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Nós 8 entramos na quadra, respirando fundo o ar totalmente diferente do nosso, ainda nos acostumando com a diferem absurda da quadra deles. Menos eu. Eu estava acostumada com aquela quadra, tinha passado os últimos meses inteiros ali, metade dos meus dias ali, era até um pouco louco pensar, mas aliviante.

Os garotos estavam sentados nos bancos, despojados, conversando por um tempo, até que finalmente notaram nossa presença, os risos e algumas falas sendo silênciadas em seguida, chamando ainda mais nossa atenção.

Meian se levantou soltando um barulho de esforço e ficando em pé, limpando um pouco da poeira invisível que estava em seu shorts, e então ele sorriu nos olhando, e mandando um olhar assustador para o lado, para os garotos que pareciam gatos espalhados pela sua cama, o que fez com que eles levantassem o mais rápido possível, com umas tossidas falsas.

Ben então finalmente entrou ali, chamando a nossa atenção e a dos garotos, pronto para dar um discurso sobre o jogo.

— Como vocês já sabem, eu chamei os garotos para que jogassem contra vocês. Uma ajuda. — ele explicou — um aquecimento para o jogo de vocês que vai acontecer nessa segunda que está vindo. Eu como técnico achei que seria uma boa ideia, então porfavor não façam com que eu me arrependa disso. E claro, esse jogo será ainda mais divertido por causa dos nossos levantadores — ele falou apontando para miya e logo depois para mim — miya esteve treinando com a nossa querida levantadora, e eu vou adorar ver quem sai com a melhor.

Nós nos encaramos, e eu estava com um sorriso exibido assim como mahina e todo o resto das garotas ao meu lado. Um sorriso de competição, um sorriso de "somos cínicas e falsas". Porque era exatamente isso o que descrevia aquele sorriso de amizade para eles.

Ben estava prestes a sair quando se lembrou de mais um aviso, chamando a atenção de todos que estavam na quadra naquele momento.

— E mais uma coisa — Ele falou alto — como vocês já sabem o jogo será em em um dos estádios de Los Angeles, então espero que já estejam com a mala pronta pois partiremos amanhã a tarde.

Eu tinha achado uma péssima ideia ter colocado uma viagem tão em cima da hora, mas foram os únicos horários que os responsáveis conseguiram achar. O jogo aconteceria depois de amanhã, e seriam 11 horas de voo de tokyo até Los Angeles, seria como uma tortura. Partiriamos as 7 da manhã do dia seguinte para que pudéssemos chegar às 5 horas da tarde para chegar no lugar que ficaríamos para conseguir ajeitar nossas coisas. eu sabia que seria uma correria imensa, mas não pude deixar de me sentir ansiosa.

Era normal viagens assim para jogos, mas estávamos a tanto tempo paradas que eu havia me desacostumado com isso. Como o time feminino jogaria, era provável que Ben quissese levar o time masculino junto, afinal sempre foi assim em todos os jogos do MSBY.

Miya me olhou com um olhar majestoso, como se estivesse esperando isso por anos. Meu corpo queimava de ansiedade e animação, assim como o de hinata e bokuto, que eu pude ter certeza de que explodiria se não começassem a jogar o mais rápido possível. O que sinceramente havia me assustado o um pouco.

Seus atacantes

Eles eram assustadores em um nível extremo, podiam ter todo o carisma do mundo, mas eu sabia como eles funcionavam na quadra, porém sabia ainda mais como as minhas funcionavam em quadra.

Passei o último mês treinando o ataque fenomenal com a yoshi, um que tinha 90% de chance de sempre dar errado, mas que quando dava, era simplesmente perfeito.

— Comecem a se ajeitar. — Ben ordenou — chamo vocês daqui a pouco.

Meian foi até mei apertando a mão da mesma. Para mim era como um acordo de paz entre os capitão, mas apenas para mim e minha imaginação que adorava fantasia e podia românticas algumas coisas.

Natsuki logo se afastou com riko indo falar com o thomas.
Inunaki não perdeu tempo ao ir conversar com nara, o que era engraçado pois eu torcia as vezes para que ficassem, mesmo que nara insistisse que o odiava, eu sabia que parte dela cederia se ele pedisse.

Inunaki era o único com a camisa diferente, assim que eu analisei eu soube que ele era o libero com a camisa 6.

Olhei para o lado, só para encontrar meu irmão ao lado de miya, para falar comigo. Os dois; camisa 4 e camisa 13, os dois homens que tinham um triplex na minha cabeça o dia inteiro.

— Meian! — o abracei feliz.

Ele sorriu pelo impacto.

— Não vou pegar leve com você, irmã. — ele deixou claro, o que me fez revirar os olhos —

— Se acha que sou a presa está enganado. — eu falei — não estou presa com você, você que está comigo.

Falei desafiadora para o mesmo que apenas soltou um sorriso felino e olhou para trás de mim, para alguém, que eu não sabia quem era, mas seus olhos brilharam.

— Também não vou deixar que atsumu seja bondoso com você, por mais que ele nunca seja.

— Não ache que tenho menos habilidades que vocês. — eu o fitei — isso me irrita.

— Não acho isso. Só acho que miya tenha caído em de seus encantos.

Eu arregalei os olhos, um pouco envergonhada. Mesmo que miya estivesse conversando com outra pessoa. Aquilo me deixou confusa, ele não parecia irritado com isso, mas também não parecia levar aquilo como um alívio cômico.

Ele sorriu ao me ver sem palavras e então foi conversar com alguém de seu time, um que eu não vi muito bem, mas soube que era pela camisa preta.

— Sabe... — escutei uma voz de longe — você já ouviu o ditado que o o aluno nunca supera o mestre?

Eu sorri de lado , sem me virar, pois sabia quem era.

— Acho que não é isso — deixei claro — O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre. Esse é o ditado certo, pequeno miya.

Era a frase de Aristóteles. Por mais que o ditado que ele havia falado fosse só citado por velhos que se orgulhavam de ser velhos e esnobes ao pensar que ele tem mais aprendizados por conta de suas idades, desprezando o conhecimento das pessoas que tinham menos idades que eles.

— Não sabia que gostava de filosófia. — ele falou —

— Não gosto, só não sou burra. — afirmei o tirando um riso.

Ele me serpenteou vindo para a minha frente, apenas para me olhar de cima. Eu tendo que olhar para cima, para poder ver seu rosto, o que eu não gostava muito. Ter uma altura a menos que um rival ou alguém que eu não gosto me faz sentir um pouco inferior.

— Certo, minha querida garotinha. — ele falou devagar — acha que me superou? Acha que pode mesmo fazer a metade do que eu faço?

— Posso fazer um inteiro — eu sorri — ou até o dobro. O que parece que te preocupa um pouco não é?

Sim, o preocupava. Seu ego estava em jogo sempre, seu ego dependia de uma provocação respondida e de um jogo ganho, mas eu não deixaria denhum desses.

— Acha que tenho medo de uma garotinha que eu treinei?

— é esse o título que me dá? — perguntei —

Ele confirmou e eu só me irritei mais, porém fingi estar o mais calam que conseguiam.

— Combina com você. — ele sorriu do jeito que sempre vez.

— tenho 26 anos.

— Exatamente. — ele me encarou mais uma vez — tem toda essa idade, mas parece não ter nem metade.

...

 Trouble Maker- あつむ - Atsumu Miya Onde histórias criam vida. Descubra agora