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Era óbvio, era óbvio que eu ficaria doente.
As piores coisas aconteciam comigo, e foi exatamente o que aconteceu um dia depois da festa de comemoração dos garotos. Nara cuidava de mim nesse meio tempo, e aqui estava eu, jogada na cama, empacotada em vários lençóis, com o quarto gelado pelo ar condicionado, enquanto nara media minha temperatura.

— Porra garota. — ela resmungou — 39 graus? Que merda você fez?

— não aja como se fosse minha culpa.— resmunguei —

Ela me deu um tapa na nuca, como um aviso ao respondê-la.
Olhei para o lado, só para encontrá-la com a roupa de treino, o que era dolorido para mim. Ben não ligava que tivéssemos tido uma festa imensa, ele continuaria a treinar todos nós nos dias seguintes, e o mais dolorido para mim era não poder ir para esse maldito treino.

Iam fazer 3 meses desde meus treinos com atsumu. Os treinos que haviam se tornado até bons, por mais estranho que pareça, eu me sentia bem ao treinar com ele.

— Acha que consigo jogar com vocês no Internacional? — eu perguntei, fraca —

Ela suspirou, como se não quissese dizer na minha cara que talvez eu não tinha chances nenhumas se continuasse na posição que estava agora, como uma péssima levantadora.

— Ben quem vai lhe falar isso. — ela falou guardando o termômetro em uma bolsa com remédios, fazendo um pequeno barulho pelas embalagens, desviando o olhar —

— Não tente esconder a verdade. — eu falei, um pouco irritada —

— Eu não sou a vilã disso.— ela falou sem vida —  pare com esses pensamentos, só piorará sua febre.

Ela falou, se levantando e pegando seus tênis ao lado, logo em seguida indo até o espelho para amarrar aqueles longos cabelos rosas que chegavam até sua cintura. As vezes eu me pegava perguntando como ela conseguia cuidar daqueles cabelos, não porque eram grandes, mas sim pela quantidade de cabelo que ela tinha.

— Vai mesmo me deixar sozinha aqui? — eu perguntei —

— sabe que não tenho escolha. Atsumu ou meian passará aqui para entregar o remédio, fique atenta na porta.

Ela falou e eu franzi a testa, fazendo com que linhas de expressões fossem formadas na minha testa, deixando que isso expressasse minha dúvida para ela.

— Por que atsumu? — perguntei. —

Eu estava um pouco irritada com ele, não sei se a bebida me deixou pensar que eu realmente quissese ele na minha cama. Estava irritada porque ele não veio falar comigo desde lá, e agora ele falou a nara e não a mim.

— Ele estava preocupado com você desde da madrugada da festa.  — ela tentou explicar —

Eu me virei, como uma criança emburrada para o outro lado, apertando o lençol sobre minha cabeça ao ouvi-la suspirar mais uma vez.

— Avise que não o quero aqui.

Na hora que eu falei a porta havia se fechado, o que significa que ela não tinha escutado absolutamente nada.
Eu estava confusa sobre o que o miya achava, porque você não beija as pessoas e as evitam no dia seguinte quando você está doente.

Eu não sei se eu o culpo, talvez devesse culpar a mim mesma por ser tão burra e ter me deixado levar por aquele maldito terno e cabelo lambido que o deixaram lindo pra caramba.

Eu coloquei a mão no meu pescoço para sentir se realmente estava quente, e eu tive certeza no minuto que minha ferveu enquanto permanecia no meu pescoço.
Rolava os olhos pelo quarto, pensando em algo para fazer, mas sabendo que a ardência em meu corpo não me deixaria realizar nenhuma delas. Eu odiava ficar doente, era insuportável, me sentia tão inútil que nem tinha palavras.

 Trouble Maker- あつむ - Atsumu Miya Onde histórias criam vida. Descubra agora