Elisabeth.
O céu amanhecia limpo no condado de Enfield, município de Londres. Elisabeth Riley dormia profundamente, seu sono tinha sido nada tranquilo. Acordou apavorada com o barulho do despertador. Seus pesadelos pareciam reais e todos os dias ela acordava da mesma maneira.
De novo esse pesadelo, eu não aguento mais todo o dia o mesmo sonho, assim vou acabar ficando louca. Você já teve a sensação de que sua vida é uma farsa? Que nada do que você acredita é verdade? Então estou com esse sentimento há algum tempo.
Minha vida nunca foi normal, mas nas últimas semanas tinha passado dos limites.
Mas estou me adiantando, vamos por parte, primeiramente deixa eu te contar quem sou eu. Meu nome é Elisabeth Riley, tenho 20 anos, faço faculdade de Biomedicina no período da manhã, passo a manha toda na faculdade, e a noite, minha parte favorita, eu era uma caçadora de vampiros, adorava fazer isso, porque me libertava, eu me sentia uma super-heroína, eu sei que é meio idiota, mas era assim mesmo que eu me sentia, principalmente porque nenhum vampiro tinha conseguido me pegar, essa coisa de caçadora era um legado de família, meu pai havia me ensinado enquanto pode.
Interessante eu nunca fui, mais normal é uma coisa que não fazia parte do meu ser, atualmente morava com meus empregados, Alfred o mordomo, Mona a governanta e Cléo a cozinheira, são as pessoas mais próximas de uma família que eu tenho. Minha vida mudou drasticamente há exatamente 15 anos atrás, foi quando meu pai começou meu treinamento. Meu pai era caçador de vampiros e cientista, quando não estava caçando os vampiros, ele os estudava. Além dos vampiros, os lobisomens também eram obsessão dele. Ele costumava me dizer:
"Filha você tem que dar o máximo de si, pois não vai ser fácil a sua luta contra o mal".
Eu como uma criança chorona, sempre reclamava, eu não entendia muito bem.
"Mas é difícil papai".
"Você tem que ser forte, muitas vidas vão depender de você".
Com o passar do tempo às coisas começaram a ir muito bem, o treino com o meu pai estava cada dia mais pesado, mas já estava começando a me acostumar. Meu pai era um excelente caçador, seu nome era Theodor Riley, ele sempre me chamava pelo meu apelido Lisy. Mas um dia tudo mudou. Naquele dia ele estava apavorado quando falou comigo.
"Lisy, minha querida filha preciso que me escute, e tem que me prometer que fará tudo o que eu te disser".
"Prometo, mais o que aconteceu?"
Vendo a aflição dele comecei a ficar em pânico.
"Alguns homens maus estão vindo para cá e eles não podem achar você, por isso preciso que você se esconda em algum lugar longe da nossa casa, leve meu celular e se eu não entrar em contato com você em dois dias procure por Harry Hudson, você o encontrara perto do lago na floresta de Trent, ele já foi avisado e vai estar te esperando, ele é um amigo do papai, vai te ajudar e proteger, e se preciso, vai continuar com seu treinamento".
Meu pai sabia que os vampiros estavam a caminho de nossa casa e preferiu se sacrificar para que eu conseguisse escapar.
"Mas papai, eu não vou mais ver você? O que vai acontecer? Eu estou com medo".
"Não fique preocupada, o Harry vai cuidar de você caso eu não consiga escapar. Você já está bem crescidinha vai ter que segurar essa barra, mas vai dar tudo certo".
"Porque você não foge comigo?"
"Não posso, isso só iria piorar a situação".
"Eles me querem, porque desconfiam que eu fiz algo que poderá mudar a vida deles, mas isso você saberá na hora certa".
"Vá, e se eu sobreviver, vou te encontrar em dois dias, mais se eu não aparecer você vai me prometer que vai continuar com o seu treinamento e vai cumprir sua missão de proteger a cidade desses vampiros".
"Prometo".
Meu pai me entregou uma pequena bolsa que continha o celular dele, um pouco de dinheiro, algumas mudas de roupas, um punhal de prata, meus documentos e algumas barras de cereal.
"Tome, vai precisar".
"Eu amo você minha princesinha".
"Também te amo papai".
