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Eu estava indo para o treino, feliz, talvez em menos de algumas semanas eu já pudesse jogar novamente com o meu time. Cantalorei e saltitei um pouco até a quadra, mas eu ficquei em choque e arregalei os olhos me escorando de um lado da porta. Mais uma vez, porque...

— mas...— meu irmão exclamou — se tinha algo com ele você deveria falar.

— Isso não é da sua conta, com quantas pessoas eu fico ou não. — a mahina falou, um pouco brava —

— Vamos lá marrie. — ele disse, com uma voz cínica — sabe bem porque eu estou assim, não ligo para quantas pessoas você...

- É claro que liga - pensei para mim mesmo

— Você sabe muito bem que eu sou melhor que qualquer um deles, em todos os seus requisitos. — ele continuou, enquanto ela estava sentada o olhando. Ele foi chegando perto e se abaixou colocando as mãos de cada lado de seu corpo, no banco, ficando cara a cara com ela —

Ela dá um pequeno riso maldoso, como sem acreditar no que ele havia falado, então o olha de baixo e sibila para o mesmo.

— Está bravinho, amor? — fez beicinho sendo irônica —

Eu arregalei os olhos, tentando fazer o máximo para não gritar, eu estava surpresa, muito mais que só surpresa. aquilo tinha sido incrível.
Eu me afasto da porta, com um pouco de velocidade, para sair dali, mas sou parada quando esbarro em alguém.

— Sabe... — o garoto olhou para baixo, mais uma vez com as mãos nos bolsos enquanto eu o olhava para cima. — Não é bom ficar bisbilhotando na conversa dos outros, garotinha.

Eu não era a mais baixa, eu era alta, eu era jogadora, normalmente ser a alta é a característica mais comum, mas comparado a ele eu parecia muito menor.

Olhei para ele mais uma vez, mas eu pouco me importei com o que ele iria pensar, logo eu agarrei sua orelha e o puxei para baixo, para ficar agachado do ladinho da porta ao meu lado. Ele me olhou confuso assim que fiz, mas antes que pudesse simular algo, eu bati a palma da minha mão com força em sua boca, fazendo com que ele não falasse nada.

— Cale a boca.

Falei, apontando meu ouvido para a porta, fazendo com que a expressão do loiro se tornasse de pura diversão.
Ele súplica com os olhos para que tire a mão e assim eu faço, em seguida vendo o mesmo respirar ofegante, puxando o máximo de ar que ele conseguia.

— Você é maluca?! Quer me matar?!

— sou tão discreta assim? — falei, irônica —

...

Nós escutamos mais um pouco da conversa até que eles saíssem de lá para ir para outro lugar - afinal meu treino era naquela quadra - e assim que meu treino terminou eu não fui embora, apenas fiquei jogada no banco, cansada e ofegante enquanto o mesmo tomava água como alguém que tinha voltado de algum deserto.
Ainda enquanto ele bebe sua água eu fico o encarando, pensando em como perguntaria isso a ele.

— Eles tem algo sério ou estão apenas transando? — falei calma, sem pressa, como se não fosse nada —

Assim que minha voz saiu o mesmo engasgou, tossindo várias vezes, o que me tirou um pequeno riso, ainda mais quando ele ficou vermelho pelo engasgo. Me levantei vingativa pelo que ele fez comigo quando engasguei e corri até ele, dando dois tapas fortes em suas costas.

— Mas que... — antes que ele pudesse terminar eu dou outro o fazendo arregalar os olhos —

— Você está bem?... — brinquei, arregalando os olhos —

 Trouble Maker- あつむ - Atsumu Miya Onde histórias criam vida. Descubra agora