Trouble Maker- あつむ - Atsumu Miya

29

Soltei uma risada alta, como se um peso enorme fosse tirado das minhas costas. Porque era essa a melhor sensação da vitória; o alívio.

Os garotos pareceram paralisados, devastados com os olhos arregalados.
E eu só pude sorrir e abraçar as garotas, que soltaram uma respiração funda ao notar o que haviam feito, que haviam ganhado.

Assim que estávamos agarradas eu pude escutar as batidas altas dos corações afoitos por agora, pude também sentir o cheiro imundo delas que apenas me fizeram sorrir.

— VA SE FODER MIYA! — gritei feliz —

Todos pareciam tão sérios e então soltaram gargalhadas da minha frase.
Eu corei, não sabia que havia deixado escapar algo que tinha gritado internamente. Eles riram sem parar e eu apenas cocei a nuca envergonhada de tudo aquilo, e então olhei para miya, que tinha um sorriso orgulhoso no rosto, mesmo que também estivesse devastado.

...

— Vamos beber para comemorar! — inunaki falou —

Logo ele levou um tapa na nuca.

— a gente perdeu seu bocó — meian falou — segunda feira vamos sim comemorar.

Eu sabia do que ele estava se referindo, estava falando do nosso jogo e eu deixei um leve sorriso sair ao perceber. Aquilo estava um amontoado de pessoas jogadas no chão exaustas, e então eu peguei minha garrafa, querendo mais um gole, mas ela estava vazia.

Levantei suspirando para encher minha garrafa escutando as risadas de fundo, junto com um passos me seguindo até a parte mais escondida do bebedouro.

— Devia ter visto sua cara quando perdeu, pequeno miya — falei sem olhar para trás, enchendo minha garrafa —

— Cala a boca. — ele resmungou — só conseguiu isso porque sabia dos meus truques.

Eu então virei para ele, bebendo goles longos da minha água, soltando um suspiro de alívio pela sede que havia passado.

— Isso é um papo de má perdedor sabia?

— Vá para o inferno — ele resmungou mais uma vez —

— Eu gostaria de um acompanhante — falei, apenas recitando uma de suas frases —

— Sua... — ele me agarrou, esfregando o suor em mim —

Eu tentei o empurrar, mas ele só fazia me apertar mais, enxugando o suor na minha camiseta que ja estava molhada de suor. E então ele esfregou no meu pescoço tirando risinhos meus e dele, mas então eu o empurrei ainda mais.

— Miya! — exclamei, tentando pegar ar —

— é injusto sabia? — ele falou, desmanchando meu sorriso —

— o que?

— Injusto eu ter que encarar seus olhos prontos para me comer vivo naquela rede.

— Estava com medo? — ironizei, rindo, pois sabia que ele negaria —

— Pra caralho.

...

Eu ainda estava suada e nojenta ali, deitada no chão. Porém dessa vez sozinha, sem nenhum se quer ser humano por perto. Só o vestiário masculino.

Decidi ficar um pouco logo depois que o jogo acabou, nara ficou comigo até certo ponto, que já estava cansada demais para fechar ali, deitada como um peso morto.

Já era noite, bem tarde, acho que era improvável que alguém estivesse o usando, então com dificuldade me levantei com as pernas doloridas e peguei minha bolsa indo para lá.