Sai de casa no mesmo momento que um carro preto estacionava na entrada da nossa casa, antes que eu pudesse fugir para longe senti um cheiro estranho, vinha das pessoas que estavam em nossa casa, mais o cheiro que predominava era do cara que parecia ser o líder seu cheiro era mais forte, sai correndo mal puder ver o rosto do meu pai pela última vez.
Eu corri o mais rápido que eu pude me escondi na floresta, passei os próximos dois dias e noite lá, somente com o que meu pai colocou na bolsa, ao amanhecer do segundo dia consegui chegar à parte central da cidade, peguei um taxi e quando cheguei ao lago encontrei Harry, ele me acolheu como se eu fosse sua filha. Meu pai nunca mais voltou.
Passei quase um ano olhando para o celular que meu pai tinha me dado, mas ele nunca tocou e meu pai nunca mais apareceu, achava que ele tinha morrido, até alguns dias atrás. Pensei em desistir desse negócio de caça vampiros, mais o tio Harry me convenceu a seguir meu treinamento. Os ensinamentos dele eram muito mais difíceis, pois ele queria que eu fosse a melhor nisso, me treinou até o último dia da sua vida.
Depois de quase 12 anos desde que me acolheu, ele descobriu um câncer e não demorou a morrer. Deixou toda sua fortuna para mim, porque ele não tinha família, desde então estou sozinha em Enfield, condado de Londres.
Não conheci minha mãe, sei o que o meu pai me contava, ela morreu no meu parto, dizia ele que ela era linda, também era cientista mais não caçava vampiros, era uma grande mulher, é o que ele me dizia pelo menos. Eu sinto tanta falta dele.
Hoje eu sou a assassina, ou melhor, a caçadora mais eficiente que já existiu nessa cidade, nenhum deles escapa dos meus sentidos aguçados. Não os caço por prazer, eu mato quando esses animais passam dos limites, e acabam expondo a si próprios, eu não espero uma matança começar para agir, acabo com eles antes do pior acontecer.
Ultimamente eu estou ocupada com um bando de vampiros que rastreei no centro de Londres, um grupo bem grande, vem acontecendo algumas mortes misteriosas e eu sei os responsáveis. Tenho que resolver isso o mais rápido possível antes que vire uma carnificina.
Além dos vampiros existem quase todas essas criaturas que todos acham que só tem na TV, elfos, fadas, duendes, gnomos, demônios, etc. Mas os que mais me fascinam são os lobisomens ou lycans, eles não dão tanto problema quanto os vampiros, são mais discretos e preferem viver em suas alcateias distantes da população central, às vezes eu me deparo com um, mas nunca tive nenhum incidente que não pudesse resolver, porém tenho que ficar de olho. Eles são criaturas formidáveis, apesar da carnificina que eles deixam quando ficam zangados, não sei muito sobre eles. Um conselho se você encontrar com um, não o provoque, senão vai se dar muito mal.
Voltando a minha vida, eu não sou uma garota popular, mais tenho uns bons amigos, não gosto de me expor sou muito discreta e às vezes até tímida, dentre meus amigos está o Jack ele trabalha para mim e faz uns freelances por fora também, ele tem a mesma idade que eu, loiro e com os cabelos compridos, alto, é bem bonito, mas é como um irmão, ele é meio louco, mais é legal, ele projeta meu armamento, me ajuda a localizar possíveis esconderijos e é meu melhor amigo. O cara é um gênio, já fez tanta coisa legal que poderia estar rico a essa altura da vida, mais ele prefere ficar e me ajudar, então eu não vou questionar, ele vive sozinho, ele nunca soube da sua família, cresceu em um orfanato, então meio que sou a família dele e ele a minha.
Meu esconderijo ou como costumo chamar QG, onde eu e o Jack elaboramos tudo, fica localizado em uma região mais distante do centro, lá é bem discreto e escondido, bem difícil à localização. Todas as noites nos encontramos lá.
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A Primeira Alpha
WerewolfElisabeth perdeu sua familia ainda criança, desde sempre soube que era diferente, seu tio a treinou para ser uma verdadeira caçadora, sim ela caçava toda criatura sobrenatural que saia da linha, mas para sua total surpresa ela se apaixonou, e ele, e...