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Faltava menos de uma semana para o jogo com as garotas. Sentia que meu coração explodiria e eu entraria em pânico no minuto que eu passasse na quadra das redes.

Miya e eu trocávamos mensagens as vezes, quando nos víamos. Ultimamente nós não podemos nos ver tanto por causa das diferenças dos times, mas isso não importava muito, porque enquanto eu pudesse falar com ele, eu estava bem.

- estou nervosa para o jogo.

- claro, afinal, você é uma perdedora mesmo.

Eu revirei os olhos escrevendo um "vou te matar" e enfiando com força o celular no bolso, bufando.
Olhei para frente, apenas encontrando yoshi e riko, tocando a bola uma para outra, cansadas para qualquer coisa a mais que isso.

Assim que eu vi suas situações; suadas, descabeladas e com tons de bochechas diferentes por causa do suor, eu soube que eu estava na mesma, e teria que tomar banho logo.

Eu procuro o vestiário com os olhos, o encontrando e mantendo a visão de que ali seria meu próximo destino, aliviada já ansiosa para se sentir limpa.

O barulho do meu celular chamou minha atenção, tirando ele do bolso e clicando na notificação de mensagem do atsumu.

- pode fazer, eu estou mesmo irritado esses dias.

Eu arregalei os olhos a não entender sua mensagem de primeira e então recorrer a minha que já não era "vou te matar" mas "vou te mamar".
Meu rosto ficou ainda mais vermelho do que já estava, eu fiquei morta de vergonha e só joguei meu celular longe. Ele devia saber que estava errado, esperava que soubesse.

...

Eu estava indo para a quadra masculina para encontrar o meian quando encontro ninguém mais, ninguém menos que o pequeno miya, sozinho na quadra como um gatinho solitário em seu telhado, sentado no chão gelado, encarando a garrafa, com uma blusa preta de mangas longas, que era colada, marcando todo o seu peitoral e músculos nela.

Uau

Gatinho solitário ou não, eu poderia animá-lo, sendo sem sexo. por mais que eu gostaria de fazê-lo.
Eu coro ao notar os pensamentos ridículos que tive a segundos atrás, apenas balançando minha cabeça para apagar as frases repassadas pela minha mente.

Corri até o mesmo, notando que ele não parecia nem um pouco triste quando me olhou de cima a cabeça, umedecendo os lábios e soltando um sorriso em seguida ao falar:

- veio fazer o que me prometeu mais cedo? - ele brincou -

Eu tinha esquecido daquilo. Quis me matar, mas não pude deixar de sentir o ódio fumegante como fogo no meu sangue pela audácia e pelo desaforo de fazer uma coisa dessas comigo.

Eu queria dar um tapa nele. Mas o idiota provavelmente iria gostar, e então se viraria e me bateria de volta. E meu eu idiota provavelmente gostaria disso também.

Ele tinha as pernas abertas, de qualquer jeito, o que me fez colocar os pés ali, olhando para o seu sorriso maldoso, me agachando devagar, soltando um barulho de esforço quando flexiono as panturrilhas, olhando em seus olhos quando já estou totalmente agachada em sua frente.

- Pequeno miya. - falei como se estivesse explicando para uma criança de 7 anos - você devia saber muito bem, que eu nunca faria isso. Ainda mais com você.

Ele pareceu ficar um pouco irritado. Mas não por eu estar rebaixando ele na segunda frase, mas sim pela primeira.

- Já disse para não me chamar de pequeno miya. Não use nada "pequeno" para se referir a mim.

 Trouble Maker- あつむ - Atsumu Miya Onde histórias criam vida. Descubra agora