando a discussão de lado, apenas para me irritar.

Mahina nos viu alguns dias na quadra, por mais que nunca tivéssemos feito nada, miya fazia tudo parecer estranho, com apelidos e toques, o que fez com que eu tivesse que explicar para a ruiva inúmeras vezes que não tínhamos nada, que não tínhamos feito nada.

— Então estávamos certas no dia do quarto? — mahina perguntou, maliciosa —

— Nós nunca...! — eu tentei falar —

— É impossível, eu vi como ele ficou preocupado com o yuuji — yoshi falou —

Eu parei com as gracinhas, não sabia da história do yuuji, não mesmo. Todas nós entreolhamos e yoshi bateu em seu próprio rosto, como se não fosse para contar nada disso.

...